Por que cursar Ciência da Computação?
Saiba mais sobre o curso de Ciência da Computação, que prepara os alunos para um mercado cheio de oportunidades.
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Hello, World!
A tecnologia dominou o mundo.
E não estamos falando da Skynet, mas dos profissionais de Tecnologia da Informação que atualmente são extremamente requisitados em praticamente todas as áreas.
Um dos principais cursos que preparam para o mercado de TI é a graduação em Ciência da Computação.
Mas, afinal, o que é o curso de Ciência da Computação?
Qual a diferença para Engenharia da Computação?
O mercado está tão favorável assim?
Para responder estas questões, a Revista Quero conversou com uma galera que explicou como funciona a carreira de Ciência da Computação e deu dicas para você já chegar na faculdade mandando bem e entrar no mercado como um ótimo profissional.
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O que é o curso?
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O curso de Ciência da Computação oferece uma formação ampla, com foco nos conhecimentos necessários para a criação e desenvolvimento dos mais complexos softwares e aplicativos.
O profissional da área é capaz de implementar projetos tecnológicos voltados ao processamento de informações, plataformas virtuais, inteligência artificial e segurança de redes, além de integrar equipes de pesquisa e prestar suporte aos usuários.
O que ensina?
O curso dura, em média, quatro anos, com uma grande carga de Matemática e Cálculo e boa parte do tempo dedicada ao aprendizado dos diversos aspectos da Programação.
Também entram na grade disciplinas como Banco de Dados, Inteligência Artificial, Projetos e Redes, além de aulas sobre Comunicação e Empreendedorismo, entre outros.
Onde estudar?
Segundo o último Ranking Universitário Folha (RUF 2016), os principais cursos do País estão nas universidades públicas, como Unicamp, UFRJ, USP, UFRGS e UFMG.
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Entre as instituições privadas, o topo da lista é ocupado por cinco unidades da PUC: PUC-Rio, PUC-RS, PUC-SP, PUC-PR e PUC-MG, Unisinos e FEI, além de Mackenzie e Unip, que oferecem descontos de até 50% pelo Quero Bolsa.
Ciência da Computação x Engenharia da Computação
Embora as áreas de atuação sejam muito próximas, as formações em Ciência da Computação e Engenharia da Computação têm propostas diferentes, como explica André de Oliveira Braga, professor de graduação e pós-graduação no IBTA e na Faculdade Flamingo.
“O engenheiro sai mais preparado para projetar e criar novos equipamentos, protocolos e técnicas. Ele tem um viés de produção de novas tecnologias. Já a pessoa de Ciência da Computação pode atuar muito mais no aspecto de pesquisa, ver o que a Engenharia está produzindo e estudar a sua aplicabilidade”, resume.
Segundo o docente, a dúvida na hora de escolher o curso é normal – e inclui outras opções como Sistemas de Informação e Análise e Desenvolvimento de Sistemas.
“Na área de TI, diferentes cursos têm uma base comum. E muita gente acaba trabalhando com coisas bem parecidas. Na prática, saem muitos analistas de negócios, gerentes de TI, desenvolvedores, programadores, gestores de banco de dados, pessoas que cuidam de servidores, entre outros”, conclui.
Por que escolher Ciência da Computação?
Separamos os depoimentos de três alunos sobre como escolheram seguir esta carreira.
Lembre-se: cada um tem suas motivações e desejos pessoais. Pesquise tudo que puder sobre os cursos, converse com pessoas da área e tire todas as suas dúvidas. No fim das contas, quem decide é você! 😉
Lucyellen da Silva Costa, aluna do IBTA:
Quando eu tinha 12 anos, minha mãe comprou um computador de um homem que montava aqueles de 80GB de HD, mas ela não tinha conhecimento técnico, pagou por uma configuração maior e foi enganada. Então, eu comprei alguns livros de montagem e manutenção de computadores e gostei de mexer com isso. Depois, prestei vestibular para a ETEC de Poá, no curso de Informática para Internet, e me apaixonei por programação. Quando decidi que faria uma faculdade, comecei a pesquisar e percebi que em Ciência da Computação aprende-se o básico de tudo. Fiz o Enem e consegui uma bolsa no IBTA.
Welton Santos, aluno da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e criador do site Ciência da Computação:
Entrei no curso porque já era da área, já era professor de informática básica e avançada. O que me motivou mais foi que a Ciência da Computação não é apenas mexer em computador. Na verdade, é um curso científico e você precisa aprender bases matemáticas, algoritmos e fundamentos teóricos, para ter a capacidade de resolver problemas complexos.
Gabriel Haibara, aluno do IBTA:
Desde pequeno tenho vivência com tecnologias e muita vontade de poder ajudar no desenvolvimento de um mundo melhor. Acredito que ainda há muito para ser descoberto no mundo da computação e quero fazer parte disso. A Ciência da Computação abre um grande leque de oportunidades e isto estava bem claro para mim quando escolhi.
O mercado de trabalho
É inegável que um dos grandes atrativos do setor de Tecnologia são as oportunidades no mercado de trabalho. Não é raro, inclusive, escutar frases como “desenvolvedor bom escolhe onde trabalha”.
“Para quem já está no mercado, é verdade. Recentemente, conversei com um desenvolvedor que antes de entrar no atual emprego realizou cinco entrevistas e passou em todas. As empresas precisam de profissionais de ponta”, confirmou André Braga.
O professor explica que também existe uma grande demanda por estagiários e ingressantes no mercado e que, em muitas vezes, não é exigido um grande nível de conhecimento técnico.
“Alguns lugares precisam tanto de desenvolvedor, que uma pessoa bem intencionada e com vontade de aprender pode ter uma boa performance em pouco tempo”, destaca.
