
Cultura ágil: como a mentalidade ágil transforma organizações
Giovana Murça | 20/12/25Entenda como a cultura ágil vai além da mentalidade e impacta as empresas, trazendo inovação e resultados rápidos
Entenda o que são indicadores financeiros e quais os principais KPIs para avaliar resultados com mais precisão
Em resumo:
Relatórios financeiros, planilhas, gráficos e números por todos os lados — mas o que, de fato, revela se uma empresa está indo bem? A resposta está nos indicadores financeiros. Essas métricas transformam dados brutos em informações estratégicas, permitindo enxergar com clareza a saúde econômica de um negócio.
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“O que não é medido, não pode ser gerenciado.” A frase do estatístico William Deming segue atual e essencial para qualquer pessoa em posição de liderança. Entender os KPIs financeiros, como margem líquida, liquidez e retorno sobre investimento (ROI), é parte do processo de tomar decisões mais seguras e fundamentadas.

Neste artigo, conheça quais são os principais indicadores financeiros utilizados na gestão, saiba como interpretá-los e entenda por que eles são aliados indispensáveis de quem deseja tomar decisões baseadas em dados — não em achismos.
Os indicadores financeiros são métricas que traduzem informações contábeis em dados claros e comparáveis para análise de desempenho econômico.
Em vez de olhar para números isolados, como o total de despesas ou o lucro bruto, esses indicadores organizam os dados em relações — como proporções, índices ou percentuais — que permitem entender o que está por trás das movimentações financeiras de uma organização.
Esses indicadores fazem parte de um conjunto conhecido como KPIs financeiros — sigla em inglês para Key Performance Indicators, ou Indicadores-chave de Desempenho.
Eles servem como bússolas para acompanhar a evolução do negócio ao longo do tempo e são essenciais para definir metas, avaliar riscos e sustentar decisões estratégicas.
Benjamin Graham, um dos maiores nomes da análise financeira, destaca em “The Interpretation of Financial Statements” que números contábeis por si só pouco significam se não forem corretamente interpretados. Para ele, a capacidade de extrair sentido das demonstrações financeiras é o que distingue a intuição do julgamento fundamentado.
Os indicadores financeiros são métricas internas que revelam o desempenho da própria empresa, como lucratividade, endividamento e liquidez. Já os indicadores econômicos, como inflação, taxa Selic e PIB, refletem o cenário macroeconômico do país.
Ambos impactam a gestão: enquanto os financeiros mostram como está a saúde do negócio, os econômicos influenciam o custo do crédito, o poder de compra dos consumidores e a previsibilidade do mercado — fatores que, juntos, moldam decisões estratégicas.
Indicadores financeiros funcionam como instrumentos de análise que apoiam decisões críticas na gestão. São usados para identificar pontos fortes, fraquezas, riscos e oportunidades, sempre com base em dados objetivos. Não se trata apenas de medir, mas de interpretar o que os números dizem sobre o presente e o futuro da operação.

