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redacao revista quero | 23/12/25Veja frases e mensagens para postar, compartilhar ou enviar neste dia 25 de dezembro
Em resumo:
Era 15 de novembro de 1889. Em poucas horas, o Brasil deixava de ser um Império e se tornava uma República. Mais de 130 anos depois, a Proclamação da República do Brasil ainda gera debates entre estudantes e historiadores.
Enquanto uns enxergam o 15 de novembro como um marco da liberdade e do progresso, outros afirmam que o episódio foi, na verdade, um golpe de Estado liderado por militares.
O que muitos não sabem é que o movimento que colocou fim ao Império e deu início à República não foi tão pacífico e democrático quanto parece nos livros escolares.
O que aprendemos como uma simples mudança de regime foi, na verdade, o resultado de tensões políticas, econômicas e militares que dividiam o país no fim do século XIX.
Mas afinal, o que realmente aconteceu no dia em que o Brasil deixou de ser um Império? Entenda por que muitos consideram o movimento um golpe militar e o que essa virada política revela sobre o Brasil de hoje.
Confira os tópicos que vamos abordar:

O 15 de novembro de 1889 é uma das datas mais marcantes da história do Brasil, pois foi nesse dia que o país deixou de ser uma monarquia e passou a ser uma república.
Na prática, o episódio foi um movimento militar liderado pelo marechal Deodoro da Fonseca, que depôs o imperador Dom Pedro II e encerrou o período do Império do Brasil. O ato, conhecido como Proclamação da República, aconteceu no Rio de Janeiro, então capital do país.
| Você sabia? Enquanto os livros escolares costumam apresentar a data como um marco de liberdade e progresso, muitos historiadores a veem como o resultado de um golpe de Estado militar — um tema que ainda gera debates até hoje. |
Mas, diferente do que muitos imaginam, o povo brasileiro não participou desse processo. A mudança de regime foi decidida e executada por grupos políticos e militares, sem votação ou consulta popular.
Na manhã do 15 de novembro, tropas do Exército marcharam pelas ruas do Rio de Janeiro e cercaram o Quartel-General do Exército. O marechal Deodoro da Fonseca assumiu o comando das forças e ordenou a prisão do Visconde de Ouro Preto, então chefe do governo imperial.
Com o Império deposto, o marechal proclamou o início de um novo regime: a República Federativa dos Estados Unidos do Brasil. Pouco tempo depois, Dom Pedro II e a família imperial foram exilados para a Europa, encerrando oficialmente o Segundo Reinado.
A transição foi rápida, quase sem resistência. Muitos cidadãos sequer entenderam o que havia acontecido naquele dia, já que a maioria da população não tinha acesso à informação ou participação política.
Esse era o cenário: em poucas horas, o Brasil deixava de ser uma monarquia para se tornar uma República — sem luta, sem plebiscito e sem o envolvimento popular.
O anúncio oficial foi feito pelo marechal Deodoro da Fonseca, que, após depor o governo imperial, proclamou a República e assumiu o posto de chefe do governo provisório.
Ele foi responsável por divulgar a mudança do regime político, inicialmente entre as tropas e líderes políticos, e depois por meio da imprensa, que começou a espalhar a notícia pelo país.
Com isso, Deodoro se tornou o primeiro presidente do Brasil, dando início à chamada República da Espada — período em que o país foi governado por militares (de 1889 a 1894).
Por muito tempo, o episódio da proclamação da república foi ensinado nas escolas como uma mudança pacífica e necessária, resultado do “progresso” e da “modernização” do país.

Essa narrativa destacava o papel dos militares e intelectuais positivistas como heróis nacionais que teriam libertado o Brasil de um sistema monárquico ultrapassado.
No entanto, estudos mais recentes mostram que a realidade foi bem mais complexa. Hoje, muitos historiadores defendem que a Proclamação da República foi, na verdade, um movimento político e militar conduzido por uma pequena elite.
Essa elite reunia:
Esses grupos enxergavam na república uma forma de modernizar o país sem necessariamente incluir o povo nesse processo.
Um dos principais motivos pelos quais muitos estudiosos consideram a Proclamação da República um golpe de Estado é justamente a ausência da participação popular.
Enquanto os livros escolares costumam retratar o episódio como um momento de celebração e transformação, o que aconteceu foi uma tomada de poder conduzida por militares e elites econômicas.
| Você sabia? A maioria da população sequer sabia que o regime havia mudado — e só tomou conhecimento do fato no dia seguinte, por meio dos jornais. Como escreveu o jornalista Aristides Lobo, “o povo assistiu bestializado”, sem entender o que se passava. |
Além da falta de envolvimento popular, outros fatores reforçam a visão de que o episódio foi um golpe político e militar:
Esses elementos ajudam a entender que a Proclamação da República foi menos um movimento popular e mais uma manobra de poder.
Por isso, muitos historiadores preferem classificá-la como um golpe de Estado, resultado da união entre militares, políticos e setores econômicos que desejavam redefinir os rumos do país.
Como vimos, a Proclamação da República no Brasil representou uma virada política e simbólica profunda na história do país.
O fim do Império e a criação da República mudaram a forma de governar, os valores nacionais e até a maneira como o Brasil passou a contar sua própria história.
Veja quais foram as principais consequências:
O Brasil deixou de ser uma monarquia e passou a adotar o presidencialismo. O marechal Deodoro da Fonseca assumiu como o primeiro presidente da República e foi promulgada a Constituição de 1891, que instituiu o federalismo — dando mais autonomia aos estados e modernizando a estrutura política do país.
Com o fim do Império, a bandeira imperial foi substituída pela atual, com o lema “Ordem e Progresso”, inspirado no positivismo — filosofia que influenciava os militares da época.
Além disso, novos heróis ganharam destaque, como Tiradentes, que passou a ser visto como símbolo da luta pela liberdade.
Uma das mudanças mais marcantes foi o fim da ligação entre o governo e a Igreja Católica. O Brasil se tornou um Estado laico, o que significava que religião e política deveriam ser tratadas de forma independente.
O voto censitário (restrito aos mais ricos) foi abolido, e o sufrágio universal masculino passou a valer para homens com mais de 21 anos. Apesar disso, mulheres, pessoas negras e analfabetos continuaram sem direito ao voto, mostrando que a nova República ainda estava longe de ser totalmente democrática.
Nos anos seguintes, o Brasil enfrentou grande instabilidade política, com revoltas e disputas pelo poder, como a Revolta da Armada, a Revolução Federalista e a Guerra de Canudos.
Uma boa forma de explicar a Proclamação da República para uma criança é começar dizendo que foi o dia em que o Brasil deixou de ter um rei e passou a ter um presidente.

Veja alguns passos para explicar de forma simples:
Ao ensinar esse tema, mostre que a história pode ter diferentes versões — e que compreender os dois lados ajuda as crianças a desenvolverem um olhar crítico e curioso sobre o passado.
Afinal, compreender a história sob diferentes perspectivas é o que nos ajuda a formar cidadãos críticos — e conscientes das múltiplas faces da história brasileira.
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