Vale a pena fazer uma pós-graduação em Psicologia?
Está pensando em fazer sua pós em Psicologia, mas não sabe se vale a pena? Descubra a resposta!
O curso de Psicologia é um dos mais procurados na hora de se escolher uma faculdade. Para se ter uma ideia, no Brasil existem hoje um total aproximado de 343 mil psicólogos, segundo o Conselho Federal de Psicologia (CFP). E para ter destaque em um meio tão concorrido, muitos profissionais acabam recorrendo a uma pós-graduação. Mas será que vale a pena seguir por esse caminho?
De acordo com Monique Godoy, 26 anos, a resposta é sim. “A pós-graduação foi um divisor de águas na minha carreira. Na especialização pude refletir mais profundamente sobre o papel profissional do psicólogo. A turma da sala também foi um diferencial, pois era muito disposta a aprender, e os professores eram extremamente competentes”.
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Ela, que concluiu sua graduação em Psicologia em 2014, começou a especialização logo no ano seguinte na Universidade de Taubaté (Unitau). O curso escolhido foi a pós-graduação lato sensu em Intervenção Familiar, com duração de dois anos.
Ao final de 2017, a psicóloga teve o seu trabalho de conclusão de curso aprovado – ocasião essa que aproveitou para dar início ao seu curso de Mestrado em Gestão e Desenvolvimento Regional. Em março de 2019, defendeu sua dissertação e receberá no próximo ano, em abril, o título de mestre, quando esse for homologado.
“Agora quero e preciso realizar doutorado, mas também tenho vontade de fazer outras especializações lato sensu”, afirma Monique.
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Segundo ela, a pós-graduação (tanto a lato sensu, quanto a stricto sensu) lhe trouxe uma visão mercadológica sobre a profissão. “Quando digo isso, não falo apenas do dinheiro, mas também da ética. Uma pós-graduação traz conteúdos que ampliam seu conhecimento para a atuação e aumentam a sua expertise, fazendo com que você se destaque entre outros profissionais”, diz a especialista, que também completa: “sendo especialista em algo é possível se concentrar mais nesse assunto, aprofundar o tema, atuar melhor e se destacar, o que traz um melhor retorno financeiro e de realizações.”
Up na carreira
Quem também não se arrependeu de fazer uma especialização foi Ivana Freitas de Oliveira. A psicólogo de 43 anos optou pelo curso de pós-graduação em Terapia Familiar e de Casal na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
“Eu já atendia casais em meu consultório, mas sentia a necessidade de ampliar os meus conhecimentos e esse curso acabou agregando à minha vida de todas as formas, tanto emocionalmente, profissionalmente e nas minhas próprias relações familiares”, conta a entrevistada.
O curso, presencial, teve início em 2015 e duração de três anos. Para Ivana, dois anos teriam sido suficientes para ter todo o conteúdo, pois, em certo momento, muitas matérias começaram a se repetir. Apesar disso, ela afirma ter gostado muito da especialização.
“Eu preferia as aulas práticas e tinham muitas, pois, praticamente todas eram nesse formato. A gente realizava atendimentos e era muito legal. Além disso, meus professores eram ótimos e muito renomados em várias áreas do mercado de trabalho, o que me ajudou a aprender muito com diversos estilos de abordagem”, afirma.
Para ela, ao sair da faculdade os formandos ainda estão muito”crus” e, por isso, fazer uma pós-graduação é uma ótima alternativa para complementar o conhecimento e trazer outras visões sobre a própria carreira e o mercado de trabalho.
“Hoje os meus atendimentos são totalmente diferenciados depois de fazer essa especialização. Eu não me sentiria capaz de atender se fosse comparar a bagagem de antes com a que tenho após fazer o curso”, ela comenta e diz: “além disso, a pós dá visibilidade, você conhece as pessoas que estão na área, faz networking. Posso dizer que sou uma outra pessoa e outra profissional após a pós.”
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Mudança de caminho
Não é necessário ser graduado em Psicologia para fazer um curso nessa área. É o caso de Lucas Gabriel Louzas, de 25 anos. Ele, que é graduado em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC Campinas), hoje faz o curso de especialização em Psicanálise Clínica no Instituto WCCA.
“Meu irmão fez esse curso, ministrado pelo professor Wilson Cerqueira e depois meus pais também fizeram. Então comecei a fazer em abril de 2018, mas acabei saindo e voltando neste ano. Agora a previsão é que eu receba meu certificado em 2021”, conta Lucas.
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Segundo ele, o curso é dividido em três fases. Na primeira o aluno precisa fazer, no mínimo, 32 horas de terapia junto a um psicólogo. Na segunda ele acompanha um terapeuta em 16 sessões reais com pacientes e, por fim, na última etapa, pode atender o público, fazendo relatórios sob supervisão de um profissional.
“O curso agregou muito à minha vida em questão de autoconhecimento. Isso porque o fato de ver a vida de um olhar com mais empatia para o próximo é bastante importante”, comenta Lucas.
O aluno acredita que fazer uma pós-graduação é essencial, principalmente para quem quer seguir na área. “No meu curso tem muitas pessoas que não são da área de Psicologia, assim como eu, e outras que são. O importante é não depender apenas da faculdade, mas sim ter um diferencial“, opina Lucas.
O estudante diz que se apaixonou pela área e que pretende construir uma carreira em Psicologia, além de realizar outros cursos na área e, quem sabe, uma graduação.
Saiba mais sobre pós em Psicologia
Existem diversas áreas de atuação em Psicologia, como a voltada para o esporte, jurídica, social, organizacional, voltada para famílias, entre outras. Todas as especializações reconhecidas podem ser consultadas no próprio site do CFP.
Não é necessário ser formado em Psicologia para poder fazer uma pós-graduação nessa área. Porém, se o curso estiver sendo feito visando uma mudança na carreira, o estudante formado em outra profissão deve ter em mente que talvez a sua atuação seja limitada. Por exemplo, não será possível trabalhar na área clínica atendendo pacientes. Mas se fizer uma pós em Psicopedagogia, por exemplo, poderá atuar como psicopedagogo.
Já os profissionais formados nessa área podem pedir junto ao CRP de sua comarca um registro de especialista. Cabe ao órgão a aprovação da concessão do título profissional de especialista. Esse título não é obrigatório, mas é um direito concedido ao psicólogo tê-lo.
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