Ao longo da história da humanidade diversos surtos, epidemias e pandemias ocorreram. Conforme o processo de urbanização foi ocorrendo, a ocorrência de epidemias e pandemia foi se tornando cada vez mais comum.
É importante ressaltar que utilizamos esses termos apenas quando se trata de doenças altamente contagiosas e rápida proliferação geográfica.
O câncer, por exemplo, é uma das doenças com maior número de casos no mundo todo, e consequente alto número de mortes. No entanto, não se trata de uma doença contagiosa e, por isso, não podemos dizer que existe uma “pandemia de câncer”.
A pandemia com maior número de mortes registradas até hoje foi a da peste negra ou peste bubônica. Ocorreu entre 1347-1351 e acredita-se que a população total possa ter apresentado queda de 450 milhões para 250 milhões. A peste negra é uma doença causada pela bactéria Yersinia pestis e disseminou-se pelo contato com pulgas e roedores infectados.
A varíola, causada pelo vírus Orthopoxvírus variolae, antes de ser erradicada em 1980 causou centenas de mortes e foi classificada como uma pandemia que durou muitos anos. Essa doença altamente contagiosa propagava-se de pessoa para pessoa.
Com sintomas semelhantes aos da COVID-19, a pandemia de gripe espanhola no início de 1918 fez entre 40 e 50 milhões de vítimas. Essa gripe era causada por um vírus do tipo Influenza, mesma família do vírus H1N1, causador da gripe suína.
A gripe suína, por sua vez, causou uma pandemia mais recente, a primeira do século 21, no ano de 2009. O contágio ocorria da mesma maneira que o coronavírus. Acredita-se que a gripe suína fez cerca de 200 mil vítimas.
Além dessas, podemos citar pandemias que ainda não foram encerradas, como a AIDS (causada pelo vírus HIV) e a cólera (causada pela bactéria Vibrio cholerae). A Organização Mundial de Saúde ainda registra diversos casos de AIDS todos os anos, em todos os seis continentes. Com início em 1981, a AIDS já fez cerca de 35 milhões de vítimas.
A cólera, por sua vez, é uma doença mais restrita a países subdesenvolvidos. Desde o primeiro surto em 1918, a bactéria causadora da cólera vem sofrendo mutações e causa surtos de tempos em tempos. Em 2010, o Haiti foi um dos países mais afetados pela doença. Já em 2019, recentemente, foram registradas 40 mil mortes pela doença no Iêmen.