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Pandemia, epidemia, endemia e surto

Biologia - Manual do Enem
Barbara  Mello Publicado por Barbara Mello
 -  Última atualização: 27/9/2022

Índice

Introdução

Desde março de 2020 o mundo vive uma pandemia, causada pelo surgimento do novo coronavírus, causador da COVID-19. O primeiro caso registrado no Brasil foi em fevereiro de 2020 e até o início de julho de 2021 o país registrava 18 milhões de casos, e somava mais de 500 mil mortes.

Mas, afinal, o que é uma pandemia? Para te ajudar a entender isso, precisamos falar sobre outros termos epidemiológicos também importantes: surto, endemia e epidemia

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Surto

Imagine a seguinte situação: em um determinado bairro da cidade de São Paulo são registrados, repentinamente, um grande número de casos de dengue. Nesse caso, dizemos que há um surto.

Basicamente, um surto ocorre quando há um aumento repentino nos casos de uma doença restritos a uma região específica (um bairro, por exemplo) e esse aumento supera o valor esperado pela autoridade sanitária local. 

Epidemia

Quando observamos a ocorrência de vários surtos, caracteriza-se a epidemia. Utilizando o exemplo acima: após um surto de dengue em um bairro específico no município de São Paulo, a autoridade sanitária local passa a registrar diversos surtos em outros bairros na cidade. A doença ainda é restrita à cidade de São Paulo, e nesse caso, dizemos que há uma epidemia. 

Pandemia

Consideramos um estado de pandemia quando existem epidemias de uma mesma doença acontecendo simultaneamente em diversos continentes

Para ilustrar, vamos retomar o primeiro exemplo: o surto que começou em um bairro na cidade de São Paulo, se espalhou para outros bairros dentro da cidade. Assim, temos uma epidemia na cidade. Cidades vizinhas e cidades em outros estados decretaram estado de epidemia também. Ao mesmo tempo, em outros continentes, foi observado um rápido aumento de casos de dengue e diversos países classificaram como uma epidemia. Nesse caso, então, temos uma pandemia. O esquema da seguinte imagem ilustra o que ocorre.

Um conjunto de surtos leva a uma epidemia, enquanto o conjunto de epidemias ao redor do mundo define uma pandemia.

É exatamente aqui que se encaixa o caso da COVID-19. Os surtos da doença tiveram início no final de 2019, na cidade de Wuhan, na China. Em março de 2020 diversos países já haviam registrado um aumento nos casos e, então, a OMS classificou como uma pandemia. 

Endemia

Quando uma determinada infecção ocorre com determinada frequência em uma região geográfica específica, dizemos que essa é uma doença endêmica. No Brasil, alguns exemplos de endemia são a leishmaniose, a febre amarela e a dengue. No caso de endemias, as medidas de controle podem diminuir a letalidade da doença e o número de casos, mas normalmente não impedem que o surto se repita após certo tempo. 

Histórico de pandemias pelo mundo

Ao longo da história da humanidade diversos surtos, epidemias e pandemias ocorreram. Conforme o processo de urbanização foi ocorrendo, a ocorrência de epidemias e pandemia foi se tornando cada vez mais comum.

É importante ressaltar que utilizamos esses termos apenas quando se trata de doenças altamente contagiosas e rápida proliferação geográfica

O câncer, por exemplo, é uma das doenças com maior número de casos no mundo todo, e consequente alto número de mortes. No entanto, não se trata de uma doença contagiosa e, por isso, não podemos dizer que existe uma “pandemia de câncer”. 

A pandemia com maior número de mortes registradas até hoje foi a da peste negra ou peste bubônica. Ocorreu entre 1347-1351 e acredita-se que a população total possa ter apresentado queda de 450 milhões para 250 milhões. A peste negra é uma doença causada pela bactéria Yersinia pestis e disseminou-se pelo contato com pulgas e roedores infectados. 

varíola, causada pelo vírus Orthopoxvírus variolae, antes de ser erradicada em 1980 causou centenas de mortes e foi classificada como uma pandemia que durou muitos anos. Essa doença altamente contagiosa propagava-se de pessoa para pessoa.

Com sintomas semelhantes aos da COVID-19, a pandemia de gripe espanhola no início de 1918 fez entre 40 e 50 milhões de vítimas. Essa gripe era causada por um vírus do tipo Influenza, mesma família do vírus H1N1, causador da gripe suína. 

gripe suína, por sua vez, causou uma pandemia mais recente, a primeira do século 21, no ano de 2009. O contágio ocorria da mesma maneira que o coronavírus. Acredita-se que a gripe suína fez cerca de 200 mil vítimas.

Além dessas, podemos citar pandemias que ainda não foram encerradas, como a AIDS (causada pelo vírus HIV) e a cólera (causada pela bactéria Vibrio cholerae). A Organização Mundial de Saúde ainda registra diversos casos de AIDS todos os anos, em todos os seis continentes. Com início em 1981, a AIDS já fez cerca de 35 milhões de vítimas. 

A cólera, por sua vez, é uma doença mais restrita a países subdesenvolvidos. Desde o primeiro surto em 1918, a bactéria causadora da cólera vem sofrendo mutações e causa surtos de tempos em tempos. Em 2010, o Haiti foi um dos países mais afetados pela doença. Já em 2019, recentemente, foram registradas 40 mil mortes pela doença no Iêmen.

Como evitar pandemias?

Existem algumas medidas seguras e eficientes no controle de surtos e epidemias, que podem ser bastante eficazes em evitar uma pandemia. No entanto, quando se trata de milhares de habitantes com alto poder de mobilidade, ou seja, que conseguem se deslocar de um continente ao outro rapidamente, não há uma garantia de controle sequer. 

vacinação se mostra cada vez mais necessária. Além dela, podemos mencionar o controle sanitário de qualidade, isolamento e distanciamento social, higienização das mãos, de alimentos e de objetos, e até mesmo orientação de preparo de determinados alimentos.

Vale ressaltar que a postura de órgãos de saúde do governo também é de extrema valia. A palavra “pandemia” causa medo e certa histeria e, nesses momentos, organizações como a Organização Mundial de Saúde e os órgãos de saúde locais de cada país/estado devem estar preparados para orientar corretamente a população.

Atualmente, além de todas as variáveis, contamos com a disseminação de informações incorretas pela internet. Isso pode ser gravíssimo, especialmente durante uma pandemia. Cabe, portanto, aos órgãos competentes levantarem campanhas embasadas cientificamente para não dar espaço a esse tipo de acontecimento. 

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
UFRJ, adaptada

As epidemias possuem características próprias, que dependem de sua origem. O gráfico a seguir representa o número de casos relatados numa determinada região, em função do tempo, de dois tipos de epidemia, A e B.


Uma das curvas corresponde a uma epidemia de cólera, num local em que há uma fonte comum de água contaminada. A outra curva representa a transmissão de gripe, uma doença que é transmitida de um hospedeiro a outro. O gráfico mostra também que, nos dois casos, as epidemias foram controladas.

A partir disso, foram feitas as seguintes afirmações:

I. A curva A representa a epidemia de cólera, que é uma doença viral, portanto altamente contagiosa.

II. A curva B representa a transmissão do vírus de um hospedeiro a outro, durante a epidemia de gripe.

III. A cólera é uma doença que causou muitas mortes mas atualmente é considerada erradicada.

IV. Uma fonte de água contaminada resulta em um alto número de pessoas contaminadas simultaneamente em um curto período de tempo, como mostra a curva A.

Estão corretas as afirmações:

A I e II.
B II, III e IV.
C II e IV.
D III e IV.
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