Os brasileiros na área de Tecnologia da Informação têm sido requisitados, inclusive, fora do País. Em 2017, por exemplo, a Agência de Desenvolvimento Econômico de Québec realizou processo seletivo no Brasil em busca de profissionais para cargos no Canadá, com salários de até R$ 19 mil. Foi o segundo ano consecutivo de seleção.
Números do mercado
Segundo relatório da Robert Half, empresa especializada em Recrutamento e Seleção, “os CIOs consideram muito desafiador encontrar um profissional qualificado, que seja capaz de unir conhecimento técnico, habilidades comportamentais adequadas e visão de negócio”.
CIO significa Chief Information Officer, e é a sigla utilizada para o Diretor de TI ou o maior responsável pela área de informática dentro de uma empresa. Em pesquisa com 100 destes mandatários, concluiu-se que:
- É mais difícil encontrar profissionais qualificados nas áreas de Desenvolvimento de Softwares (61%), Segurança (47%), Aplicações (46%) e Rede (45%);
- 78% pretendem contratar profissionais temporários nos próximos 12 meses;
- Entre as estratégias para manutenção dos talentos nas empresas, as principais são home office e horário flexível (56%), maior remuneração (54%) e investimentos em programas de desenvolvimento profissional (49%).
Já os salários, segundo a mesma pesquisa, vão de R$ 1.100,00 a R$ 2.000,00 para o Help Desk Nível 1 até a marca de R$ 23.750,00 a R$ 52.250,00 para um Diretor de TI / CIO.
Para os estagiários, a média salarial fica entre R$ 947,78 (de acordo com a Catho) e R$ 1.067,00 (Love Mondays).
Possibilidades em diversos mercados
A adoção cada vez maior da tecnologia no cotidiano das pessoas abre oportunidades em praticamente todos os mercados, como varejo, serviços, instituições financeiras, indústria, entre outros.
No ecossistema de startups, por exemplo, a busca por profissionais é constante.
“Sempre temos duas, três ou quatro empresas procurando desenvolvedores ao mesmo tempo. É uma mão de obra escassa no país. Desenvolvedor bom, com conhecimentos técnicos e visão de negócio é uma coisa muito difícil de encontrar”, relata Felipe Collins Figueiredo, head de Marketing da aceleradora de startups ACE.
“Mesmo quando os projetos não surgem de pessoas de tecnologia, eles precisam de alguém no time. É quase mandatório, porque é a tecnologia que permite a escalabilidade das startups. E você não pode ter um profissional terceirizado cuidando de uma competência essencial para sua empresa”, completa.
O Marketing é uma das áreas que mais se digitalizou nos últimos anos.
Felipe diz que esta é uma tendência muito forte e que, inclusive, já existem eventos específicos sobre o tema, como a MarTech.
“Hoje existem mais de 4 mil ferramentas de tecnologia para Marketing no mercado. E isto deve crescer ainda mais, porque você consegue aumentar a agilidade e a escala. É uma demanda bem forte, tanto para desenvolvimento quanto para banco de dados, com o incremento do marketing de relacionamento, CRM, entre outros”, explica.
Ponto fraco: pequeno número de mulheres
Infelizmente, as mulheres ainda lutam por espaço na área de tecnologia. E isto é facilmente observado nas salas de aula, que muitas vezes são formadas apenas por homens.
“Existem poucas mulheres em Ciência da Computação. Na minha universidade, inclusive, alguns professores e a coordenação zelam para que elas não desistam do curso”, conta Welton Santos, da UFRPE.
Na página que ele administra no Facebook, apenas 19% dos mais de 68 mil seguidores são mulheres. E a resistência, na prática, é ainda mais dura.
“Quando comecei a buscar emprego, fiquei mais ou menos cinco meses procurando. Eu só queria na minha área e foi bem difícil de conseguir. Participei de várias entrevistas. Uma vez, uma pessoa conhecida me disse que eu deveria procurar um emprego como recepcionista ou algo que fosse um emprego de mulheres, que com certeza eu acharia”, lembra Lucyellen Costa, aluna do IBTA.
Diversas iniciativas tentam mudar este cenário, como Mulheres na Computação, Mulheres na Tecnologia e Girls in Tech, entre muitas outras. Recentemente, o Google promoveu em Belo Horizonte o 1º Encontro Nacional Mind the Gap, que reuniu 100 garotas que se destacaram no Enem em todo o País.
Dicas para quem quer cursar Ciência da Computação
A Revista Quero reuniu dicas de mercado e dos nossos entrevistados para quem pretende ingressar na carreira:
Estude inglês
Você não precisa palestrar em inglês, mas conhecer o básico é fundamental para leitura de materiais e referências.
Pratique programação
Você vai aprender muita coisa na faculdade, mas algumas iniciativas como Code.org e Codeacademy, softwares de desenvolvimento de jogos como o GameSalad, além de cursos online (como Coursera, Udemy, DEVMEDIA. ou Curso em Vídeo), ajudam a conhecer as linguagens, desenvolver o raciocínio lógico e até a definir se este é mesmo o caminho que você quer seguir.
Tenha iniciativa e seja empreendedor
Atualmente, a visão de negócio é tão avaliada pelas empresas quanto o conhecimento técnico.
Desenvolva suas habilidades de relacionamento
Por mais que você goste de trabalhar sozinho, isolado e em silêncio, é essencial participar de reuniões ou projetos em grupo e conseguir se comunicar bem no ambiente de trabalho e com o usuário final.
*Dica extra: entender as referências neste texto já é um ótimo começo! loop()
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