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Dramaturgia: história, gêneros e principais autores do teatro brasileiro

Conhecimento Geral - Manual do Enem
Última atualização: 23/9/2025

Introdução

A dramaturgia é um campo fundamental das artes cênicas e da literatura, ao combinar texto, performance e cultura em uma única narrativa. 

Quando falamos de dramaturgia, falamos também de teatro, de peças que moldaram nossa identidade artística e de dramaturgos que deram voz a personagens, enredos e diálogos que marcaram gerações.

Para entender melhor sobre a dramaturgia brasileira, neste artigo, você poderá compreender o conceito, as histórias, os principais gêneros e tipos, além dos atores fundamentais e suas obras.

Índice

O que é dramaturgia? 

A dramaturgia pode ser entendida como a arte de conceber, organizar e dar forma a narrativas cênicas. Ela reúne diferentes elementos, como enredo, personagens, diálogos, conflitos e desfechos que, juntos, compõem a estrutura de uma peça teatral. 

O dramaturgo, autor responsável pela obra, é quem transforma ideias em texto dramático, criando a base para que atores, diretores e demais profissionais do teatro deem vida à história no palco.

Diferente de outros gêneros literários, a dramaturgia nasce com um objetivo claro: ser encenada. O texto teatral não existe apenas para a leitura individual, mas para ganhar corpo, voz, movimento e emoção diante de uma plateia. 

Assim, a dramaturgia funciona como a ponte entre a escrita e a performance, possibilitando que o espectador vivencie a narrativa de maneira coletiva, imersiva e sensorial.

Ao longo da história, a dramaturgia se mostrou uma das formas mais antigas e poderosas de expressão artística, presente desde o teatro grego clássico até as produções contemporâneas. É nesse espaço que a palavra escrita se converte em ação, emoção e reflexão.

Público em teatro assistindo a peça, representando a importância da dramaturgia na cultura.

Conceito e importância da dramaturgia

De forma didática, pode definir a dramaturgia como o processo criativo e organizativo que estrutura uma narrativa teatral. Essa é uma escrita que não se limita ao papel, pois sua verdadeira função se concretiza quando o texto ganha vida na cena, diante do público. 

Essa característica faz com que a dramaturgia ocupe um lugar único na literatura: ao mesmo tempo, em que é um texto literário, também é um roteiro de ação, expressão e movimento.

A importância da dramaturgia vai muito além do entretenimento. Ela possui um papel social, cultural e político. Por meio dela, é possível representar dilemas humanos, discutir conflitos coletivos e problematizar realidades históricas. 

Desde as tragédias gregas de Sófocles e Eurípides até os textos brasileiros de Nelson Rodrigues, Ariano Suassuna ou Dias Gomes, a dramaturgia sempre foi usada para provocar reflexão, denunciar injustiças e aproximar o espectador de debates essenciais da sociedade.

Além disso, a dramaturgia fortalece a construção da identidade cultural de cada povo. Cada dramaturgo carrega sua visão de mundo e imprime em suas obras marcas da época, do contexto social e da cultura em que está inserido. 

No caso do Brasil, a dramaturgia dialoga com a diversidade do país, refletindo desde a tradição popular até temas contemporâneos como desigualdade, política e comportamento social.

História da dramaturgia no Brasil

A dramaturgia brasileira nasceu junto com o teatro jesuítico no período colonial. Os missionários utilizavam peças como instrumentos de catequese, mesclando rituais católicos com elementos da cultura indígena. Essa primeira forma de encenação serviu como ponto de partida para a narrativa cênica no país.

No século XIX, durante o Romantismo, autores como José de Alencar exploraram temas ligados à formação da identidade nacional. Já Martins Pena ganhou destaque com as chamadas “comédias de costumes”, que retratavam o cotidiano da sociedade carioca, satirizando relações familiares e sociais.

O século XX foi marcado por uma explosão de inovação. O Modernismo trouxe novas formas de construir tramas e cenas, rompendo com padrões clássicos. Nesse período, surgiram grandes dramaturgos como Nelson Rodrigues, considerado o criador do drama moderno no Brasil, que retratava os dilemas humanos em obras intensas e polêmicas.

Posteriormente, autores como Plínio Marcos e Ariano Suassuna deram novos rumos à dramaturgia nacional. Marcos abordava questões sociais de forma crítica, enquanto Suassuna resgatava elementos da cultura popular nordestina, especialmente com o Auto da Compadecida.

Essa evolução mostra como a dramaturgia brasileira acompanha as mudanças históricas e culturais do país, sempre refletindo o momento em que é criada.

Gêneros e tipos de dramaturgia

A dramaturgia se organiza em diferentes gêneros, cada um com características próprias:

  • Tragédia: marcada por conflitos intensos e desfechos geralmente trágicos.

  • Comédia: utiliza o humor para criticar costumes e comportamentos sociais.

  • Drama: mistura elementos da tragédia e da comédia, explorando dilemas humanos.

  • Farsa: exagera situações cotidianas, geralmente de forma cômica e popular.

  • Teatro contemporâneo: traz liberdade criativa, experimentações e discussões atuais.

Uma dúvida comum entre estudantes é: quais são os 3 tipos de dramaturgia? Geralmente, eles são classificados como tragédia, comédia e drama, gêneros fundamentais que moldaram o teatro ocidental e influenciam até hoje a produção cultural.

Cada gênero organiza a narrativa cênica de forma própria, definindo o roteiro, a construção de personagens, os diálogos e a maneira como a trama se desenvolve no palco.

Principais autores e obras da dramaturgia brasileira

A dramaturgia brasileira é rica em nomes que marcaram diferentes épocas. Entre os principais, destacam-se:

  • José de Alencar: além de romancista, também escreveu peças que buscavam representar a identidade nacional.

  • Martins Pena: considerado o fundador da comédia de costumes no Brasil, explorando a vida urbana carioca.

  • Nelson Rodrigues: revolucionou o teatro brasileiro com peças como Vestido de Noiva e Bonitinha, mas Ordinária, abordando tabus e dilemas humanos.

  • Ariano Suassuna: valorizou a cultura nordestina em obras como O Auto da Compadecida, que une humor, crítica social e religiosidade popular.

  • Plínio Marcos: conhecido como o dramaturgo da marginalidade, retratava personagens excluídos da sociedade em peças como Navalha na Carne.

Esses autores souberam articular enredos marcantes, personagens complexos, diálogos autênticos e formas de atuação que deram força à dramaturgia brasileira.

Dramaturgia e sua importância cultural no Brasil

A dramaturgia reflete a história e os dilemas sociais do Brasil. Por meio do palco, ela projeta questões como desigualdade, identidade nacional, cultura regional e conflitos familiares.

Além disso, a direção teatral e a atuação dos atores transformam o texto escrito em experiência coletiva. Isso faz da dramaturgia não apenas uma forma de arte, mas também um espaço de debate cultural e político.

Para estudantes do Enem, compreender a dramaturgia é importante porque o tema pode aparecer em questões de literatura, artes e interpretação de texto, reforçando a interdisciplinaridade que o exame exige.

 

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