A história mais famosa envolvendo a Rainha de Sabá é sua visita a Jerusalém, registrada no Primeiro Livro dos Reis (1Rs 10) e no Segundo Livro das Crônicas (2Cr 9).
Movida pela fama da sabedoria do rei Salomão, ela teria empreendido uma longa viagem bíblica com uma caravana carregada de especiarias, pedras preciosas e ouro — uma forma de diplomacia praticada por monarcas da época.
Durante o encontro, a Rainha propôs enigmas e questões difíceis a Salomão, a fim de testar sua inteligência. O rei teria respondido a todas com maestria, impressionando profundamente a visitante.
O diálogo entre os dois simboliza o intercâmbio cultural e espiritual entre diferentes povos da Antiguidade, além de evidenciar o papel da sabedoria como valor supremo na condução dos reinos.
O encontro também envolveu a troca de presentes, consolidando uma aliança respeitosa entre as nações. Esse episódio é tão relevante que inspirou inúmeras representações na arte, literatura e teologia — tornando-se parte da mitologia de várias civilizações.
A relação entre Salomão e a Rainha de Sabá
Segundo algumas versões da tradição etíope, a Rainha de Sabá e Salomão não apenas compartilharam sabedoria, mas também um vínculo pessoal mais íntimo.
O texto etíope Kebra Nagast afirma que a rainha de Sabá teve filho com Salomão na Bíblia, e esse filho, Menelik I, teria se tornado o primeiro imperador da Etiópia. Essa linhagem seria responsável por fundar uma realeza antiga que governou o país por séculos.
A história sugere uma conexão espiritual e dinástica entre Jerusalém e a Etiópia, o que reforça o papel da rainha como símbolo de espiritualidade e continuidade histórica.