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Feedbacks no trabalho: o que são e como aplicá-los do jeito certo

Veja como usar os feedbacks como estratégia para impulsionar o desenvolvimento profissional dos colaboradores e o clima organizacional

Em um ambiente corporativo, os feedbacks cumprem o papel fundamental de alinhar expectativas, incentivar o desenvolvimento profissional e fortalecer a cultura organizacional.

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Mais do que avaliações pontuais, eles são ferramentas estratégicas de comunicação que impactam diretamente a performance individual e coletiva. Quando bem aplicados, contribuem para um clima mais colaborativo, transparente e produtivo.

Embora o termo seja amplamente utilizado no dia a dia das empresas, ainda há muitas dúvidas sobre como estruturar um feedback eficaz, quais são seus tipos e de que maneira ele pode impulsionar resultados concretos. Entender essas nuances é essencial para lideranças e equipes que desejam evoluir de forma contínua e sustentável.

O que são feedbacks e qual sua função nas organizações

Feedbacks são retornos estruturados sobre comportamentos, atitudes ou entregas realizadas por profissionais dentro de um contexto organizacional. Mais do que uma simples opinião, representam uma oportunidade de promover alinhamento, aprendizado e desenvolvimento contínuo. 

Em seu livro “Feedback Para Todos – Transforme conversas difíceis em oportunidades de crescimento”, a especialista em educação e comunicação, Therese Huston, classifica os feedbacks em três grandes categorias: reconhecimento, orientação e avaliação

O reconhecimento tem o papel de valorizar comportamentos positivos; a orientação aponta caminhos de melhoria; e a avaliação compara o desempenho às expectativas do negócio. Cada uma dessas categorias tem função específica e deve ser aplicada conforme o objetivo da conversa.

Para que essa troca funcione, é fundamental considerar não apenas o conteúdo da mensagem, mas também como ela é transmitida. Segundo o psicólogo Albert Mehrabian, apenas 7% da comunicação é verbal. Os outros 93% estão ligados ao tom de voz e à linguagem corporal. Isso significa que o impacto do feedback não depende apenas do que se diz, mas também de como se diz.

Em resumo, adotar práticas consistentes de feedback contribui para um ambiente onde há mais abertura ao diálogo, clareza de metas e protagonismo profissional — pilares de empresas mais saudáveis e inovadoras.

Confira: One a One: a reunião que líderes estratégicos não abrem mão
+ Cultura organizacional: o que é e como se identificar antes de entrar na empresa? 

Tipos de feedback: positivos, negativos e construtivos

Cada tipo de feedback cumpre uma função distinta na jornada de desenvolvimento dos profissionais. Entender suas características e aplicações ajuda a construir uma comunicação mais eficiente e adaptada ao contexto.

Feedback positivo: reforço para atitudes que funcionam

Esse tipo de retorno reconhece ações ou comportamentos que contribuíram de forma relevante para a equipe ou o negócio. O reforço positivo serve como estímulo, fortalecendo o engajamento e promovendo o senso de pertencimento. 

Para ser efetivo, o feedback positivo precisa ser específico, oportuno e genuíno — elogios vagos perdem valor. Um exemplo eficiente seria: “A apresentação de hoje foi clara e alinhada com os objetivos do cliente. Sua preparação fez diferença”.

Quando bem aplicados, os feedbacks positivos aumentam a motivação e criam uma percepção de reconhecimento mais constante, reduzindo a rotatividade de talentos.

Feedback negativo: como aplicar sem desestimular

Apesar do nome, o feedback negativo não deve ser encarado como sinônimo de crítica destrutiva. Ele tem a função de apontar comportamentos ou entregas que não atenderam às expectativas, sempre com foco em reorientar e apoiar o crescimento. 

A forma como esse feedback é dado faz toda a diferença: tom equilibrado, ambiente adequado e escuta ativa ajudam a evitar reações defensivas.

No livro “A Arte de Dar Feedback – Um guia acima da média”, da Harvard Business Review, os professores Jean-François Manzoni e Jean-Louis Barsoux aponta que quando líderes ignoram ou aplicam mal esse tipo de retorno, podem contribuir para a chamada “síndrome do fracasso inevitável”, que reforça o baixo desempenho ao invés de corrigi-lo.

Feedback construtivo: equilíbrio entre reforço e direcionamento

O feedback construtivo combina elementos positivos e pontos de melhoria. Ele é especialmente útil em situações mais delicadas, pois evita a polarização e permite uma conversa mais fluida. 

