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Lucas Loconte | 17/07/25Piso salarial, definição, diferenças com o mínimo, leis e impacto nos direitos de quem trabalha com carteira assinada.
Entenda o que é estrutura organizacional, sua importância, os principais tipos adotados no mercado e como as empresas devem escolher a sua
Numa orquestra, cada instrumento tem seu tempo e função. Assim também é dentro de uma empresa: sem uma estrutura organizacional bem definida, os processos desafinam, a produtividade cai e o clima pesa. A forma como equipes, áreas e lideranças se conectam diz muito sobre o sucesso (ou as travas) de um negócio.
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A estrutura organizacional é o esqueleto que sustenta operações, decisões e a troca de conhecimento entre setores. Mais do que um desenho no organograma, ela molda a rotina de trabalho, o fluxo de informações e até o tempo gasto para tomar decisões estratégicas.
A estrutura organizacional funciona como um mapa interno que orienta decisões, facilita o trabalho em equipe e evita sobreposições de tarefas. Quando bem definida, contribui para o alcance de metas estratégicas, melhora a comunicação entre áreas e reduz ruídos que afetam a produtividade.
Em empresas que crescem rapidamente, a ausência de uma estrutura clara pode gerar gargalos, conflitos hierárquicos e baixa eficiência nos processos. Já em organizações mais maduras, manter a estrutura alinhada ao contexto do mercado é fundamental para preservar a competitividade.
A clareza sobre quem faz o quê, como as decisões são tomadas e quais fluxos de informação existem evita desperdícios, melhora a alocação de recursos e fortalece a cultura organizacional. Tudo isso impacta o desempenho e a saúde da empresa no longo prazo.
A ideia de estrutura organizacional surgiu com base em estudos das ciências sociais, especialmente a partir das contribuições de autores como Herbert Spencer, Émile Durkheim e Lévi-Strauss.
Esses pensadores ajudaram a transferir o conceito de “estrutura”, antes usado nas ciências biológicas, para o universo das organizações humanas. A estrutura, nesse contexto, representa a forma como se organizam as relações, os papéis e as funções dentro de um coletivo.
No campo da administração, estrutura organizacional é entendida como o desenho que define como os departamentos, cargos, fluxos de autoridade e canais de comunicação são distribuídos dentro de uma empresa.
Ou seja, trata-se da configuração que sustenta o funcionamento interno da organização e garante que os recursos — humanos, financeiros e materiais — sejam utilizados de forma coordenada.
Essa estrutura pode ser mais rígida ou flexível, mais vertical ou horizontal, dependendo do modelo adotado e da maturidade da empresa. O que importa é que ela esteja ajustada aos objetivos estratégicos, ao perfil dos colaboradores e ao mercado de atuação.
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Existem diferentes modelos de estrutura organizacional, e a escolha entre eles depende de fatores como porte da empresa, área de atuação, objetivos estratégicos e cultura interna.
Cada tipo tem características próprias que afetam a forma como a empresa funciona no dia a dia. A seguir, conheça os 6 principais tipos de estrutura organizacional:
É o modelo mais tradicional. A organização é dividida por funções (como marketing, finanças, produção, RH), com liderança centralizada. Esse tipo favorece a especialização das equipes, mas pode gerar silos entre departamentos, dificultando a comunicação e a integração entre áreas.
Neste modelo, a empresa se organiza por produto, mercado ou região geográfica. É comum em grandes corporações com várias linhas de negócio. Essa estrutura oferece autonomia às divisões, mas pode gerar duplicidade de funções.
Combina a estrutura funcional com a divisional. Um colaborador pode responder a mais de um gestor, o que exige alta capacidade de comunicação e colaboração. É um modelo útil em ambientes dinâmicos, mas pode ser complexa de gerir.
Na estrutura vertical, a hierarquia é bem definida e centralizada. Já na horizontal, há menos níveis de chefia e mais autonomia entre os times. Startups e empresas inovadoras costumam adotar modelos mais horizontais para ganhar agilidade.
São modelos mais flexíveis e modernos, baseados na colaboração entre equipes, uso de tecnologia e adaptação constante. Essas estruturas costumam aparecer em empresas digitais e projetos com foco em inovação contínua.
