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Vestibular e Enem

Unicamp 2024: Veja o que os professores falam sobre a 1ª fase da prova

por Amanda Nonato em 29/10/23

Neste domingo (29) ocorreu a 1ª fase do Vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A prova com 72 questões contou com a participação de 60.241 candidatos, que concorrem a 2.537 vagas de 69 cursos de graduação em uma das principais universidades do estado de São Paulo.

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Neste primeiro dia, os vestibulandos precisam responder a questões de múltipla escolha das áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas.

Para quem deseja acompanhar o desempenho da primeira etapa, a Revista Quero divulgou o gabarito extraoficial da primeira fase do vestibular e aproveitou para conversar com a direção dos cursinhos pré-vestibulares que realizaram a correção dos cadernos de questões.

Entenda qual foi a experiência do candidato com a edição da Unicamp 2024 e veja as principais informações sobre as questões dessa primeira fase, surpresas que apareceram no caderno de prova e que atenção os alunos devem dar para a segunda fase do vestibular.

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O que dizem os especialistas sobre a prova?
Apesar de os assuntos mudarem a cada ano, a prova da Unicamp mantém uma certa tradição, segundo alguns especialistas. 

Para Wander Azanha, diretor do Curso Pré-Vestibular da Oficina do Estudante, essa foi uma prova clássica, como foi nos últimos anos. Ele comentou que a presença de textos diretos, com imagens e gráficos, nas questões de Biologia e Física, por exemplo, já demonstram isso.

"[A prova] Privilegiou quem lê e estava por dentro de temas atuais, como desigualdade social, racismo, cultura indígena, entre outros. Em Física, por exemplo, não apareceu sobre mudança de unidades - que sempre é cobrado. No geral, uma prova muito bem feita e com temas bem distribuídos", explicou.

Sérgio Paganim, diretor do Curso Anglo, também corrobora com esse padrão que vem sendo desenvolvido pela Unicamp a cada ano.

Ele comenta que essa é uma prova que explora três pilares: a leitura, o estabelecimento de relações e a contextualização do conhecimento. Então, muitas questões não exigiam conhecimento técnico para desenvolver a resposta.

"A prova de filosofia é um exemplo muito forte, porque o texto era suficiente para chegar a resposta. [...] Mesmo na prova de química que envolve então leitura de imagens de gráficos e, portanto, torna até um pouco mais trabalhosa a prova exatamente por esse nível de leitura que exige. Em resumo, então, há uma leitura de diferentes gêneros textuais que as diferentes disciplinas exploram".

Comentários por área
Os professores de algumas áreas do Curso e Colégio Oficina do Estudante comentaram sobre as questões de cada área do conhecimento. Confira abaixo:

Biologia

De acordo com o professor Marcelo Perrenoud, a prova de biologia foi de nível médio, com questões mais diretas e textos curtos. As questões eram bem abrangente com imagens, gráficos e esquemas relacionados com células eucarísticas. 

"A distribuição de temas foi bem feita, porém não apareceu pergunta de genética, que era uma temática esperada pelos alunos".

Inglês

A prova manteve a tradição e cobrou uma diversidade de gêneros textuais: abordou racismo de Martir Luther King comparando com o racismo de hoje, a representação da cultura indígena e tivemos também um científico. 

O professor Márcio Pantoja também comentou que a prova abordou o ChatGPT, além de duas resenhas sobre filmes e outro sobre metalinguagem. 

História

Para o professor Marcus Vinícius de Morais, neste ano a Unicamp contou com uma dificuldade entre fácil para média. De acordo com ele, o vestibular inovou na forma de abordar os temas clássicos. 

"Negros, indígenas e mulheres apareceram como protagonistas. O mundo plural e múltiplo, característica da prova, também ficou evidente nos variados tipos de fontes, como sermões, fotos e textos. Ponto positivo para a questão sobre o Papa Francisco, IA e fake news, em um diálogo com o mundo contemporâneo", explicou.

Matemática

Rodrigo do Carmo, professor de Matemática, disse que a prova deste ano veio mais acessível ao aluno em comparação com 2023. Os assuntos ficaram concentrados em conteúdos que tradicionalmente são abordados no 1° e 2° anos do Ensino Médio. 

Ele também afirma que vale destacar a presença de uma questão sobre lei dos cossenos, assunto que era cobrado com frequência e que, nos últimos anos, não estava presente na primeira fase. 

No mais, assuntos clássicos: áreas, geometria plana, combinatória e probabilidade, sistemas lineares, funções. Rodrigo também chama atenção para duas questões: uma de condição de existência de triângulo e outra de polinômios com sequências numéricas.