O objetivo aqui é gerar aprendizado, não julgamento. Exemplos práticos e foco em comportamentos observáveis (e não em traços pessoais) tornam esse tipo de devolutiva mais eficaz.

O uso de técnicas como o modelo SBI (sigla em inglês para Situação – Comportamento – Impacto) pode ajudar a estruturar esse diálogo de forma objetiva e respeitosa, tornando o feedback mais claro e acionável.

A importância do feedback para o desenvolvimento profissional

O feedback atua como uma das principais ferramentas para impulsionar o crescimento individual e coletivo dentro das organizações. Ao indicar com clareza quais comportamentos devem ser mantidos ou ajustados, contribui para o aprimoramento contínuo das habilidades técnicas e comportamentais.

Além disso, devolutivas consistentes fortalecem a confiança entre líderes e equipes, criando um ambiente de mais transparência e segurança psicológica. Essa abertura favorece o engajamento, a troca de ideias e o senso de propósito no trabalho.

Estudos mostram que profissionais que recebem feedbacks frequentes tendem a apresentar melhores índices de desempenho e maior capacidade de adaptação a mudanças. Isso reforça o papel estratégico desse recurso para o desenvolvimento de competências, especialmente em contextos que exigem agilidade e inovação.

A prática de feedbacks regulares e bem estruturados também melhora o clima organizacional, estimula o protagonismo das equipes e contribui para a construção de uma cultura de aprendizado contínuo.

Leia mais: Liderança situacional: entenda o valor de um líder adaptável
+ Alta performance: saiba o que é e como trabalhar com foco de atleta
+ Saiba o que é o efeito halo, o viés que distorce decisões nas empresas 

Como dar feedbacks com eficácia: estratégias práticas para líderes e gestores

Dar um bom feedback vai muito além de apontar acertos ou falhas. Envolve preparo, empatia e domínio de técnicas que tornam a conversa mais produtiva e menos suscetível a ruídos. 

A seguir, conheça algumas diretrizes fundamentais para transformar esse momento em uma oportunidade real de desenvolvimento.

Escuta ativa e empatia como fundamentos

A escuta ativa — ou seja, ouvir com atenção plena, sem interrupções ou julgamentos prévios — é essencial para que a troca seja bem-sucedida. Mostra respeito, reduz tensões e cria um espaço de confiança. A empatia também é indispensável, pois ajuda a considerar o estado emocional da outra pessoa e a ajustar o tom da conversa de forma cuidadosa.

Em sua obra, a pesquisadora Therese Huston recomenda que gestores perguntem aos colaboradores como preferem receber feedbacks. Essa abordagem personalizada não apenas aumenta a receptividade, mas também demonstra consideração pelas necessidades individuais.

O papel do contexto e do timing

Dar um feedback na hora errada ou em um local inadequado pode comprometer toda a intenção da mensagem. Momentos de pressão, conversas em público ou situações emocionais intensas devem ser evitados. 

O ideal é que o feedback ocorra o mais próximo possível da situação observada, mas sempre em ambiente reservado e com tempo suficiente para escuta e diálogo.

Comunicação verbal e não verbal

Mais do que as palavras, o tom de voz, o ritmo da fala e a linguagem corporal exercem grande influência sobre a forma como o feedback será percebido. O modelo de Albert Mehrabian mostra que 93% da comunicação está relacionada a fatores não verbais. Por isso, coerência entre mensagem, postura e expressões faciais é essencial para evitar interpretações equivocadas.

O uso de exemplos específicos e observações objetivas torna a mensagem mais clara e reduz o risco de reações defensivas. Focar no comportamento e não na pessoa também ajuda a preservar o respeito e o vínculo profissional.

Leia também: Escuta ativa: o que é, por que importa e como aplicá-la no ambiente corporativo
+ Comunicação assertiva no trabalho: o que é e como aplicar 

Como receber feedbacks com inteligência emocional

Receber feedbacks pode gerar desconforto, especialmente quando envolvem apontamentos sobre comportamentos ou entregas que precisam ser ajustados. No entanto, essa etapa é tão estratégica quanto a de oferecer retornos. Saber escutar com maturidade amplia a capacidade de aprendizado e crescimento.

A primeira atitude recomendada ao ouvir um feedback é manter a escuta ativa, ou seja, ouvir com atenção real, sem interromper, rebater ou tentar justificar de imediato.

Essa postura demonstra abertura e permite compreender a mensagem com mais clareza. Em seguida, vale refletir sobre o conteúdo recebido e avaliar quais pontos fazem sentido e podem ser transformados em ações práticas.

