Hoje, exploraremos um conceito fundamental na teoria econômica: a "mais-valia". Em essência, a mais-valia representa o lucro gerado pela diferença entre o valor que um trabalhador produz com seu trabalho e o salário que recebe em troca. Essa ideia fundamental, proposta por Karl Marx, lança luz sobre a dinâmica subjacente das relações de trabalho e produção no sistema capitalista.
Neste texto, vamos desvendar as origens desse conceito, entender como ele funciona e examinar sua relevância no contexto econômico. Vamos analisar como a mais-valia evidencia as disparidades e as relações de poder inerentes ao sistema de produção capitalista.
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A mais valia, termo frequentemente associado a Karl Marx e suas teorias econômicas, refere-se à diferença entre o valor produzido pelo trabalho de um trabalhador e o salário que ele recebe por esse trabalho. Em outras palavras, é o valor excedente gerado pelo trabalhador que é apropriado pelo capitalista como lucro.
A mais-valia absoluta é gerada pela extensão da jornada de trabalho. Ou seja, fazendo o trabalhador trabalhar por mais horas sem um aumento correspondente no salário. Se um trabalhador produz o valor do seu salário em quatro horas, mas trabalha oito horas, as quatro horas adicionais de trabalho representam a mais-valia absoluta, que é apropriada pelo empregador.
A mais-valia relativa é obtida ao aumentar a produtividade do trabalho sem aumentar proporcionalmente o salário do trabalhador. Isso pode ser alcançado através da introdução de novas tecnologias, métodos de produção mais eficientes ou pela reorganização do processo de trabalho. Assim, se um trabalhador produz mais bens em uma hora devido a melhorias tecnológicas, mas seu salário permanece o mesmo, o valor adicional gerado é apropriado pelo empregador como mais-valia relativa.
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Karl Marx começa a escrever suas teorias no contexto pós Revolução Industrial. Ao observar as novas relações de trabalho e reorganização social, Marx, ao lado de Engels, desenvolve as teorias econômicas e filosóficas que servem de base para a criticar o capitalismo e propor as bases fundamentais para a construção do socialismo.
Para escrever sobre a mais valia, Marx observa que no contexto de desenvolvimento da Revolução Industrial, os trabalhadores não recebiam o equivalente ao que produziam e todo lucro obtido ia direto para as mãos da burguesia, que se apropriava do lucro gerado pelo trabalho.
Nesse contexto e sem que se organizassem para derrubar a burguesia do poder, cabia ao proletariado apenas vender sua força de trabalho para garantir que a burguesia se apropriasse da produção gerada pelo proletariado e obtivesse lucro com a produção excedente. A burguesia, cabia identificar meios de explorar a classe trabalhadora, aumentar a produtividade e garantir a obtenção de lucro, que consequentemente, levaria a riqueza da classe burguesa.
Um exemplo contemporâneo da mais-valia pode ser visto nas indústrias que utilizam automação para aumentar a produtividade. Se uma empresa introduz máquinas que permitem que os trabalhadores produzam o dobro de itens por hora, mas os salários desses trabalhadores permanecem os mesmos, a empresa está se apropriando da mais-valia relativa.
Outro exemplo é o do "trabalho não remunerado" em algumas empresas modernas, onde se espera que os funcionários estejam disponíveis fora do horário de trabalho regular, sem remuneração adicional. Esse tempo extra, não pago, representa uma forma de mais-valia absoluta.
Para Marx, a mais-valia é fundamental para entender a dinâmica do capitalismo. Ele argumentava que a exploração da força de trabalho pelo capital era a fonte primária de lucro e, consequentemente, de desigualdade social no sistema capitalista.
A competição entre capitalistas levaria a uma contínua busca pelo aumento da mais-valia, seja através da extensão da jornada de trabalho ou pelo aumento da eficiência na produção.
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Marx afirma que a alienação é quando o trabalhador desconhece o processo completo de seu trabalho e diante disso, torna-se alheio e estranho a si mesmo, a outros trabalhadores e até mesmo ao ambiente em que vive. Assim, o trabalhador perde noção do que está produzindo e das especificidades em torno desse trabalho.
A alienação exerce papel fundamental para que a burguesia possa aumentar a exploração do trabalhador, aumentando assim, as mais valias relativa e absoluta. O afastamento do trabalhador do produto final de seu trabalho e dos processos em torno da produção, dificultam a aproximação dos trabalhadores para a derrubada da burguesia do poder, além de facilitar a exploração do trabalho e a garantia de aumento do lucro burguês.
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Considere o trecho da música O Samba do Operário, de Cartola.
Se o operário soubesse
Reconhecer o valor que tem seu dia
Por certo que valeria
Duas vezes mais o seu salário
Mas como não quer reconhecer
É ele escravo sem ser
De qualquer usurário
Qual é o conceito sociológico que mais se adequa ao contexto da música?