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Dia Nacional do Livro: 7 autores para citar na redação

No dia 29 de outubro é comemorado o Dia Nacional do Livro! Aproveite a data para conhecer 7 autores que podem ser usados na redação do Enem

No dia 29 de outubro é comemorado o Dia Nacional do Livro. A data foi escolhida em homenagem ao dia da fundação da Biblioteca Nacional do Brasil no Rio de Janeiro, que até então era a capital do país, em 1810. 

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O primeiro acervo do país, com livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas já havia sido recebido antes, em 1808. Mas foi só 2 anos depois, em 29 de outubro que a Real Biblioteca Portuguesa foi transferida para o Brasil e tornou-se a Biblioteca Nacional.

O Dia Nacional do Livro também é uma forma de valorizar a literatura brasileira e os inúmeros escritores que dela participam. A leitura faz parte do processo da aprendizagem e também da transformação social. Capazes de educar, informar, emocionar, e até mesmo denunciar, os livros são grandes armas nas mãos da população de um país.

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7 autores para citar na redação

Os livros também são responsáveis por um vasto repertório cultural, inclusive para a redação de vestibulares como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Pensando nisso foi que, nesta data, a Revista Quero separou 7 autores para você conhecer e citar na redação! Confira abaixo:

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Edgar Morin 

Edgar Morin nasceu na França, em 1921 e atualmente tem 101 anos. Escreveu diversos livros, dentre eles “Os sete saberes necessários à educação do futuro”, “Introdução ao pensamento complexo”, “A cabeça bem-feita” e “Ensinar a viver”. Suas obras estão presentes em disciplinas universitárias e são referências de provas de concurso público e muitos trabalhos e pesquisas acadêmicas. 

Morin é considerado um pensador da complexidade, ele possui uma visão complexa do ser humano, um ser que, para ele é “espécie, cultura, organismo”. Na educação, ele defende o ensino da compreensão interpessoal, no qual o ser humano se se enxerga como indivíduo, como espécie e como sociedade, sabendo que suas ações impactam na vida de outras pessoas.

Veja algumas de suas citações:

“A política passa incessantemente pelo conflito entre realismo e utopia. Então, a utopia é muito importante. Na verdade, é como se fosse uma armadilha para que pudéssemos vencer as mazelas do mundo.”

“O conhecimento nunca é um reflexo ou espelho da realidade. O conhecimento é sempre uma tradução, seguida de uma reconstrução.”

“O mundo está cada vez mais devastado pela incompreensão que é o câncer do relacionamento entre os seres humanos.”

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Hannah Arendt

Hannah Arendt foi uma pensadora, escritora e filósofa judia, que nasceu na Alemanha em 1906 e morreu nos Estados Unidos, em 1975. É autora de diversas obras bem conhecidas atualmente, como “Origens do Totalitarismo”, “Eichmann em Jerusalém”, “A Condição Humana” e “Homens em tempos sombrios”. 

Durante a sua vida, presenciou os horrores da ascensão do nazismo e do antissemitismo na Alemanha, tendo sido obrigada a se refugiar na França e, mais tarde, nos Estados Unidos. Nas terras norte-americanas ela trabalhou em jornais e editoras, além de ter sido professora convidada para ministrar cursos em diversas universidades renomadas.

Devido a todas as perseguições sofridas, Arendt procurou a estudar cada vez mais sobre regimes autoritários, política, educação, ética, direitos humanos e a condição da mulher. Veja abaixo algumas de suas frases:

“A essência dos Direitos Humanos é o direito a ter direitos.” – Livro As Origens do Totalitarismo.

“Uma vida sem pensamento é totalmente possível, mas ela fracassa em fazer desabrochar sua própria essência – ela não é apenas sem sentido; ela não é totalmente viva. Homens que não pensam são como sonâmbulos.” – Livro Eichman em Jerusalém.

“Vivemos tempos sombrios, onde as piores pessoas perderam o medo e as melhores perderam a esperança”

“Em nome de interesses pessoais, muitos abdicam do pensamento crítico, engolem abusos e sorriem para quem desprezam. Abdicar de pensar também é crime”.


Mario Sergio Cortella

Nascido em Londrina, município no Paraná, Cortella é mestre e doutor em educação, filósofo, professor, escritor e palestrante. É considerado um importante pensador brasileiro, autor de obras como “Por que fazemos o que fazemos”, “Não nascemos prontos”, “A sorte segue a coragem” e “Viver em paz para morrer em paz”, dentre vários outros.

Além de ter trabalho como professor em diversas instituição de ensino, Cortella substituiu Paulo Freire no cargo de secretário Municipal de Educação entre 1991 e 1992 e posteriormente, entre 2008 e 2011, fez parte do Conselho Técnico Científico de Educação Básica da CAPES. Veja algumas de suas frases:

“A ideia de verdade como descoberta é uma construção”.

“Ser capaz de mudar de opinião não é uma atitude que aprisiona; ao contrário, é algo que liberta”.

“Apesar de estarmos cada vez mais online, não podemos esquecer que a internet não está fora da sociedade. E por isso temos que ter responsabilidade sobre nossos atos.

“Mudar é complicado, sem dúvida, mas acomodar é perecer”. 

