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Redação do Enem: como conseguir a nota máxima na competência 5?

Veja como garantir uma boa nota na competência que avalia a capacidade de elaboração de uma proposta de intervenção que, além de ser eficaz, respeite os direitos humanos

Para quem vai prestar um concurso ou vestibular, a redação pode se tornar um pesadelo. Afinal, muitas vezes, essa é a única parte dissertativa da prova e que exige conhecimentos específicos! 

No Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a situação não é diferente. A redação equivale a um quinto da nota final e é avaliada por dois corretores, que levam em consideração cinco competências diferentes. 

Para auxiliar os participantes do Enem, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio de Teixeira (Inep), órgão responsável pela prova, divulgou cinco cartilhas com os critérios de correção de cada competência avaliada. 

E, pensando em ajudar os estudantes, a Revista Quero produziu uma série de cinco matérias com o resumo do conteúdo divulgado em cada uma das cartilhas. Confira:

Essa é a última parte do especial! Veja o que você precisa saber para conseguir a nota máxima na competência 5: 

competência 5 redação do Enem

O que é avaliado na competência 5?

Essa competência avalia se o estudante sabe “elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos”.

Ou seja, é avaliado se o estudante consegue desenvolver uma ideia e jusfiticá-la, de modo que essa sugestão seja coerente, viável e não desrespeite os direitos humanos. 

Proposta de intervenção

“O participante deve propor uma intervenção para o problema apresentado pelo tema significa sugerir uma iniciativa que busque, mesmo que minimamente, enfrentá-lo”, explica a cartilha de redação.

Para que um texto possua uma proposta de intervenção seja completa, é preciso que o trecho apresente os cinco elementos básicos: ação, agente, modo/meio, efeito e detalhamento. Veja o que é cada um deles:

Ação

“Esse é o elemento que diz respeito à ação prática apontada pelo participante como necessária para a solução do problema apresentado pelo tema. É a partir da ação que reconhecemos a intenção de propor uma intervenção para o problema abordado e que os demais elementos se organizam”, aponta a cartilha. 

Para desenvolver essa ação, o participante deve responder à seguinte pergunta: “o que deve ser feito?”. Veja exemplos de ações nos trechos destacados:

Agente 

O agente é o ator social apontado para realizar a ação. “Para determinar o agente, o participante deve considerar o problema abordado pelo tema, sobre o qual se deseja intervir, e a ação”, explica o documento

A pergunta que o estudante deve responder para descobrir quem é o agente para a sua ação é: “quem executa?”. Confira alguns exemplos de agentes nos trechos em negrito:

Modo/meio

Esse elemento mostra a maneira ou quais são os recursos utilizados para que a ação seja realizada. Para descobrir qual é o modo/meio, o participante deve responder a pergunta: “como se executa/por meio do quê?”. Veja alguns exemplos em destaque:

Efeito

“Efeito é o elemento que corresponde aos resultados pretendidos ou alcançados pela ação proposta. Ele pode vir expresso por meio de uma estrutura indicativa de finalidade, consequência ou conclusão”, indica a cartilha do Inep. Para isso, o estudante deve responder à seguinte pergunta: “para quê?”.

Detalhamento

O detalhamento é o elemento que agrega informações aos outros elementos, tendo o papel de fazer com que a proposta de intervenção seja mais elaborada e concreta, seja por exemplos ou dados referenciais.

A questão a ser respondida para identificar o detalhamento é: “que outra informação sobre esses elementos foi acrescentada pelo participante?”.

Qual é o elemento mais difícil na elaboração da proposta de intervenção?

“O agente não é tão difícil, pois muitos agentes podem executar diversas ações que amenizem ou resolvam problemas sociais brasileiros. A ação em si é que deve trazer o caráter de novidade, não pode ser algo que já exista, ela é, sem dúvida, o elemento mais complicado”, explica Thiago Braga, professor e coordenador de Redação e Língua Portuguesa do Colégio pH.

Braga ainda aponta que, após entender e desenvolver a ação, será muito mais fácil apresentar o agente, modo/meio e a sua finalidade. 

De acordo com a cartilha de correção, uma redação pode ter várias propostas de intervenção, entretanto, só será avaliada a mais completa, ou seja, que apresente a maioria dos elementos. 

Além disso, para evitar esse tipo de erro, o professor indica que o aluno estude diversos eixos temáticos para compreender quais são as melhores ações em cada área e, ao mesmo tempo, desenvolver um repertório que permita que o estudante aponte propostas de intervenções críveis e praticáveis.

E os direitos humanos? 

De acordo com a cartilha, “são considerados os seguintes princípios dos direitos humanos, pautados no Artigo 3º da citada Resolução nº 1, de 30 de maio de 2012, o qual estabelece as Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos”:

  • Dignidade humana; 
  • Igualdade de direitos; 
  • Reconhecimento e valorização das diferenças e diversidades;
  • Laicidade do Estado; 
  • Democracia na educação; 
  • Transversalidade, vivência e globalidade; e 
  • Sustentabilidade socioambiental.

Em 2018, por exemplo, o tema de redação foi “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet”, veja umas propostas que desrespeitaram os direitos humanos: 

Saiba mais: Como respeitar os direitos humanos na proposta de intervenção da redação do Enem

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