O sistema Ambulacral é conjunto de canais, bolsas e pés ambulacrais presente exclusivamente nos equinodermos e está relacionado com locomoção, nutrição e circulação.
Os pés ambulacrais são estruturas tubulares que apresentam canais que acumulam água e podem ficar flexíveis ou rígidas dependendo da pressão exercida pela água. Além dos pés ambulacrais, há uma placa perfurada chamada de Madreporito por onde o organismo absorve toda a quantidade de água necessária para o funcionamento do sistema ambulacral. A água uma vez absorvida é transportada por todo o corpo do organismo por meio de dutos que podem ser circular, quando localizados no disco central ou radiais quando localizados nos braços do organismo.
Estrela do mar mostrando seus pés ambulacrais.
Locomoção
Ao longo dos dutos radiais estão projetados os pés ambulacrais contendo os canais de armazenamento chamados de ampolas. A água que foi absorvida pelo madreporito é armazenada nessas ampolas promovendo um aumento de pressão que acaba deixando os pés ambulacrais mais rígidos, facilitando a adesão ou fixação desses pés em rochas e bancos de areia.
Com a contração da musculatura dos pés ambulacrais, a água volta para as ampolas deixando os pés flexíveis e se soltando do substrato. Dessa forma, através dessa diferença de pressão da água presente nas ampolas e nos pés ambulacrais, o organismo pode se locomover e se fixar em algum local.
Nutrição
Os equinodermos podem ser herbívoros, alimentando-se de algas, ou carnívoros, como a estrela do mar que se alimenta de pequenos animais. Esses organismos apresentam sistema digestório completo com boca, esôfago, estômago (quando o organismos tiver hábitos carnívoros) e ânus.
Os equinodermos que se alimentam de algas possuem estruturas especializadas, semelhantes a dentes, chamadas de lanterna de Aristóteles localizadas próximas a boca que possuem a função de raspar o alimento.
Os equinodermos carnívoros apresentam digestão extracorpórea. As estrelas do mar projetam o seu estômago com enzimas digestivas para o alimento ainda no meio externo. O contato com as enzimas digerem o alimento que é posteriormente conduzido para o interior do corpo da estrela para que seja finalizada a digestão.
Estrela do mar alimentando-se de um mexilhão.
Circulação, Excreção e Respiração
As substâncias que precisam ser transportadas dentro do organismo dos equinodermos são levadas com auxílio do sistema ambulacral que ao transportar água, transporta as demais substâncias como os nutrientes e alimentos. A excreta liberada pelos equinodermos é na forma de amônia que é enviada para o meio externo através das pápulas e dos pés ambulacrais por difusão.
Os equinodermos podem realizam as trocas gasosas através de brânquias primitivas localizadas próximas a boca desses organismos. Essas brânquias capturam o oxigênio presente no meio e liberar dióxido de carbono produto da Respiração Celular. Um exemplo de equinodermo com esse tipo de respiração é o ouriço do mar, que apresenta as brânquias externas. Organismos como os Pepinos do mar apresentam brânquias internas que formam uma rede chamada de árvore respiratória.
Outra forma de respiração, presente nas estrelas do mar, é através de projeções do celoma localizadas ao longo do corpo do organismo. Essas projeções chamadas de Pápulas capturam o O2 presente no meio e liberam CO2 formados no meio interno.
Reprodução
Os equinodermos apresentam reprodução sexuada, com organismos dióicos (seres com sexo separado em organismos diferentes como, por exemplo, macho e fêmea). Indivíduos de ambos os sexos liberam os gametas na água para que ocorra a fecundação. Dessa forma, a fecundação dos equinodermos é externa e após a formação do zigoto, este se desenvolve em um estágio larval. Essa larva possui simetria bilateral, ou seja, possui apenas um eixo de simetria, e se desenvolve até o indivíduo adulto que possui simetria radial. A reprodução que indivíduos que apresenta estágios larvais é chamada de reprodução indireta.
Os equinodermos também possuem alta capacidade de regeneração. Estrelas do mar que perdem parte de seus braços podem, com o tempo, desenvolver um novo braço para substituir o ausente. se um trecho de um equinodermo é cortado do corpo e leva consigo parte do disco central, este trecho se regenera formando um novo indivíduo idêntico.