
Bolsa Mais Professores: veja o que é e quem pode participar
João Marcondes | 18/11/25Saiba o que é a Bolsa Mais Professores, como funciona o incentivo de R$ 2.100 pago pelo MEC e quais são os requisitos para docentes participarem.
Desde a publicação da Resolução CNE/CP 3, de 18 de dezembro de 2002, os cursos superiores de tecnologia são reconhecidos como uma graduação de nível superior.
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Mas por terem uma duração mais curta do que um curso tradicional, muitas pessoas ficam em dúvida se o seu diploma será válido para fazer uma pós-graduação, seja lato sensu (especialização e MBA) ou stricto sensu (mestrado e doutorado).
Izabel da Penha Gomes, de 22 anos, é um exemplo de que é possível fazer uma pós mesmo tendo realizado um tecnólogo. Ela, que cursou Mecânica com ênfase em Projetos pela Fatec-SP (Faculdade de Tecnologia de São Paulo), é hoje aluna do mestrado pela Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp (Universidade de Campinas), na área de Materiais e Processos de Fabricação.
“Antes de optar pelo tecnólogo, comparei diversas grades curriculares de várias universidades e, então, pude escolher o curso que mais me agradava na área da Mecânica”, conta a estudante.
Os cursos de tecnologia são voltados para a formação de empreendedores e profissionais capazes de inovar no mercado de trabalho. As disciplinas da grade de aula são mais voltadas à prática, preparando o aluno para ingressar no mercado de trabalho o quanto antes.
Segundo Izabel, o tecnólogo que fez teve duração de três anos – e ter conseguido um diploma de ensino superior nesse tempo mais enxuto com certeza foi uma grande vantagem. “Além disso, como o tempo de formação é reduzido, a grade tende a ser mais concentrada e o conteúdo muito mais específico da área, focando na formação do profissional direto para o mercado de trabalho.”
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Durante o tecnólogo, Izabel participou de um programa de monitoria na Fatec, sendo monitora na área de Cálculo durante dois anos. Essa experiência lhe permitiu dar explicações, aulas e auxiliar os outros alunos. Foi, assim, então, que ela começou a se apaixonar pela docência e a pensar em dar aulas no futuro.
“Antes mesmo de sair da faculdade, fui pesquisar processos seletivos em outras universidades para dar continuidade aos estudos com uma pós-graduação stricto sensu, e posteriormente, conseguir espaço na docência de cursos superiores”, ela relembra.
Conforme afirma, em uma dessas pesquisas (e tendo contato com alguns professores), conseguiu uma vaga como aluna especial (sem vínculo com a universidade) na Unicamp apenas um semestre após se formar no tecnólogo. Daquela forma ela poderia assistir aulas e conseguir créditos para posterior defesa da dissertação.

Porém, no semestre seguinte, Izabel entrou na mesma universidade como aluna regular e, dessa forma, conseguiu uma bolsa de fomento para se manter definitivamente residindo em Campinas.
Mas será que o embasamento adquirido durante o tecnólogo seria suficiente para que Izabel pudesse encarar um mestrado? Essa foi a dúvida que a estudante ficou no começo. De acordo com o que conta, ela ainda questionada se teria alguma defasagem em relação aos alunos formados em uma graduação em Engenharia, mas que, na prática, não foi assim.
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“Ocorreu sim uma certa dificuldade devido aos conhecimentos avançados que eram cobrados, mas não acredito que tenha sido um problema da minha formação anterior, uma vez que a dificuldade era a mesma apresentada por mim e os demais alunos formados em Engenharia”, diz ela.
Além dela, Izabel conta conhecer mais duas pessoas que trilharam o mesmo caminho que o seu. Uma delas também está no curso de mestrado e a outra é membro do seu mesmo grupo de pesquisa e já está fazendo o curso de doutorado.
Izabel deve defender sua dissertação em agosto de 2020, mas não deve parar os estudos por aí.
Isso porque o seu plano profissional é seguir pela docência e dar aulas em faculdades públicas e particulares no futuro. Por isso, após seu mestrado, a estudante afirma querer seguir para o curso de doutorado também na Unicamp.
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