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Ensino Básico

Como a Black Friday pode afetar as crianças?

Entenda os riscos da black friday para crianças e aprenda como orientar escolhas conscientes e desenvolver educação financeira desde a infância

Em resumo:

  • A Black Friday para crianças os pequenos a enxergarem a data como um dia de “comprar por comprar”, aumentando a ansiedade pelo consumo;
  • O consumismo precoce influencia na formação de valores, gerando intolerância à frustração e a ideia equivocada de que afeto está ligado a presentes;
  • Ensinar educação financeira desde cedo ajuda a criança a desenvolver autonomia e responsabilidade.

A Black Friday virou um dos eventos mais esperados do ano. Mas enquanto adultos fazem contas, comparam preços e caçam descontos, a Black Friday para crianças mostra apenas uma coisa: compra, compra, compra. E isso pode moldar a forma como os pequenos entendem o dinheiro.

Você já parou para observar como seu filho ou filha reage aos anúncios da Black Friday? A data desperta desejos, comparações e ansiedade nos pequenos — e tudo isso influencia o tipo de consumidor que eles podem se tornar no futuro.

Para muitos adultos, a Black Friday é sinônimo de oportunidade. Só que para as crianças, se não houver orientação, esse dia pode se tornar a porta de entrada para o consumismo precoce. 

A diferença está em como ensinamos nossos filhos sobre dinheiro e escolhas. Continue a leitura e saiba mais sobre como a black friday afeta as crianças e como transformar essa data em uma chance de ensinar consumo consciente desde cedo.

Confira os tópicos que vamos abordar:

  • Como a Black Friday afeta as crianças?
  • Quais são os impactos do consumismo infantil?
  • Como explicar o consumismo para crianças?
  • Como ensinar o valor do dinheiro para crianças?
  • Como trabalhar educação financeira de forma lúdica?
menina com várias sacolas de compra na mão mostrando como a black friday afeta crianças

Como a Black Friday afeta as crianças? 

A Black Friday para crianças funciona de um jeito muito diferente do que para os adultos. Enquanto pensamos em orçamento e comparação de preços, os pequenos enxergam apenas um grande incentivo: compra, novidade, urgência.

E isso acontece porque:

  • A data foi criada para estimular consumo rápido;
  • Os anúncios usam cores, sons e contagens regressivas que chamam atenção;
  • A criança ainda não tem maturidade para filtrar desejos e entender consequências.

Outro ponto importante é que a Black Friday não tem um significado afetivo, como acontece em datas como aniversário, Dia das Crianças ou Natal. Nessas ocasiões, a compra está conectada a uma emoção, a um ritual ou a uma memória afetiva.

Já na Black Friday, a lógica é diferente: o foco é comprar pela compra, e isso pode confundir a criança sobre o real propósito das escolhas financeiras. Quando o desejo aparece sem contexto, sem necessidade e sem intenção clara, a criança pode crescer associando felicidade ao ato de comprar.

Além disso, muitas crianças ainda não conseguem diferenciar desejo e necessidade, o que torna a pressão do consumo ainda mais difícil de ser filtrada.

Quais são as desvantagens da Black Friday?

A influência da Black Friday sobre as crianças pode trazer alguns desafios importantes que, como responsáveis, precisamos observar. 

Entre os principais:

• Estímulo ao consumismo precoce: a quantidade de estímulos faz com que a criança associe novidade com necessidade, criando o hábito de querer sempre o próximo brinquedo, jogo ou item do momento;

• Dificuldade de diferenciar desejo e necessidade: na Black Friday, tudo parece urgente. Para as crianças, isso pode criar a ideia de que tudo o que aparece deve ser comprado, mesmo sem utilidade real;

• Pressão para ter o que os colegas têm: conversas na escola, vídeos de influenciadores e propagandas criam comparações constantes. A criança passa a acreditar que precisa acompanhar as tendências para “não ficar de fora”;

• Exposição digital intensa: a cada rolagem nas redes sociais, surge um anúncio novo. Influenciadores mirins abrindo caixas, testando brinquedos e mostrando compras aumentam a excitação e diminuem o senso crítico;

• Impactos nas finanças da família: crianças não entendem limites financeiros. Isso pode gerar frustrações e conflitos quando os pedidos não cabem no orçamento ou quando as compras por impulso acabam pesando no fim do mês.

