O que os professores acharam do primeiro dia do Enem 2024?
Com duração de 5 horas e 30 minutos, a prova foi composta por 90 questões objetivas divididas entre Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Ciências Humanas e suas Tecnologias, além de uma redação dissertativo-argumentativa. Veja abaixo a avaliação que os professores da Plataforma Professor Ferretto fizeram do primeiro dia do Enem 2024:
Redação
O tema da redação gerou expectativa entre os estudantes e foi considerado de dificuldade acessível. Segundo a Professora Tanay Gonçalves, o enunciado demandou que os candidatos discutissem os desafios e estratégias para valorizar a herança africana, abordando aspectos culturais e sociais.
“É um tema de nível fácil, ele tem as palavras típicas do Enem, como desafios e valorização. O candidato precisa apontar o que tem sido desafiador para valorizar algo e, a partir daí, sugerir ideias para promover essa valorização. É um tema que muitos alunos já costumam treinar”, explica Tanay.
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Linguagens
Em Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, a prova abordou uma grande variedade de gêneros textuais e temas de relevância social, como as paralimpíadas, a cultura do cancelamento e a gramaticalização das línguas indígenas.
O Professor João Filho destacou a riqueza de tipos textuais explorados. “É sempre uma característica da prova de linguagens, ser diversificada para abranger o máximo possível de competências. Tivemos desde sistemas de comunicação até o impacto social das novas tecnologias”, comenta João Filho.
A professora de gramática Veridiane Carvalho apontou que a prova foi fiel ao estilo do Enem, com questões de progressão textual e variação linguística. “Os alunos precisaram compreender expressões adversativas e relações de referenciação para construir uma progressão textual. Foi uma prova bem no padrão do Enem, contextualizada e rica em diversidade,” disse Veridiane.
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Literatura
Na área de literatura, o exame buscou contextualizar clássicos e referências culturais brasileiras. O Professor Alencar Schueroff destacou questões que abordaram o romance Senhora, de José de Alencar, e um texto de Machado de Assis.
“A questão sobre Senhora explorou a concepção romântica do fragmento. Tivemos também a citação de Machado de Assis e de Rita Lee, que é uma figura importante para a cultura brasileira. Esse tipo de questão é conteudista e exige do estudante uma reflexão sobre o contexto histórico e cultural,” explica Alencar Schueroff.
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História
Na prova de História, os temas seguiram o padrão do Enem, com foco em questões reflexivas sobre a sociedade brasileira. De acordo com o Professor Pedro Rennó, o exame explorou contextos históricos como a Era Vargas e a Primeira República, além de temas como a Constituição de 1988 e os direitos das populações quilombolas.
“Para quem já conhece o Enem, sabe que ele prefere questões reflexivas, que pedem análise de contexto. Não há cobrança de conteúdo factual, mas sim da capacidade de interpretar e refletir sobre o período histórico em questão,” afirma Rennó.
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Filosofia
A prova de Filosofia também apresentou um nível elevado, com predominância de temas contemporâneos e questões éticas, de acordo com o Professor Mário Marcondes.
“Das 12 questões de Filosofia, quatro foram particularmente desafiadoras, abordando temas complexos que exigiam interpretação cuidadosa dos textos. Foi uma prova de alto nível, que deu espaço para reflexão,” analisa Marcondes.
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Geografia
Por fim, na disciplina de Geografia, a prova exigiu dos alunos a capacidade de interpretar contextos ambientais e sociais. Segundo o Professor Alexandre Groth, o exame teve enfoque crítico e abordou temas como mudanças climáticas e urbanização.
“A prova trouxe uma análise de temas comuns em geografia, como o impacto das atividades humanas no meio ambiente. Havia gráficos e imagens, mas, no geral, prevaleceram textos que exigiam interpretação e contextualização. Foi uma prova exigente em termos de análise crítica,” diz Groth.