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Leandro Karnal

Leandro Karnal é um historiador, professor e escritor brasileiro. Nasceu em São Leopoldo, região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. É autor de muitos livros, sendo alguns deles: “O dilema do porco-espinho: como encarar a solidão”, “O inferno somos nós”, “A monja e o professor” e “O que aprendi com Hamlet”. 

Aos poucos, Karnal foi adquirindo espaço e visibilidade falando sobre temas como felicidade, sociedade, relacionamentos e muitos outros. Atualmente, o professor tem quase 5 milhões de seguidores no Instagram e um canal oficial no Youtube chamado Prazer, Karnal, onde possui quase 2 milhões de inscritos e divulga vídeos sobre diversos temas históricos e filosóficos. 

Confira algumas de suas frases:

“Radicalismo derruba democracia e nunca edifica de verdade.”

“A corrupção nos torna covarde, vamos tendo medo e consciência do mundo.”

“Nunca tantos seres humanos tiveram a capacidade de ler. Nunca tantos leitores tiveram crescente dificuldade com a interpretação do lido.”

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Conceição Evaristo

Conceição Evaristo nasceu em uma favela na zona sul de Belo Horizonte em 1946 e durante muitos anos de sua vida precisou conciliar os estudos com o trabalho de empregada doméstica. A partir dos estudos, se tornou escritora, professora, mestra em Literatura Brasileira e doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense. 

Sua primeira experiência como autora foi na série de poemas afro-brasileiros chamado “Cadernos Negros”, ainda nos anos 90, quando teve seus textos publicados. Depois, passou a publicar romances, contos e poesias, sendo alguns: “Insubmissas lágrimas de mulheres”, em 2011; “Olhos d’água”, em 2014, livro este que venceu o Prêmio Jabuti em 3ª lugar e “Histórias de leves enganos e parecenças”, em 2016.

Os livros e poesias de Conceição Evaristo são marcados pelo combate ao racismo, principalmente à mulher negra. Em sua literatura, ela aborda tópicos como desigualdade social, desigualdade racial, de gênero e todos os temas que permeiam a realidade brasileira de muitas mulheres negras até hoje. Veja algumas de suas frases:

“E pedimos que as balas perdidas percam o nosso rumo e não façam do corpo nosso, os nossos filhos, o alvo.”

“A voz de minha bisavó ecoou criança nos porões do navio. A voz de minha mãe ecoou baixinho revolta no fundo das cozinhas alheias, debaixo das trouxas, roupagens sujas dos brancos, pelo caminho empoeirado rumo à favela. Na voz de minha filha se fará ouvir a ressonância o eco da vida-liberdade.”

“Toda vez que você coloca um sujeito num lugar de exceção, você desliga ele do seu lugar de origem.”

“A questão do negro, a questão indígena, não são questões para as pessoas que são vítimas resolverem. São para a nação resolver.”

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Eliane Brum

Eliane Brum é jornalista, escritora e documentarista. Trabalhou durante vários anos como repórter para o jornal Zero Hora e para a revista Época. Atualmente, é colunista no jornal El País e colabora para o jornal The Guardian. Escreveu vários livros de crônicas e reportagens, como “A vida que ninguém vê”, “O Olho da Rua”, “Uma Duas” e “A Menina Quebrada”.

Algumas de suas frases são:

“Torna-se urgente, prioritário, fazer um esforço coletivo e enfrentar a burrice com o único instrumento capaz de derrotá-la: o pensamento”. 

“Se a gente não se portar como sendo uma tragédia, não for pra rua, ocupar os prédios públicos, nada vai mudar. É preciso fazer um movimento real. Dizer que é tragédia é fácil, mas não estamos vivendo como se fosse uma tragédiaEstar anestesiado é ser cúmplice.” – sobre a crise climática.

“A gente não é proprietário desse planeta, a gente divide com milhares de outras espécies e somos parte integrante desse planeta, dessa natureza”. 

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Lélia Gonzalez

Lélia Gonzalez nasceu em Belo Horizonte, no ano de 1935. Foi filósofa, antropóloga, professora, escritora, intelectual, militante do movimento negro e feminista. Lélia é autora de obras como “Por um feminismo afro-latino-americano”, “Lugar de Negro” e “Retratos do Brasil negro”. 

Em suas obras, a autora destaca e chama atenção para a importância do protagonismo negro, particularmente das mulheres negras, na formação social-cultural do país. Lélia faleceu em 1994, mas seu legado através de sua luta e literatura contribuíram muito para impulsionar o debate sobre a problemática racial no Brasil. 

Veja algumas de suas frases:

“A gente não nasce negro, a gente se torna negro. É uma conquista dura, cruel e que se desenvolve pela vida da gente afora. Aí entra a questão da identidade que você vai construindo. Essa identidade negra não é uma coisa pronta, acabada. Então, para mim, uma pessoa negra que tem consciência de sua negritude está na luta contra o racismo. As outras são mulatas, marrons, pardos etc.”

“Em razão disto é ir à luta e garantir os nossos espaços que, evidentemente, nunca nos foram concedidos.”

“Ao reivindicar nossa diferença enquanto mulheres negras, enquanto amefricanas, sabemos bem o quanto trazemos em nós as marcas da exploração econômica e da subordinação racial e sexual. Por isso mesmo, trazemos conosco a marca da libertação de todos e todas. Portanto, nosso lema deve ser: organização já!”. 

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