Quais repertórios davam para usar na redação do Enem 2024?
Confira sugestões de repertórios históricos, sociológicos e culturais para redação do Enem 2024, sobre os desafios da valorização da herança africana no Brasil
Confira sugestões de repertórios históricos, sociológicos e culturais para redação do Enem 2024, sobre os desafios da valorização da herança africana no Brasil
O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 foi “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”. A informação foi divulgada 30 minutos após o início da prova, por meio de postagem nas redes sociais do Ministro da Educação, Camilo Santana.
Para o professor de redação do Curso Anglo, Sérgio Paganim, o tema é “moderno, acessível e muito discutido nas escolas, na imprensa e na sociedade como um todo”.
O autor e professor do Colégio e Sistema pH, Thiago Braga, também ressalta a importância do assunto desta edição: “esse é um tema de memória, de resgate e valorização de aspectos culturais africanos que são importantíssimos para a formação do que se entende por cultura brasileira”.
Para um desenvolvimento completo e bem fundamentado do texto, o candidato pode utilizar uma combinação de repertórios históricos, sociológicos, culturais e contemporâneos. Veja a seguir o que os professores indicam!
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Repertórios para a redação do Enem 2024
O tema “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil” permite explorar repertórios variados, desde aspectos históricos até questões contemporâneas.
Veja a seguir algumas possibilidades de repertório listadas pelos professores Felipe Rico, da plataforma Redação Nota 1000; Mara Coura Linhares, do Fibonacci Sistema de Ensino; e Sérgio Paganim, do Curso Anglo.
1. Lei 10.639/2003
Esta Lei tornou obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira nas escolas de ensino fundamental e médio no Brasil, com o objetivo de combater o racismo e valorizar a contribuição dos africanos e seus descendentes para a formação cultural e social do país.
A legislação exige que os currículos escolares abordem temas como a luta dos negros no Brasil, a cultura africana e as influências afro-brasileiras, promovendo uma visão mais inclusiva e respeitosa da diversidade étnica brasileira.
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2. Dia da Consciência Negra
O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, é uma data dedicada à reflexão sobre a luta contra o racismo e à valorização das contribuições culturais, sociais e históricas da população negra no Brasil. A escolha da data homenageia Zumbi dos Palmares, líder quilombola que simboliza a resistência dos escravizados contra a opressão.
Um ponto importante é que o Dia da Consciência Negra, celebrado há anos em alguns estados brasileiros, tornou-se oficialmente um feriado nacional após a sanção da Lei Nº 14.759 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 21 de dezembro de 2023. Com o novo status de feriado nacional, o dia reafirma a importância de refletir sobre a luta por igualdade racial e valorizar o legado cultural e histórico da população negra no Brasil.
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3. Constituição Federal
A Constituição Federal de 1988 é um repertório relevante para o tema “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil” por estabelecer princípios fundamentais que sustentam a luta contra o racismo e a promoção da igualdade.
No artigo 5º, a Constituição assegura a todos os cidadãos igualdade perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, e define o racismo como crime inafiançável e imprescritível, reforçando a necessidade de combater práticas discriminatórias.
Além disso, o artigo 215 da Constituição afirma que o Estado deve garantir a valorização e a proteção das manifestações culturais dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, incluindo a herança afro-brasileira.
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4. Livro “Pequeno Manual Antirracista”, da Djamila Ribeiro
Um livro da autora e filósofa Djamila Ribeiro que serve como repertório para o tema “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil” é “Pequeno Manual Antirracista”.
Nesta obra, a autora apresenta um guia prático sobre como combater o racismo e promover a igualdade, abordando temas como privilégio branco, racismo estrutural e a importância de reconhecer e valorizar a cultura afro-brasileira.
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5. Livro “Casa-Grande & Senzala”, de Gilberto Freyre
O livro “Casa-Grande & Senzala”, de Gilberto Freyre, é um clássico da sociologia brasileira e pode servir como repertório para discutir a valorização da herança africana no Brasil.
Publicada em 1933, essa obra analisa a formação da sociedade brasileira e descreve como a cultura africana influenciou profundamente as estruturas sociais, a vida cotidiana e os valores brasileiros.
Freyre argumenta que, embora marcada pela violência da escravidão, a relação entre europeus, indígenas e africanos resultou em um processo único de miscigenação cultural, no qual aspectos africanos se integraram à cultura nacional, influenciando a língua, a culinária, a religião e até os padrões familiares.
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Gabarito do Enem 2024
Após o final da prova, os candidatos do Enem ficam muito ansiosos para saber sobre seus respectivos desempenho. Pensando nisso, a Quero Bolsa vai disponibilizar o gabarito extraoficial do Enem 2024 logo após cada dia de prova, com correções feitas por professores e especialistas. Veja: