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Como é o trote e a recepção aos calouros na UFRGS?

por Jaqueline Kunze em 07/02/20

Parabéns aos novos calouros da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)! O início das aulas se aproxima e, se você têm dúvidas quanto à recepção aos "bixos" e ao trote universitário, esse post vai te ajudar! Conversamos com alguns estudantes da universidade gaúcha para saber como foi essa experiência para eles, em seus cursos. 

Na Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação (FABICO), veteranos dos cursos de Publicidade e Propaganda, Jornalismo e Relações Públicas são recebidos no dia da matrícula presencial, onde são apresentados às dependências da faculdade.

(Foto: Reprodução/CERI UFRGS)
Como é o trote da UFRGS - REVISTA QUERO
Trotes da UFRGS interagem calouros e veteranos em Porto Alegre

Também ocorrem piqueniques, gincanas, uma entrevista com os bixos no auditório da Faculdade aberta a toda comunidade acadêmica, o trote solidário - doação de sangue ou doação de alimentos - trote sujo - quando os calouros saem às ruas pintados de tinta para pedir dinheiro, o qual será direcionado às festas de recepção. Todas as atividades são opcionais e não há julgamento ou exclusão daqueles que não participam.  

Alunos desses cursos, ao serem acolhidos por um padrinho veterano, se deparam com um grupo de estudantes de semestres mais avançados alegres como se acabasse de nascer uma criança. Isto porque ao escolher um veterano como padrinho, o aluno novo passa a fazer parte de uma “linhagem”, composta por todos os estudantes que foram apadrinhados antes dele.

Um espécie de família, que dá conselhos, compartilha materiais - ajudando a economizar no xerox - sai a bares e festas da faculdade juntos. Por isso, ao passar pelas proximidades da FABICO, se ouvir algum jovem que aparente ter menos de 20 anos falando sobre seu filho ou filha, não se assuste, há o costume de se referir aos integrantes da chamada linhagem como filho(a), pai ou mãe, avô ou avó, matriarca ou patriarca (geralmente quem está mais próximo de se formar).

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Com isso, quem está entrando na UFRGS encontra o apoio de estudantes mais experientes e têm a oportunidade de fazer amizade com essas pessoas que, se não fosse dessa forma, talvez nunca viesse a falar. Muitos dos medos e inseguranças que um jovem, muitas vezes vindo do interior ou de outros estados, pode ter ao ingressar no curso são minimizados em razão dessa recepção. “Fiz mais amizade com o pessoal da minha linhagem do que de fora dela. Somos bem unidos e fui ajudado por eles na minha trajetória acadêmica”, conta Filipe Pimentel, que está no 6° semestre do curso de Jornalismo.

No curso de Relações Internacionais, os estudantes preparam uma semana de integração, onde também são realizados o trote sujo, gincana, e outras atividades conjuntas opcionais.

A festa de recepção ocorre em torno de um mês após o início das aulas e os bixos recebem alguns suportes. “Auxilio com a documentação, principalmente para os calouros cotistas, guia da cidade de Porto Alegre e um guia que descreve os primeiros momentos no curso e na Universidade, para que não seja muito difícil”, explica Pedro.

Cada calouro é apadrinhado por um veterano, que ajuda no que for preciso. O estudante de RI conta que suas primeiras semanas foram confusas, pois se perdia nos corredores, não sabia como mexer no portal do aluno e, nesse processo de descobrir a Universidade, o auxílio de seu padrinho foi essencial: “Ele me forneceu materiais para as futuras cadeiras, me deu dicas de programas de extensão e das possibilidades que há numa faculdade federal (que são muitas) e, mais importante, ele me tranquilizou”, diz.

Por ter uma personalidade mais introvertida e quieta, essa proximidade com um veterano facilitou para ele o diálogo e aproximação com outros colegas e veteranos, que o ajudam bastante até hoje: “Quando tenho dúvida sobre alguma cadeira ou sobre algum projeto de extensão, eles sempre estão disponíveis para me responder as dúvidas e para me auxiliar”.

Neste semestre sua turma está organizada em comissões para cuidar da integração com os bixos. Há o grupo voltado ao trote virtual, outro para o trote presencial, há aqueles que preparam os guias e quem se concentra auxílio aos cotistas, entre outros. “Está sendo muito curioso conversar com o bixo que apadrinhei e ver nele os mesmos anseios e as mesmas inseguranças que eu tinha quando era calouro”, diz Pedro, ao comentar que acredita que uma boa recepção hoje pode criar uma boa recepção no próximo ano: “Eu, pelo menos, tenho vontade de fazer o que meu veterano fez por mim”. 

Apesar da consciência de respeito aos calouros estar mais forte no ambiente universitário e a maioria dos trotes na UFRGS ocorrerem de maneira saudável, como nos cursos de Comunicação Social e Relações Internacionais, infelizmente alguns bixos ainda se sentem desrespeitados.

“Eu participei de um dia no trote e não gostei. Quando decidi não participar mais, meus veteranos foram muito respeitosos e entenderam minha decisão”, relata Pedro Longo, que ingressou no segundo semestre de 2019.

Stefani Correa ingressou em Odontologia no segundo semestre de 2019 e lembra que começou as aulas com receio em razão de comentários e atitudes de alguns veteranos. Agora que é sua vez de recepcionar os novos alunos, junto aos colegas, procura tornar esse momento alegre para eles: “Estamos focando nas coisas boas do curso, deixando até a gente mais animado! Queremos trazer uma experiência leve, tranquila e animada para eles”.

Desde 2016, a UFRGS alerta que qualquer forma de violência e desrespeito durante os trotes ocasionará na realização de processo disciplinar contra o estudante responsável. Por outro lado, assim como demonstrou Stefani ao não repetir o erro de seus veteranos, a inclinação por respeito e acolhimento prevalece. 

Conselhos dos veteranos

“Fiquem tranquilos que logo acostumam com o ritmo de estudos e trabalhos. Curtam cada momento pois tudo passa tão rápido! Aproveitem todas as oportunidades em ensino, pesquisa e extensão que a Universidade oferece”. - Filipe Pimentel, Jornalismo
“Não será um mar de rosas o semestre inteiro, mas vocês terão muitos momentos bons que superarão os momentos ruins. Entrem com toda empolgação mesmo, terão diversos momentos que farão tudo valer a pena, independente do curso escolhido”. - Stefani Correa, Odontologia
“Se joguem! Na Universidade só se aprende fazendo e nela há muito o que aprender - não somente o ensino formal, das disciplinas. Além do auxílio da Universidade, há o auxílio dos colegas. Eu encontrei muito companheirismo na Federal, inclusive por parte dos professores. Isso me ajudou e ainda me ajuda muito. O medo passa com o tempo e, no final, tudo se acerta”. - Pedro Longo, Relações Internacionais.

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