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Geografia

A prova de Geografia da Unicamp, para o professor Daniel Simões, estava de nível médio, com uma grande incidência de temas clássicos e um nível de exigência um pouco elevado a respeito desses assuntos. 

“Nós vimos muitas alternativas bastante específicas que requeriam muito cuidado para serem diferenciadas e a recorrência de alguns assuntos que tem aparecido todo ano, mas com uma abordagem um tanto quanto complexa”, comentou. 

O vestibular abordou questões da geografia física, como populações tradicionais e domínios morfoclimáticos. Outros temas também apareceram como problemas urbanos, crescimento demográfico, com leitura de mapas e gráficos, além de tectônica de placa e terremotos e sobre globalização e cartografia. 

 “São temas bastante triviais, mas eles foram cobrados com um certo rigor e, diferente de outras provas, as alternativas foram bastante complicadas, de modo que o aluno tinha que fazer uma leitura muito cuidadosa para não as confundir e conseguir eliminar para chegar à alternativa correta”.

Literatura

“O que nós percebemos? As questões não conversam umas com as outras, elas são bem estanques, bem paradas”, essa foi uma das percepções de André Barbosa, professor de literatura. 

Ele também comentou sobre alguns fragmentos das questões sobre o tema. Por exemplo, a questão sobre seminário dos ratos que tratou do gênero epígrafe. O professor explica que é o que aparece no início do conto, aplicado à interpretação do conto como um todo.

 “Então, a gente vê, assim, agora finalizando, sintetizando de um modo geral, são questões que cobram uma leitura detalhada da obra e, também, uma relação com o contexto social, histórico e até mesmo o estado de espírito das personagens”, pontuou.

Química

A prova de Química da Unicamp aconteceu conforme o esperado, segundo o professor Pietro Escobar. Ele explicou que as questões trouxeram muitos gráficos para interpretação, análise e indicação de resposta. 

“Enfim, caíram conceitos esperados: PH, química ambiental, química verde. Eu gostei da prova, achei bem feita e reparei que quase não teve conta, foram cobradas mais questões interpretativas”.

Linguagens, gramática e interpretação de texto

A área de linguagens também se manteve conforme o esperado, sem muitas novidades, de acordo com a professora de Gramática Liliane Negrão. 

 “A Unicamp, como sempre, cobra que o aluno entenda um determinado sentido de uma palavra no texto específico, questões envolvendo textos com linguagem verbal, ou seja, totalmente formado por palavras, mas também imagem. Então, o aluno teria que associar texto verbal e texto não-verbal”, explicou. 

A professora também pontuou que o vestibular levou temas atuais, como a moda dos alunos de platinarem o cabelo.

Física

Para Rodrigo Araújo, professor de Física, a prova foi bem feita, com questões diretas e distribuiu bem os assuntos da área. O vestibular preparou quatro questões de mecânica, sendo uma de cinemática, duas de dinâmica e uma sobre energia, que caiu o teorema da energia cinética. Além disso, uma questão de eletricidade, outra de ondulatória, que cobrou dos alunos a equação fundamental e, também, uma questão sobre gases perfeitos. 

“Para nossa surpresa, não foi cobrada conversão de unidades, que é uma coisa que o Unicamp costuma cobrar dos alunos. Talvez a maior dificuldade dos alunos tenha sido na parte das contas, porque eles cobraram muitas contas com notação científica, então, uma dificuldade um pouco maior”, comentou. 

Rodrigo também destacou que a Unicamp, neste ano, colocou na ementa da prova a astronomia. 

“Todo mundo estava esperando o que eles poderiam cobrar de astronomia e, no final, não caiu esse assunto, apesar de algumas questões abordarem a re-entrada de uma nave na atmosfera terrestre, o tema da astronomia não foi cobrado mesmo na prova”.

Sociologia

A prova de Sociologia trouxe temas relacionados às desigualdades sociais, raciais, de gênero, a atuação dos movimentos sociais, além de uma questão de Sociologia clássica abordando Durkheim e o conceito de fato social. 

“A prova privilegiou a leitura e a interpretação de textos e trouxe questões atuais e tranquilas para os candidatos”, comentou a professora de Humanidades, Sarah Franciscangelis. 

Na parte de Filosofia, a Unicamp trouxe uma questão que também abordava uma crítica às visões de supremacia racial, uma questão trazendo uma reflexão sobre igualdade e liberdade em um contexto das vivencias políticas, além de uma questão abordando duas tradições da filosofia antiga: Aristóteles e Epicuro.

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