Outro aspecto importante é evitar personalizar o feedback como crítica pessoal. O foco da conversa deve estar em comportamentos e resultados, não em julgamentos sobre a identidade ou competência da pessoa. 

No guia sobre feedbacks, especialistas da Harvard Business Review recomendam que, ao final do feedback, seja feita uma breve checagem de entendimento — algo como “então o ponto central é X, certo?” —, o que evita mal-entendidos e mostra comprometimento em evoluir.

Além disso, é importante dar continuidade após o feedback, aplicando ajustes e demonstrando disposição para evoluir, é o que realmente transforma a devolutiva em aprendizado prático. A inteligência emocional está justamente nessa capacidade de transformar um momento desafiador em impulso para o crescimento.

Boas práticas e erros comuns na cultura de feedbacks nas empresas

Criar uma cultura de feedback contínuo é uma das formas mais eficientes de promover evolução nas organizações. Quando essa prática se torna parte da rotina, e não apenas um evento isolado durante avaliações de desempenho, os resultados se tornam mais consistentes e duradouros.

Dicas para como construir uma cultura de feedbacks contínuos

A construção dessa cultura começa pelo exemplo das lideranças. Líderes que oferecem feedbacks com frequência, transparência e respeito incentivam suas equipes a fazer o mesmo. 

Outro ponto-chave é normalizar o feedback horizontal, ou seja, entre colegas, e não apenas de cima para baixo. Isso reduz hierarquias rígidas na comunicação e fortalece o senso de colaboração.

Adotar ferramentas e rituais para facilitar essa prática também faz diferença: check-ins regulares, reuniões de one-on-one, retrospectivas de equipe e até canais assíncronos (como formulários ou plataformas internas) ajudam a manter o fluxo constante de devolutivas.

4 erros a evitar na hora do feedback

Mesmo com boas intenções, alguns comportamentos podem comprometer a eficácia do feedback. Entre os erros mais comuns estão:

  1. Generalizações vagas, como “você precisa melhorar”, sem indicar o quê e como;
  2. Foco excessivo nos erros, sem reconhecer avanços ou pontos positivos;
  3. Feedbacks aplicados em público, o que pode constranger e gerar resistência;
  4. Falta de escuta ativa, transformando o momento em um monólogo autoritário.

Esses erros devem ser encarados como pontos de atenção por parte das lideranças, já que feedbacks mal aplicados podem desmotivar, intensificar inseguranças e até ampliar dificuldades de desempenho.

Exemplos de feedbacks no trabalho: como adaptar a diferentes contextos

Aplicar feedbacks na prática exige sensibilidade para adaptar a abordagem conforme o momento, a pessoa e o objetivo da conversa. Na sequência, veja alguns exemplos práticos que ajudam a visualizar como estruturar devolutivas mais eficazes no dia a dia corporativo.

Reconhecimento por uma entrega bem-feita

“A forma como liderou a apresentação para os clientes foi clara, objetiva e transmitiu confiança. Isso contribuiu para que o projeto avançasse com alinhamento. Parabéns pelo cuidado com os detalhes.”

Esse exemplo reforça o comportamento desejado, valoriza o esforço e aumenta o senso de pertencimento.

Orientação para melhoria de comportamento

“Nas últimas reuniões, foi percebido que algumas interrupções ocorreram durante as falas dos colegas. Isso pode afetar a fluidez das trocas. Seria interessante observar esse ponto para melhorar a dinâmica em grupo.”

Aqui, o foco está em um comportamento observável, com tom respeitoso e foco em ajustes.

Revisão de resultado abaixo do esperado

“A entrega do relatório não atendeu ao que foi alinhado inicialmente, principalmente nos dados da seção final. Podemos revisar juntos o que aconteceu e pensar em formas de evitar isso nas próximas entregas?”

Nesse caso, o feedback é firme, mas abre espaço para diálogo e construção conjunta de soluções.

Feedbacks entre pares (peer-to-peer)

“Naquele projeto, sua disponibilidade para ajudar em um prazo apertado fez diferença. Essa postura colaborativa cria um ambiente mais leve e produtivo para todo mundo.”

Estimular trocas horizontais fortalece o clima organizacional e incentiva relações mais equilibradas.

Esses exemplos podem ser adaptados para diferentes cargos, setores ou estilos de liderança. O importante é que a mensagem seja clara, respeitosa e conectada com o contexto real da atuação profissional.

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