A estrutura em rede conecta a empresa com parceiros externos, promovendo agilidade sem perder o controle estratégico. Já a estrutura adhocrática — termo derivado de ad hoc, expressão latina que significa “para isso” ou “feito sob medida” — forma equipes temporárias para resolver desafios específicos de forma criativa e sem burocracia.
O organograma é uma representação gráfica que mostra, de forma clara, como a estrutura organizacional está distribuída. Ele ilustra cargos, níveis hierárquicos e relações de subordinação dentro da empresa, ajudando a visualizar o fluxo de comando e a organização das equipes.
Existem diferentes formatos, como o organograma vertical (mais tradicional e hierárquico), o horizontal (mais enxuto e colaborativo) e até versões matriciais ou circulares, dependendo do modelo de gestão adotado. O mais importante é que o desenho reflita com fidelidade como a empresa funciona na prática.
Além de facilitar o entendimento interno, o organograma também é útil em processos de onboarding, definição de responsabilidades e comunicação entre áreas.
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Não existe uma fórmula única para definir qual estrutura organizacional adotar. A escolha depende de fatores como porte da empresa, área de atuação, grau de complexidade das operações, nível de autonomia desejado e até o perfil dos colaboradores. O ideal é que a estrutura escolhida favoreça os objetivos estratégicos e o modelo de gestão praticado.
Em negócios menores, por exemplo, estruturas mais horizontais costumam ser mais ágeis e eficazes. Já empresas maiores, com diversas áreas e níveis de liderança, tendem a adotar modelos funcionais ou divisionais para manter o controle e a organização.
Antes de definir uma estrutura, é importante mapear processos internos, entender as responsabilidades de cada equipe e identificar gargalos na comunicação. Também vale observar se a estrutura atual está alinhada ao momento de crescimento, transformação ou consolidação da empresa.
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Embora estejam relacionadas, esses conceitos não são sinônimos. A hierarquia diz respeito aos níveis de autoridade e cadeia de comando dentro da empresa — quem responde a quem.
Já a estrutura organizacional envolve a configuração completa da empresa, incluindo áreas, funções, fluxos de comunicação e processos de tomada de decisão.
Empresas em crescimento ou com poucos funcionários tendem a se beneficiar de estruturas mais simples, horizontais e centradas em projetos. Esse modelo reduz burocracias e facilita a adaptação às mudanças do mercado.
Com o tempo, conforme a equipe cresce, é possível evoluir para uma estrutura mais formal, mas ainda flexível o suficiente para manter a agilidade nas decisões.
Diversas empresas usam modelos diferentes de estrutura organizacional com base em suas estratégias, cultura e porte. Não há modelo certo ou errado, mas sim o mais adequado ao momento, ao tipo de negócio e à forma como a empresa quer crescer.
A Natura, por exemplo, adota uma estrutura matricial que combina áreas técnicas com projetos voltados à inovação e sustentabilidade. Já o Magazine Luiza opera com uma estrutura funcional robusta, mas com dinâmicas ágeis, principalmente nas áreas digitais.
Startups e empresas de tecnologia, como fintechs e edtechs, costumam preferir modelos horizontais ou em squads — pequenas equipes multidisciplinares com autonomia para tomar decisões. Isso favorece a inovação e a resposta rápida às mudanças do mercado.
Em setores mais tradicionais, como indústria ou construção civil, estruturas verticais ainda são bastante comuns, pois garantem controle rígido das operações e padronização de processos.
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A forma como uma empresa organiza suas áreas e pessoas influencia diretamente sua capacidade de gerar, compartilhar e reter conhecimento. Estruturas mais colaborativas — como as horizontais e em rede — tendem a facilitar a troca de informações entre equipes, contribuindo para a inovação e a melhoria contínua.
Por outro lado, estruturas muito rígidas ou segmentadas podem criar barreiras na circulação de ideias, dificultando a disseminação do conhecimento. Nesses casos, processos importantes podem se perder entre departamentos, gerando retrabalho, baixa produtividade e decisões desalinhadas.
Quando bem alinhada, a estrutura organizacional pode se tornar uma aliada estratégica na construção de uma cultura de aprendizado. A adoção de ferramentas digitais, programas de capacitação contínua e políticas claras de gestão do conhecimento também se mostram essenciais nesse processo.
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