O que não fazer na Black Friday?

Para evitar que a data se torne um gatilho de consumismo precoce, aqui vão atitudes importantes que os pais devem evitar:

  1. Não compre só porque está barato: se a criança percebe que tudo “em promoção” vira motivo de compra, ela internaliza que o preço baixo por si só já é razão suficiente para adquirir algo;
  2. Não esconda a realidade financeira: explicar, de forma simples, que a família tem prioridades ajuda os pequenos a entenderem que escolhas envolvem responsabilidade;
  3. Não compre por impulso para evitar birras: esse padrão ensina que insistir ou reclamar é um caminho para conseguir o que se quer.
  4. Não deixe a criança sozinha em ambientes de anúncios: vídeos, unboxings e propagandas podem reforçar comparações e desejos não saudáveis.
  5. Não transforme a Black Friday em “dia da compra”: isso reforça a ideia de que a data é feita para adquirir algo — quando ela pode ser, na verdade, uma oportunidade para aprender sobre escolhas e consumo consciente.

Quais são os impactos do consumismo infantil?

O consumismo infantil não nasce do nada — ele é construído aos poucos, a partir do que a criança , ouve, deseja e sente. Em datas como a Black Friday, quando tudo aponta para “compre agora”, esse efeito se intensifica.

Segundo a psicopedagoga e escritora infantil Paula Furtado, quando a criança não aprende sobre escolhas, limites e planejamento, tende a desenvolver uma relação menos saudável com o dinheiro e com os próprios desejos. Ela explica que:

Quando a criança aprende a planejar, poupar, fazer escolhas e renunciar, ela desenvolve autonomia, limites, responsabilidade e uma visão mais clara de futuro.

Ou seja: o contrário também é verdadeiro. Quando nada disso é ensinado, surgem efeitos que podem acompanhar a criança por muitos anos.

A seguir, você vê os impactos mais comuns do consumismo infantil — especialmente quando reforçado pela Black Friday para crianças:

1. Construção de valores ligados à posse

Crianças expostas ao consumo constante começam a acreditar que “ter coisas” é sinônimo de felicidade. Isso pode gerar comparações com colegas, busca por objetos da moda e uma sensação constante de que falta algo.

2. Baixa tolerância ao “não”

A repetição de compras imediatas dificulta o desenvolvimento da frustração saudável. Com o tempo, o “não pode agora” vira motivo de birra, irritação ou insegurança.

3. Associação entre presente e afeto

Quando a criança percebe que pedir → ganhar funciona, ela passa a vincular carinho com objetos, e não com vínculo emocional. Isso prejudica a formação de relacionamentos mais genuínos e afetivos.

4. Dificuldade de adiar recompensas

Esperar por algo é um exercício importante para todas as idades — e fundamental na educação financeira. O consumismo precoce enfraquece essa habilidade, levando a escolhas impulsivas e imediatistas.

A boa notícia? Todos esses impactos podem ser revertidos  e prevenidos quando família e escola transformam datas como a Black Friday para crianças em uma oportunidade real de educação financeira, consciência e autonomia.

Como explicar o consumismo para crianças?

Falar sobre consumismo com crianças não precisa ser complicado, na verdade, quanto mais simples e concreto, melhor. 

pais fazendo compra no mercado com a criança

O segredo é transformar a conversa em algo leve e contínuo. Quando o consumo vira assunto dentro de casa, a criança passa a compreender melhor seus desejos, suas prioridades e o valor das coisas

Uma boa forma de começar é trazendo frases do dia a dia que façam sentido para os pequenos como:

Ter algo novo é legal, mas não quer dizer que precisamos de tudo.

