No último dia 20, o Ministério da Educação decidiu adiar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2020 devido à pandemia do novo coronavírus. Nesta quinta-feira (21), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), afirmou à Rádio Bandeirantes que está conversando com presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) para que as inscrições do Enem também sejam adiadas.
Por meio de um processo que tramita na Justiça Federal de São Paulo, a União e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) já se posicionaram contra o adiamento das inscrições.
O processo pede a prorrogação das inscrições até o fim do estado de calamidade pública. Mas, a União e o Inep afirmam que aguardar a revogação das medidas de isolamento social para retomar os preparativos da prova pode inviabilizar a realização do Enem este ano, prejudicando o início do semestre letivo das universidades em 2021 e os programas Sisu, Fies e Prouni.
Enem adiado e sem data
A decisão do adiamento do Enem aconteceu no mesmo dia em que um projeto de lei para a prorrogação da prova foi aprovado na Câmara dos Deputados. A demanda veio de milhares de estudantes sob a justificativa de que muitos não conseguem se preparar para a prova pela suspensão das aulas regulares e falta de acesso à internet, computador e/ou smartphone.
De acordo com a nota do MEC, as datas do Enem Impresso e do Enem Digital podem ser adiadas de 30 a 60 dias em relação ao previsto inicialmente no edital. O MEC divulgou também que irá realizar uma votação com os inscritos no exame para definir as novas datas.
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