As primeiras organizações de trabalhadores atuavam para ajudar os trabalhadores nas questões ligadas a problemas de saúde gerados pela insalubridade, acidentes de trabalho e questões ligadas a moradias precárias e irregulares que por vezes eram oferecidas aos trabalhadores.
Nas primeiras décadas do século XX, as organizações de auxílio deram origem aos primeiros sindicatos, que buscavam melhores condições de trabalho por meio da redução da jornada de trabalho, da obrigatoriedade do descanso semanal, do aumento salarial e da regulamentação do trabalho.
Entre 15 e 20 de abril de 1906, ocorreu a fundação da Confederação Operária Brasileira e foi organizado o Primeiro Congresso Operário Brasileiro. No congresso, os representantes sindicais discutiram as insatisfações com as ações adotadas por patrões. Também foram abolidas definitivamente as práticas de auxílio e assistencialismo, bem como foram definidas como ferramentas de lutas a realização de greves, paralisações, boicotes e manifestações públicas.
No mesmo congresso, o dia 1º de maio (hoje, dia dos trabalhadores), foi definido como data para o acontecimento das maiores manifestações públicas trabalhistas. Dentre as iniciativas, contam também a campanha pela jornada de oito horas diárias, o posicionamento antimilitar, as indenizações por acidentes de trabalho, o direito de organização dos sindicatos, a regulamentação do trabalho feminino e a proibição do trabalho infantil.
Em 16 de maio de 1907, ocorreu a primeira grande greve pós-congresso, feita pelos trabalhadores ferroviários. O movimento espalhou-se pelo país e houve a paralisação de diversos trabalhadores industriais. A organização dos trabalhadores foi violentamente reprimida pelo governo. No entanto, o movimento sindical ganhou cada vez mais força e apoio entre as classes trabalhadoras. Em 1917, ocorreu no Brasil a maior e mais duradoura greve.