Algumas compras são importantes, outras são só vontade.

Cada família tem um orçamento, e isso ajuda a decidir o que comprar agora e o que esperar.

Outra estratégia é usar metáforas e recursos visuais, que aproximam o tema do universo infantil. Um exemplo é o “cofrinho que enche aos poucos”: ele ajuda a mostrar que conseguir algo leva tempo, exige espera e planejamento.

Você também pode criar, junto com a criança, uma lista de três colunas:

  • “Preciso agora”
  • “Pode esperar”
  • “Não preciso”

Esse quadro simples torna a escolha mais clara e mostra que nem tudo precisa ser comprado agora. 

Como ensinar o valor do dinheiro para crianças?

Ensinar o valor do dinheiro para as crianças fica mais simples quando conectamos o tema ao dia a dia delas. Em vez de falar apenas sobre “economizar”, vale mostrar, na prática, como o dinheiro funciona.

Uma boa forma de começar é explicar que o dinheiro não aparece do nada — ele vem do trabalho dos adultos e precisa ser usado com cuidado. Você pode dizer algo como: 

Quando escolhemos comprar uma coisa, deixamos de comprar outra. Por isso, pensamos antes de gastar.

Também vale criar pequenas responsabilidades para os pequenos. Dar uma mesada (mesmo que simbólica) permite que a criança tome decisões reais como guardar, gastar ou dividir.

Essas escolhas mostram que o dinheiro tem valor, que existe limite e que nem tudo precisa ser comprado imediatamente.

Como trabalhar educação financeira de forma lúdica?

A educação financeira deve começar cedo, de forma leve e conectada ao cotidiano da criança.

Como explica a psicopedagoga e escritora infantil Paula Furtado

Cada faixa etária aprende melhor quando vive a experiência, não apenas quando escuta sobre ela. E quanto mais cedo, mais natural o tema se torna.

Segundo a especialista, a partir dos 3 anos já é possível introduzir noções básicas por meio do lúdico com brincadeiras, histórias e situações concretas, como feirinhas e lojinhas. 

À medida que crescem, entram atividades mais próximas da vida real como: planejar um pequeno evento, montar um orçamento fictício, comparar preços e criar metas de economia.

Com isso, família e escola ajudam a criança a desenvolver autonomia, responsabilidade e uma relação mais consciente com o dinheiro. 

Para apoiar esse processo, aqui vão algumas ideias práticas:

1. Jogos de loja com dinheiro fictício

Brincar de comprar e vender ajuda a entender valores, troco e limites.

2. Quadro de metas

Um mural visual mostra que metas exigem tempo, paciência e escolhas.

3. Livro ou caderno da economia

A criança registra pequenas economias, gastos e reflexões sobre suas escolhas.

4. Desafios: “Vamos encontrar o preço mais vantajoso?”

Comparar preços nas lojas ou em anúncios treina o olhar crítico da criança e do adolescente na hora da escolha.

criança avaliando o produto na loja antes de comprar

5. Histórias sobre escolhas e consequências

Narrativas ajudam a entender que toda escolha envolve renúncias e prioridades.

6. Aplicativos infantis de educação financeira

Recursos simples e interativos que ensinam organização, metas e poupança de forma divertida, sempre com supervisão.

Como vimos, mais do que aproveitar os descontos da Black Friday, é essencial que as famílias olhem para como a data impacta o comportamento infantil. 

Quando os pais assumem uma postura ativa, conversando, estabelecendo limites, ensinando escolhas e envolvendo os pequenos nas decisões, o consumo passa a ser aprendizado. 

E, no fim do ano, quando as compras se intensificam, esse cuidado faz toda a diferença: ajuda a formar crianças mais conscientes, seguras e preparadas para lidar com o dinheiro ao longo da vida.

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