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Mensagem - Resumo

Literatura - Manual do Enem
Caroline Fazio Publicado por Caroline Fazio
 -  Última atualização: 27/9/2022

Índice

Introdução

O livro Mensagem, do autor Fernando Pessoa, apresenta a história de Portugal através do mito e do misticismo. Ao recontar a trajetória em seus poemas, o poeta refere-se à história de maneira particular,  desde a sua formação até o seu apogeu, não deixando de fora o seu olhar sobre o momento de sua decadência, mas sem perder a esperança de um renascimento e superação lusitano.

Mensagem é uma obra que demorou 21 anos para ser finalizada, os seus 44 poemas foram escritos entre os anos de 1913 a 1934, sendo esta a única obra publicada em língua portuguesa e uma das quatro publicadas ainda em vida do autor.

Heróis lendários, históricos e míticos são personagens dessa obra que exalta o passado de Portugal desde a sua formação até o seu apogeu nos tempos de expansão marítima, sem deixar de lado o ponto de vista do autor sobre o seu momento de decadência e uma perspectiva para o futuro, o seu reflorescimento. 


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Quem foi Fernando Pessoa?

Escritor, filósofo, dramaturgo, crítico literário, tradutor, astrólogo, entre outras profissões, Fernando Pessoa é um dos nomes mais importantes da literatura portuguesa da época do modernismo. Nascido em Lisboa no ano de 1888, começou a dedicar-se à literatura em 1915, produzindo vários poemas em inglês.

O autor, além de escrever, traduziu obras de Sheakespeare e Edgar Allan Poe para o português e também obras portuguesas para as línguas inglesa e francesa. Em vida, publicou quatro obras, sendo três delas escritas em inglês e somente Mensagem, obra da qual analisaremos, publicada em português. 

Fernando Pessoa é também conhecido por escrever a partir de seus heterônimos, suas outras personalidades literárias, sendo as mais conhecidas: Álvaro de Campos, Alberto Caiero e Ricardo Reis. 

Fernando Pessoa faleceu aos 47 anos no dia 30 de novembro de 1935, em Lisboa, vítima de cirrose hepática. Em seu leito de morte escreveu sua última frase em inglês: “I know not what tomorrow will bring” (Não sei o que o amanhã trará).

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Resumo da obra 

A obra Mensagem é estruturalmente dividida em três seções: Brasão, Mar Português e O Encoberto. 

Parte I: Brasão

Na primeira parte de Mensagem, Brasão, os poemas tratam das personagens míticas e históricas da origem, fundação e constituição de Portugal. Figuras como a de Ulisses (presente na Ilíada e na Odisseia que teria fundado Lisboa), Viriato, d. Henrique, d. Afonso I, entre outros nobres e monarcas que fazem parte da história estão presentes no enredo.

Os poemas da primeira parte foram edificados tendo como referência o Brasão de Armas de Portugal e é a partir dessa figura que o poeta recria a história portuguesa.

  • Os dois poemas de abertura representam os campos – onde estão situados os castelos (campo externo) e os escudos ou quinas (campo central) do brasão. 
  • Os sete castelos do campo externo se versificam em oito poemas (o sétimo castelo recebe dois poemas), referindo-se desde as origens míticas com Ulisses até d. Filipa de Lencastre, mãe de d. Duarte, e de outras personagens que fazem parte do desenvolvimento das navegações.
  • A geração nascida de d. Filipa e d. João I aparece nos quatro dos cinco poemas que fazem referência às quinas do campo central, dedicados à expansão marítima, e o quinto poema faz referência a d. Sebastião, rei que se perdeu na Batalha de Alcácer-Quibir contra os marroquinos, evento que marca o declínio do império português. 
  • Um poema correspondente à coroa é atribuído ao chefe militar Nunálvares Pereira e três, dedicados a personagens centrais das navegações, encerram a primeira parte representando o timbre.

Parte II: Mar Português

Há na segunda parte da obra, Mar Português, uma diferença entre a primeira e a terceira, já que nesta os 12 poemas não são divididos. O autor traz o momento da expansão marítima, tempo do apogeu do império Português, refazendo a cronologia das navegações e de suas conquistas ao decorrer do tempo. Personagens importantes também aparecem aqui, como é o caso de Vasco da Gama. Nessa seção também se encontra o poema mais conhecido de Mensagem: Mar Português.

A glória de Portugal é contada até Ascensão de Vasco da Gama, para encontrar seu momento de decadência com Mar Português. Em A Última Nau é remetida a da queda de d. Sebastião e Prece é uma oração pedindo a Deus novas conquistas a Portugal.

Parte III: O Encoberto

Na terceira parte da obra, o autor dá enfoque aos mitos do sebastianismo e do Quinto império nas três seções: Os símbolos, Os Avisos e Os Tempos. O mito do retorno de d. Sebastião faz referência ao momento em que Portugal irá novamente se reestabelecer e voltar aos tempos de apogeu, já o Quinto Império refaz a ideia de um império universal, cultural e captaneado pela influência de uma língua, e não pela ação bélica. 

Na primeira seção, Os Símbolos, o autor reforça todo o misticismo ao redor da figura de d. Sebastião; Já em Os avisos, segunda seção, o autor apresenta os profetas do Quinto Império: Bandarra, o sapateiro autor de trovas messiânicas, Antônio Vieira, o orador máximo da cristandade, e um eu lírico que pode muito facilmente ser aproximado do próprio poeta; em Os Tempos, terceira seção, o autor mescla o misticismo com a esperança de um novo apogeu, na tentativa de resgatar Portugal do século XVI a partir da vinda de um novo d. Sebastião, dando-lhe uma segunda data, 1888, data esta de seu próprio nascimento. 

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Exercício de fixação
Passo 1 de 3
UEL

A questão refere-se a uma estrofe, transcrita abaixo, do poema de Fernando Pessoa.

MAR PORTUGUÊS

Ó mar salgado, quanto do teu sal

São lágrimas de Portugal!

Por te cruzarmos, quantas mães choraram,

Quantos filhos em vão rezaram!

Quantas noivas ficaram por casar

Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena

Se a alma não é pequena.

Quem quer passar além do Bojador

Tem que passar além da dor.

Deus ao mar o perigo e o abismo deu,

Mas nele é que espelhou o céu.

Fonte: PESSOA, F. Mensagem. In: Mensagem e outros poemas afins seguidos de Fernando Pessoa e ideia de Portugal. Mem Martins: Europa-América [19-].

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, a frase Tudo vale a pena quando a alma não é pequena remete a:

A Se o objetivo é a grandeza da pátria, não importam os sacrifícios impostos a todos.
B Quando o resultado leva à paz, os meios justificam a finalidade almejada.
C Todas as pessoas têm valores próprios, por isso a guerra é defendida pelos governantes.
D O sacrifício é compensador mesmo que fiquemos insensíveis diante do bem comum.
E Tudo vale a pena quando temos o que almejamos e isso não implique enfrentamento de perigos.
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