Racionalismo é uma corrente filosófica do século XVII. Ela estabelece a razão como a única fonte confiável de todo o conhecimento humano.
Para ela, não é necessário nada além da razão para que o homem entenda e domine todo o Universo à sua volta, encontrando o conhecimento absoluto, ou a Verdade, como diz René Descartes.
Entre os filósofos que conceberam o Racionalismo, destacam-se:
O Racionalismo fundamenta-se na análise e demonstração a fim de conceber conhecimentos a priori, ou seja, que não são inatos - aqueles que possuímos desde que nascemos e que não nos foi preciso ensinar - e nem mesmo empíricos - conhecimentos advindos da técnica de experimentação e repetição.
Entretanto, este aspecto não demonstra uma negação do conhecimento inato. Os racionalistas somente refutam o conhecimento empírico, dado que este pode ser falho se os resultados advém de nossos sentidos humanos.
No Racionalismo, a todo acontecimento atribui-se uma causa e efeito. E, com uma metodologia de raciocínio pautado na razão, tenta-se determinar estes aspectos.
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René Descartes, considerado o pai da Filosofia Moderna, era um dos fervorosos defensores do Racionalismo, considerado o criador do mesmo.
Segundo ele, somente o Racionalismo levaria o homem a encontrar a Verdade Absoluta. Isto, porque ele defende que nossos sentidos são falhos e duvidosos, ou seja, eles nos entregam uma imagem distorcida do Universo a nosso redor e não como se é verdadeiramente.
Uma vez que o primeiro passo de relações lógicas não pode ser dado através dessa imagem, Descartes convence-se de que somente com a pura razão podemos compreender e encontrar a Verdade.
Com base no Racionalismo e nos seus estudos em geometria, René Descartes elaborou seu método científico, dividido em quatro partes:
Descartes separava as ideias em três campos:
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Apesar de semelhantes quanto a relação da utilização de proposições lógicas em busca de uma verdade absoluta, o Racionalismo e o Empirismo possuem características que se contrariam.
O Empirismo afirma que toda realidade que conhecemos e os conhecimentos adquiridos são advindos da experiência sensorial, e todo conhecimento que importa deve ser possível de medida e verificação científica.
Neste escopo, alia-se com as ciências naturais no intuito de avançar nesta área através desta metodologia.
Descartes contraria essa linha de pensamento quando descreve nossas experiências sensoriais como dúbias e apenas imagens que refletem a realidade, levando a divergência do Racionalismo neste ponto.
O Racionalismo difere do Empirismo por não consider o método experimental como um bom recurso na busca pela verdade. Entre outras coisas, o Racionalismo apoia a intuição e ideias inatas, conhecimentos presentes no ser humano sem prévia visualização, enquanto o Empirismo repudia tais ideias.
O Racionalismo ainda utiliza o método dedutivo para o raciocínio lógico, quando se parte de um conhecimento genérico para se obter um mais específico. Já o Empirismo utiliza o método indutivo, partindo de um conhecimento específico a fim de obter um de maior abrangência.
A dúvida é uma atitude que contribui para o surgimento do pensamento filosófico moderno. Neste comportamento, a verdade é atingida através da supressão provisória de todo conhecimento, que passa a ser considerado como mera opinião. A dúvida metódica aguça o espírito crítico próprio da Filosofia.
(Adaptado de Gerd A. Bornheim, Introdução ao filosofar. Porto Alegre: Editora Globo, 1970, p. 11.)
A partir do texto, é correto afirmar que: