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Covid-19

Biologia - Manual do Enem
Barbara  Mello Publicado por Barbara Mello
 -  Última atualização: 27/9/2022

Índice

Introdução

A COVID-19 é a doença causada pelo novo coronavírus, ou SARS-CoV-2. O nome refere-se a: "Síndrome Aguda Respiratória Grave” (SARS) e “coronavírus” (CoV). Devido à semelhança ao SARS-CoV, descoberto em 2002, o novo coronavírus foi registrado como SARS-CoV-2. 


Trata-se de um vírus respiratório que pertence à família Coronaviridae. Nessa mesma família também se encontram os vírus responsáveis pela Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS).

Em 2002, foram registrados casos de SARS-CoV provenientes de hospedeiros como morcego e pangolim. No Brasil foram registradas cerca de 800 mortes pela doença. Posteriormente em 2012, um novo vírus da família Coronaviridae foi isolado: o MERS-CoV. Esse foi encontrado na Arábia Saudita e se espalhou rapidamente pelo Oriente Médio. Nesse caso, a transmissão ocorria da seguinte maneira: morcego-camelo-humano.

Os primeiros casos da COVID-19 foram registrados em dezembro de 2019, em um mercado na cidade de Wuhan, na China. Acredita-se que o SARS-CoV-2 possui como hospedeiro algumas espécies de animais consumidas como iguarias na cidade. O primeiro caso no Brasil foi confirmado no dia 26 de fevereiro de 2020. O paciente era um homem de 61 anos que viajou à Itália no início daquele mês. Atualmente, já são mais dezoito milhões de casos e mais de meio milhão de mortos no país.

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Transmissão

O coronavírus, como todos os vírus, é um parasita intracelular obrigatório. Ou seja, não apresenta metabolismo próprio. Para se replicar, ele necessita obrigatoriamente de uma célula hospedeira. 

Sabe-se que é um vírus altamente contagioso e assim como outros vírus respiratórios, a transmissão se dá principalmente pelo contato direto com pessoas infectadas, através de gotículas contaminadas, ou aerossóis suspensos no ar. O coronavírus ainda pode permanecer ativo durante um período sob superfícies, então o contato com superfícies e objetos contaminados também pode transmitir o vírus. 

período de incubação desse vírus varia de 2 a 14 dias. Ou seja, uma pessoa pode apresentar os primeiros sintomas da COVID-19 após 14 dias do primeiro contato com o vírus. No entanto, mesmo durante o período de incubação, o vírus pode ser transmitido para outras pessoas. Acredita-se que o paciente deixa de transmitir o vírus por volta do décimo quarto dia após o início dos sintomas. Esse é o chamado período de transmissibilidade

Sintomas

Pessoas infectadas com o SARS-CoV-2 podem ser assintomáticas, ou seja, não apresentar nenhum sintoma e ainda assim transmitir o vírus. Os pacientes sintomáticos, por sua vez, podem apresentar sintomas brandos até quadros mais severos. Veja abaixo a lista de sintomas mais comuns da COVID-19:

  • Febre;
  • Tosse;
  • Mialgia ou fadiga;
  • Expectoração;
  • Dispneia;
  • Cefaleia ou tontura;
  • Diarreia;
  • Vômitos ou náuseas;

O quadro mais grave da COVID-19 trata-se da infecção das vias aéreas inferiores, como a pneumonia, levando à Síndrome Respiratória Aguda Grave. Além disso, a COVID-19 pode evoluir para um quadro de tosse seca não produtiva com hipóxia (baixa concentração de oxigênio) e, dentro desse cenário, 10 a 20% dos pacientes necessitam de ventilação mecânica.

Fatores de risco

Todas as pessoas estão propensas a se contaminar com o novo coronavírus. No entanto, alguns grupos podem desenvolver a forma mais grave da doença mais facilmente. Abaixo segue a lista dos grupos de risco:

  • Idosos
  • Pessoas com problemas respiratórios
  • Pessoas com sistema imune comprometido (pessoas com AIDS, por exemplo)
  • Hipertensos
  • Diabéticos
  • Pessoas com problemas cardiovasculares

Diagnóstico

Para diagnosticar uma pessoa com COVID-19, existem atualmente dois tipos de teste: o teste rápido e o teste molecular (PCR).

Teste rápido sorológico

Esse teste é feito com uma pequena amostra de sangue. Ele consiste em detectar os anticorpos contra SARS-CoV-2  presentes no sangue. Por esse motivo, é indicado que se submeta a esse teste pessoas sintomáticas há pelo menos 7 dias. Isso porque após o contato com o vírus, o corpo demora alguns dias até produzir os anticorpos. Caso a pessoa faça o teste no 3º dia de sintoma, por exemplo, pode ocorrer um falso negativo.

Esse teste é vantajoso pois seu resultado pode ser obtido em até 30 minutos. No entanto, a interpretação do teste necessita de acompanhamento médico para análise de outros fatores também.

Teste molecular (PCR)

Esse teste é mais específico, e pode indicar a doença ativa. Isso é possível porque ele vai identificar fragmentos específicos do vírus nas amostras. É como se “rastreasse” o vírus nas secreções do paciente. Por conta dessa especificidade, o resultado pode demorar entre 5 e 8 dias. Para essa análise são utilizadas secreções das vias aéreas, que podem ser coletadas entre o 3º e 7º dia após o aparecimento dos sintomas.