Na prática, esses indicadores ajudam a:
Em “Security Analysis”, Benjamin Graham e David Dodd destacam que as demonstrações financeiras “não são um fim, mas um meio para fins analíticos”. Ou seja, os números não dizem tudo por conta própria — sua real utilidade está em como são usados para gerar compreensão e guiar decisões.
Empresas que adotam uma cultura de análise financeira estruturada estão mais preparadas para lidar com incertezas, corrigir rotas e reagir com agilidade em momentos de instabilidade. Em tempos de crise, a diferença entre sobreviver e colapsar muitas vezes está na capacidade de interpretar e reagir aos sinais emitidos pelos próprios dados.
Os indicadores financeiros são agrupados por categorias conforme a área que analisam — como liquidez, rentabilidade, endividamento e eficiência. Utilizadas em análises contábeis, auditorias e planejamentos, cada métrica revela uma dimensão específica do desempenho econômico.
A seguir, confira quais são os principais indicadores divididos por categoria.
Esses indicadores mostram se uma empresa tem condições de pagar suas contas no curto prazo, ou seja, se ela possui dinheiro em caixa, valores a receber ou bens que podem ser rapidamente convertidos em dinheiro para cobrir dívidas e despesas imediatas. Existem três tipos principais:
Indica se a empresa tem recursos suficientes para pagar todas as dívidas de curto prazo. É como comparar tudo o que pode entrar no caixa em breve com o que precisa ser pago nesse mesmo período. Quanto maior esse indicador, mais folgada está a situação financeira.
Semelhante à liquidez corrente, mas desconsidera os estoques — já que eles podem demorar para serem vendidos. É uma análise mais conservadora da capacidade de pagamento.
Leva em conta apenas o dinheiro em caixa e aplicações que podem ser usadas imediatamente. É o indicador mais rigoroso, pois mostra se a empresa conseguiria pagar suas dívidas hoje, com o que tem disponível.
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Esses indicadores mostram o quanto a empresa está ganhando com suas atividades. Eles ajudam a entender se o negócio é lucrativo e se os investimentos feitos estão dando retorno.
Indica quanto da receita total virou lucro no final do período, depois de descontar todos os custos e despesas.
Foca no lucro vindo da operação principal do negócio, antes de impostos e despesas financeiras. Essa métrica revela se a atividade central da empresa está sendo eficiente.
Mostra quanto os sócios ou acionistas estão ganhando com o capital que investiram na empresa. O ROE é um dos principais indicadores usados por investidores para avaliar a rentabilidade de empresas no longo prazo.
Mede o retorno obtido em uma ação ou projeto específico. Esse indicador mostra se o investimento valeu a pena.
Avaliam quanto a empresa depende de recursos de terceiros, como empréstimos e financiamentos. Essas métricas também ajudam a medir o risco financeiro.
Mostra quanto das operações da empresa está sendo financiado com dívidas, em vez de recursos próprios. Se uma empresa tem mais dívidas do que capital próprio, esse indicador alerta para um possível risco de desequilíbrio financeiro.
Indica qual parte das dívidas precisa ser paga em curto prazo e qual pode ser quitada no longo prazo. Um endividamento muito concentrado em curto prazo, por exemplo, pode pressionar o caixa e dificultar a operação diária.
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Esses indicadores mostram o quão eficiente a empresa é na gestão de seus recursos e prazos. Eles ajudam a entender como o dinheiro circula dentro do negócio.
Indica com que frequência os produtos são vendidos e repostos. Um giro alto geralmente significa boa gestão e vendas constantes. Se os produtos demoram para sair do estoque, isso pode travar o capital da empresa.
Mostra em quanto tempo, em média, a empresa recebe o pagamento de seus clientes. Se esse prazo for muito longo, pode faltar dinheiro em caixa para cobrir despesas imediatas.
Revela o tempo médio que a empresa leva para pagar seus fornecedores. Se esse prazo de pagamento for maior que o prazo de recebimento, a empresa consegue equilibrar melhor o fluxo de caixa.
Na rotina de gestão, os indicadores financeiros devem ser usados pelos gestores como guias para decisões mais seguras e eficazes.

Uma boa prática é transformá-los em dashboards simples e visuais, facilitando o acompanhamento de resultados em tempo real. Isso permite avaliar o desempenho por área — como vendas, operações e financeiro — e agir rapidamente diante de desvios ou oportunidades.
Outro passo importante é integrar os indicadores às metas do negócio, inclusive com OKRs (Objectives and Key Results), alinhando os objetivos estratégicos com métricas de resultado claras e mensuráveis. Essa abordagem reduz a subjetividade e fortalece a tomada de decisão baseada em dados — substituindo achismos por análises concretas.
Segundo o Sebrae, a mensuração periódica de resultados é essencial para manter o controle da empresa e garantir competitividade. Além disso, o uso consistente de indicadores promove transparência e responsabilidade na gestão.
Confira: O que é OKR (Objectives and Key Results)?
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