Ondas de calor: o que são e como podem cair no Enem?

Nesta sexta-feira (22), o Climatempo alertou pelo Instagram que um pico de onda de calor chega ao Brasil no final de semana dos dias 23 e 24 de setembro, especialmente na região Sudeste e Centro-Oeste.

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Segundo a página, espera-se temperaturas acima de 40 graus. Além disso, a expectativa é que a cidade de São Paulo atinja a maior temperatura em 80 anos de medição, informa o Climatempo pelas redes sociais.

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Essa realidade chega ao Brasil depois de um verão extremamente quente no hemisfério norte. Tanto que a Grécia, por exemplo, registrou em julho ondas de incêndio que causaram dezenas de mortes. Outro caso notável foi Roma: também em julho, a cidade atingiu a maior temperatura já vista em sua história, com quase 42ºC.

A situação foi tão grave, que, de acordo com o observatório europeu Copernicus, o verão boreal de 2023 é o mais quente do registro instrumental, ou seja, desde que temos medições.

Todo esse calor se relaciona com o aquecimento global, conceito recorrente em questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e outros vestibulares. 

“O aumento das temperaturas médias no planeta promove alterações nos padrões climáticos de diversas regiões, como períodos de chuvas com padrões mais intensos e verões com temperaturas médias mais altas”, explica o professor de Geografia do Curso Anglo, Vagner Augusto da Silva.

Considerando a relação das ondas de calor com o aquecimento global, é importante que os vestibulandos fiquem por dentro do assunto e entendam porque eventos climáticos como esse estão se repetindo cada vez mais.

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O que são ondas de calor?

A chegada de altas temperaturas em todo Brasil foi chamada de “onda de calor”. A doutoranda em Climatologia e divulgadora científica, Karina Lima, descreve o fenômeno: “ele ocorre quando uma área de alta pressão permanece por algum tempo na mesma região prendendo o ar quente”.

Eventos climáticos como o que aconteceu entre junho e agosto no hemisfério norte e está acontecendo em setembro no Brasil, devem se repetir cada vez mais, comenta a especialista. “De forma geral, o sistema terrestre está com muito calor, muita energia acumulada, o que vai favorecer esse tipo de evento extremo”, sinaliza Karina Lima. 

Mesmo no melhor dos cenários, ou seja, ainda que os países cumpram com a diminuição de emissão de gases proposta pelo Acordo de Paris, a especialista afirma que a situação vai piorar. Isso porque, nessas condições, a Terra iria aquecer, pelo menos, mais 1,5 graus Celsius, Karina explica. 

“A gente tem que tentar buscar o melhor cenário possível, porque cada décimo de grau importa e faz diferença. Muitas vidas humanas e biodiversidade ainda podem ser salvas, se a gente lutar pelo melhor cenário”, afirma a doutoranda em Climatologia.

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Como as ondas de calor podem cair no Enem?

O professor de Geografia do Curso Anglo, Vagner Augusto da Silva, acredita que o assunto pode cair no Enem de diversas formas. “Como este fenômeno ocorre de forma crescente e sistemática nos últimos anos, o tema deve constar no radar dos candidatos”, recomenda o professor.

Apesar de ser um tema interdisciplinar, que se relaciona com diversas matérias, como Biologia, Física e Química, Vagner da Silva destaca dois temas chaves: mudanças climáticas e os fenômenos El Niño e La Niña. 

Dentro desses assuntos, o professor aconselha que os vestibulandos se atentem aos seguintes temas: tempo atmosférico e clima; e as particularidades dos elementos do clima (temperatura, umidade e pressão atmosférica) e dos fatores climáticos (latitude, altitude, correntes marítimas, massas de ar continentalidade e maritimidade).

As dicas não param por aí: o professor do Anglo ainda destaca que os alunos devem focar no contexto brasileiro. “Todos estes aspectos devem ser revisados observando suas particularidades em escala global e, sobretudo, local”, indica Vagner da Silva.

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