Tratamento

Não existe tratamento para COVID-19. O recomendado pela OMS é o tratamento dos sintomas: febre, dor de cabeça, entre outros. Além disso, pessoas com COVID-19 têm que se manter em isolamento social total durante a doença, a fim de evitar a transmissão do vírus. 

Durante a pandemia, circulou na internet e até mesmo entre alguns grupos médicos a ideia de um tratamento precoce. No Brasil, foram elaborados os conhecidos “Kit Covid”, que consistia na recomendação de medicamentos como ivermectina, azitromicina, e hidroxicloroquina. 

É importante ressaltar que não existe nenhum estudo científico que prove a eficácia de nenhum tratamento precoce. A realização de um tratamento precoce, além de ineficaz, é arriscada, pois pode agravar o quadro do paciente. 

Portanto, em caso positivo de COVID-19, é importante que a pessoa se preocupe em: repousar, se alimentar bem, se hidratar e utilizar medicamentos adequados para cada sintoma apresentado (que pode variar de paciente para paciente). Para isso, é necessário acompanhamento médico. Além disso,mantenha-se em isolamento durante duas semanas após o surgimento do primeiro sintoma. 

Em casos graves, onde houver insuficiência respiratória e outros agravamentos, faz-se necessária a terapia intensiva com intubação orotraqueal para oxigenação mecânica. Estudos demonstram que entre 10% e 15% dos casos da doença tendem a evoluir para quadros severos.

Como me prevenir da COVID-19?

Como mencionado, a principal forma de contágio do coronavírus é através do ar. Dessa maneira, as medidas de prevenção da contaminação por coronavírus envolvem: 

  • Distanciamento social;
  • Uso de máscaras;
  • Higienização das mãos, superfícies e objetos;
  • Evitar aglomerações e ambientes fechados;
  • Ventilar ambientes onde há grande circulação de pessoas.

Além dessas medidas, podemos contar com as vacinas. A vacina utiliza um antígeno morto ou atenuado (enfraquecido) para estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos. Esses anticorpos vão ser de extrema importância para combater o vírus numa futura exposição. No caso do SARS-CoV-2 o antígeno utilizado é a proteína Spike, uma proteína presente na superfície viral, que é utilizada para infectar as células.

Já existem diversas vacinas disponíveis ao redor do mundo. Alguns países já tem toda sua população vacinada e estão retomando as atividades. No Brasil a vacinação está em curso com algumas vacinas disponíveis, entre elas CoronaVac, Oxford, Pfizer, Janssen, e Fiocruz. O Instituto Butantan está desenvolvendo a própria vacina, a ButanVac, que já está em fase de testes. 

A vacinação é uma excelente medida de controle da infecção. Embora ela não impeça a transmissão do vírus nem o desenvolvimento da doença, ela evita que a doença se desenvolva de forma mais severa, evitando mortes. 

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
Quero Bolsa

Leia o texto a seguir para responder às questões 1 e 2.

“Há mais de 1 ano, era confirmado o primeiro caso de coronavírus no Brasil: em 26 de fevereiro, um homem de 61 anos que viajou à Itália no começo daquele mês deu entrada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, e foi o primeiro paciente com COVID-19 no país. Desde então, a linha do tempo do coronavírus traz cada vez mais fatos importantes que mostram o tamanho do impacto da pandemia no país. [...] Apesar de algumas entidades públicas, médicos e estudos de procedência duvidosa defenderem supostos tratamentos precoces contra COVID-19, estudos rigorosos ao redor do mundo já apontaram que ideias como o “kit-COVID” não têm eficácia comprovada contra a doença. Esses medicamentos não são recomendados por entidades como a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos e da Europa e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

Ao contrário de algumas afirmações feitas por autoridades, tanto o isolamento social quanto o uso de máscaras são medidas que ajudam a evitar a propagação do novo coronavírus. O isolamento social horizontal é uma medida em que se isola o maior número de pessoas em suas residências. Por esse motivo, é o mais indicado no cenário atual, pois apresenta maior potencial para conter a pandemia de COVID-19.

Além disso, o uso de máscara na COVID-19 é eficiente para combater contaminações pelo novo coronavírus. Estudos como o da rede de especialistas Cochrane consideram o uso de máscaras uma das melhores intervenções na redução da transmissão de vírus respiratórios.”

(Adaptado de: sanarmed.com, acesso em 7 de julho de 2021)

No que diz respeito ao vírus causador da COVID-19, assinale a alternativa correta:

A O coronavírus é um vírus de alta complexidade, sendo impossível estabelecer medidas de prevenção da contaminação, o que explica o estado de pandemia decretado em 2020.
B O tratamento precoce é capaz de atenuar o vírus que causa COVID e foi a única alternativa segura no início da pandemia.
C Não é possível que ocorra a replicação do vírus fora de um organismo, já que o coronavírus é um parasita intracelular obrigatório.
D O isolamento social e o uso de máscaras não são medidas seguras de prevenção da infecção por coronavírus.
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