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Estética na filosofia: aprenda o que é e seus conceitos

Filosofia - Manual do Enem
Natália Cruz Publicado por Natália Cruz
 -  Última atualização: 29/8/2023

Índice

Introdução

A palavra estética vem do termo grego aisthetiké, que significa aquele que nota, aquele que percebe, aquele que possui percepção sobre algo. A estética é conhecida também por ser a ciência do belo, a filosofia da arte que dedica-se a estudar aquilo que é belo nas manifestações da natureza e também nas manifestações artísticas.

A estética é uma área da filosofia, é portanto, um ramo filosófico que dedica-se a estudar e investigar a essência da beleza. É tarefa da estética tentar compreender e questionar a natureza da arte em diversos meios, a causa de seus êxitos, seus mecanismos de atuação e influência, seus objetivos, seus meios de expressão, suas modalidades de produção, suas intenções e o significado do prazer estético.

É também tarefa da estética se ocupar daquilo que não é belo, da ausência do belo, que é chamado de feio. Nos últimos anos, as pesquisas concretizadas no campo da estética buscaram atingir a natureza dos juízos ligados à percepção daquilo que é considerado belo e na compreensão de como atuam os sentimentos na interação com diversos estilos artísticos.

Essência natural daquilo que é considerado belo

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O que é estética para a filosofia?

A estética é uma área da filosofia, é portanto, um ramo filosófico que dedica-se a estudar e investigar a essência da beleza. É tarefa da estética tentar compreender e questionar a natureza da arte em diversos meios, a causa de seus êxitos, seus mecanismos de atuação e influência, seus objetivos, seus meios de expressão, suas modalidades de produção, suas intenções e o significado do prazer estético.

Na Antiguidade clássica, os gregos desenvolveram o estudo da estética como área da filosofia para ajudar a compreender racionalmente as manifestações artísticas da natureza ou aquelas produzidas pelos indivíduos. Na contemporaneidade, a estética é o estudo das obras e formas de arte, bem como das relações políticas, sociais e econômicas em torno das produções das obras e manifestações artísticas e das produções humanas.

É também tarefa da estética se ocupar daquilo que não é belo, da ausência do belo, que é chamado de feio. Nos últimos anos, as pesquisas concretizadas no campo da estética buscaram atingir a natureza dos juízos ligados à percepção daquilo que é considerado belo e na compreensão de como atuam os sentimentos na interação com diversos estilos artísticos.

Qual a importância da estética na filosofia?

Para a filosofia, o estudo da estética é essencialmente importante para que haja reflexão sobre beleza, formas de  produção da arte, percepções e compreensões da sociedade e das relações sociais, políticas e econômicas existentes em meio a produção de obras e manifestações artísticas.

 Em relação as primeiras análises sobre arte e estética, é preciso levar em consideração qual era o contexto histórico, social e econômico na Grécia, quando os filósofos decidiram voltar seus olhares para o estudo da estética. Na Grécia antiga, majoritariamente, havia, entre os artistas, a preferência por um padrão naturalista e de imitação. Em sua grande maioria, os artistas imitavam a realidade, observando as paisagens naturais e os corpos, principalmente os masculinos. Para Platão, a arte é, basicamente, a mimesis da realidade, ou seja, a arte é a imitação daquilo que é real.

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Ruínas gregas com esculturas.

A estética em Platão e Aristóteles

O filósofo grego Platão divide a realidade em dois universos distintos: o sensível e o inteligível. No universo inteligível, de acordo com Platão é que se encontram as formas puras, as essências e os fundamentos da existência dos seres existentes no mundo sensível. A partir dessa visão platônica, tanto os homens quanto os seres da natureza seriam cópias sensíveis dos originais modelos inteligíveis.

A partir da divisão dos dois mundos e da ideia de cópia e originalidade que Platão desenvolve sua crítica à arte. Para Platão o mundo como cópia do real caracteriza, portanto, a distinção, a dessemelhança daquilo existente de maneira original no mundo inteligível.

A arte para Platão seria, portanto, uma imitação capaz de enganar quem a vê. A arte por ser uma imitação de uma imitação contida no mundo sensível se afasta cada vez mais do real, daquilo que é, efetivamente, o original. Na visão platônica, a arte imita a cópia, o que Platão chama de simulacro. A partir da sua crítica sobre a filosofia, Platão rejeita a arte e afirma que a melhor substituição para a poesia é dada pela filosofia.

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Aristóteles, por sua vez, entende o modelo platônico como sendo insustentável e, de certa maneira, inútil. Para Aristóteles, a realidade é o sensível e os seres que vivem na realidade sempre estabelecem sua denominação e a de nominação dos objetos a partir da relação de uma categoria com um gênero universal. De acordo com Aristóteles, os gêneros universais abstraem modelos dos seres particulares

Na visão aristotélica, a imitação seria então uma experiência benéfica, uma vez que permite a junção de narrativas e imagens que mostram que algumas experiências são, efetivamente, possíveis. A imitação para Aristóteles tem também caráter pedagógico pois seu efeito, chamado por Aristóteles de catarse, colabora com a identificação daquele que copia com a imagem daquele que é copiado. É nessa relação que surgem então, o respeito, a admiração e o aprendizado.

A partir da análise das artes, a experiência artística também se baseia na imitação, chamada nesse caso de verossimilhança. Não necessariamente a verossimilhança acontece relacionada a fotos reais, mas pode relacionar-se com acontecimentos ou fatos que são possíveis de acontecer ou que estão na iminência de acontecer. 

Na visão do filósofo, a tragédia seria a mais elevada forma de representação artística, uma vez que ela trata especificamente dos dramas humanos. Os seres humanos observando as tragédias podem ser então capazes de superar os dramas e aproximarem-se da felicidade.

De forma geral, é possível entender que a dessemelhança afasta-se do real enquanto que a verossimilhança representa a possibilidade de transformar algo em realidade. A dessemelhança deseduca os seres, enquanto que a verossimilhança poderia ser usada de forma pedagógica.

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Partenon, Grécia.

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Relação entre estética e beleza.

Na antiguidade, a beleza entra no campo da estética no momento em que os filósofos ligados ao campo antropológico entendem que a beleza trata-se de um comprometimento dos indivíduos com os valores estéticos. A beleza é analisada a partir de sua objetividade, visão que permaneceu também no decorrer da Idade Média. Foi também durante a Idade Média que o considerado belo, estava ligado a religião. No renascimento a definição do que era belo estava ligada a reprodução mais fiel da realidade.

De forma geral, a filosofia da arte estabelece a relação entre a objetividade e a beleza levando em consideração as proporções, formas, organização harmoniosa dos elementos do corpo e da natureza. A partir do renascimento e da retomada da racionalidade clássica, o belo passou também a seguir padrões matematicamente definidos. Mais uma vez, cabe ressaltar que a definição daquilo que é belo depende do momento histórico.

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Homem Vitruviano, de Leonardo da Vinci, feito a partir de proporções matemáticas.

Resumo sobre estética na filosofia.

A estética, também chamada de ciência do belo ou filosofia da arte é a área da filosofia que se dedica a estudar e compreender a partir da racionalidade aquilo que é belo tanto nas manifestações da natureza quanto nas manifestações artísticas produzidas pelos seres sociais.

Na contemporaneidade, a estética se ocupa do estudo racional da produção das obras e formas de arte, levando em consideração elementos sociais, políticos, econômicos e históricos. Importante lembrar que não é possível compreender estética sem levar em consideração o momento histórico.

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Exercício de fixação
Passo 1 de 5
UEL/2015

Leia os textos a seguir.

A arte de imitar está bem longe da verdade, e se executa tudo, ao que parece, é pelo facto de atingir apenas uma pequena porção de cada coisa, que não passa de uma aparição.

Adaptado de: PLATÃO. A República. 7.ed. Trad. de Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1993. p.457.

O imitar é congênito no homem e os homens se comprazem no imitado.

Adaptado de: ARISTÓTELES. Poética. 4.ed. Trad. De Eudoro de Souza. São Paulo: Nova Cultural, 1991. p.203. Coleção “Os Pensadores”.

Com base nos textos, nos conhecimentos sobre estética e a questão da mímesis em Platão e Aristóteles, assinale a alternativa correta.

A Para Platão, a obra do artista é cópia de coisas fenomênicas, um exemplo particular e, por isso, algo inadequado e inferior, tanto em relação aos objetos representados quanto às ideias universais que os pressupõem.
B Para Platão, as obras produzidas pelos poetas, pintores e escultores representam perfeitamente a verdade e a essência do plano inteligível, sendo a atividade do artista um fazer nobre, imprescindível para o engrandecimento da pólis e da filosofia.
C Na compreensão de Aristóteles, a arte se restringe à reprodução de objetos existentes, o que veda o poder do artista de invenção do real e impossibilita a função caricatural que a arte poderia assumir ao apresentar os modelos de maneira distorcida.
D Aristóteles concebe a mímesis artística como uma atividade que reproduz passivamente a aparência das coisas, o que impede ao artista a possibilidade de recriação das coisas segundo uma nova dimensão.
E Aristóteles se opõe à concepção de que a arte é imitação e entende que a música, o teatro e a poesia são incapazes de provocar um efeito benéfico e purificador no espectador.
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