– Para palavras cujo prefixo termina em vogal diferente daquela que introduz o segundo termo: não há emprego do hífen. Exemplo: socioeconômico, extraescolar, infraestrutura, semianalfabeto;
– Para palavras em que o segundo termo começa com h: emprega-se o hífen. Exemplo: super-homem, anti-higiênico;
– Para palavras cujo prefixo termina em vogal e o segundo termo começa com r ou s: não se emprega o hífen e a consoante em questão é duplicada. Exemplo: autorretrato, antissocial, neorrealismo;
– Para palavras cujo prefixo termina em -e e a segunda palavra se inicia, também, em -e: o hífen não é empregado. Exemplo: reedição, reeducação, reescrita;
– Para palavras cujo prefixo termina com a mesma letra que se inicia o segundo termo: o hífen é empregado e separa as letras idênticas. Exemplo: micro-ondas, anti-inflamatória;
– Para palavras com o prefixo -co: o hífen não é empregado. Se o segundo termo se iniciar pela letra h, ela deve ser suprimida. Exemplo: coabitante, coautor.
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De acordo com a cartilha divulgada pelo Inep, serão considerados desvios as seguintes situações:
– Períodos iniciados com a letra minúscula;
– Nome de pessoas grafados com a letra inicial minúscula;
– Nome de países, continentes e outras áreas geográficas grafados com a letra inicial minúscula;
– Nomes de eventos e acontecimentos históricos grafados com letras iniciais
minúsculas (“Segunda Guerra Mundial”, “Proclamação da República”, “Guerra
de Canudos”, “Reforma Protestante”, “Idade Média” etc.);
– “Constituição” ou “Constituição da República Federativa do Brasil” grafados com letras iniciais minúsculas;
– “Estado”, como sinônimo de conjunto das instituições que controlam uma nação, grafado com letra inicial minúscula;
– Uso indevido de inicial maiúscula em substantivos comuns, verbos ou pronomes.
Esse tópico avalia a separação silábica é feita de forma correta, respeitando as regras ortograficas, e se há a indicação de translineação (mudança de uma linha para outra) por meio do hífen.

Desvios graticamais
Esse tipo de erro ocorre quando a construção textual foge àquilo que prevê a gramática normativa.
O desvio de regência ocorre quando há a ausência ou o emprego indevido de uma preposição que rege um nome ou um verbo.
– Aprenda o que é regência verbal
– Aprenda o que é regência nominal
A concordância nominal ocorre em gênero e número entre substantivo e o adjetivo, o artigo e o pronome. Já a concordância verbal ocorre em nome e um verbo.
Segundo a cartilha, será considerado desvio o uso da vírgula quando:
– Seperar sujeito e predicado;
– Separar verbo e objeto;
– Separar conjunção subordinativa e oração subordinada;
– Separar locução conjuntiva e a oração subordinada que introduz.
Saiba mais: 5 erros comuns do uso da vírgula
Como usar ponto e vírgula?
A ausência da vírgula será contada como desvio quando não for utilizada para:
– Isolamento de apostos, adjuntos adverbiais longos e orações intercaladas;
– Enumerações;
– Separações incomuns e indevidas (por exemplo, separando nome/complemento, adjetivo/substantivo, advérbio/adjetivo, determinante/determinado e outros).
O coordenador de Redação e Língua Portuguesa do Colégio pH explica que “paralelismo sintático” é a manutenção de uma estrutura sintática similar em frases diferentes dentro do mesmo período ou dentro do mesmo parágrafo.
“Se eu digo ‘Eu fui ao cinema e ao teatro’ eu estou mantendo o paralelismo sintático. Já se eu digo ‘Eu fui ai cinema e o teatro’, eu estou criando um problema de paralelismo sintático”, explifica.
Essa função é garantida quando o estudante consegue manter os artigos e as preposições em duas ou mais estruturas que estão próximas e possuem relação ao mesmo contexto dentro do texto.
Os pronomes são as palavras que substituem o substantivo ou o acompanham a fim de qualificá-lo. O emprego inadequado de um pronome pode acarretar em um desvio.
Veja quais são os pronomes mais comuns:
– Pronomes de tratamento
– Pronomes pessoais
– Pronomes demonstrativos
– Pronomes indefinidos
– Pronomes oblíquos
– Pronomes relativos
– Pronomes possessivos
– Pronomes interrogativos
– Colocação pronominal
A crase é um recurso utilizado para indicar a contração da preposição “a” com um artigo definifido “a/as”. O uso incorreto da crase será considerado um desvio.
No exemplo abaixo, o uso da crase está errado, pois apenas a preposição “a” seria necessária:
– Ao longo dos anos, a internet começou à receber aprimoramentos…
Saiba mais: 6 dicas para não errar mais a crase
Desvios de escolha de registro
Apesar do termo pouco conhecido, os desvios de escolha de registro são cometidos quando há marcas de oralidade, ou seja, linguagem informal e coloquialidades. Veja o exemplo de desvio de escolha de registro:
- O mundo hoje tá muito violento há as pessoas que usam as redes sociais para fazer algum tipo de violência. Pessoas tão sendo muito influenciadas…
Ainda segundo a cartilha, outros exemplos desse tipo de desvio são:
- Expressões coloquiais como “um monte”, “um bocado”, “é isso aí”, “né”, “tá
beleza”, ou formas usadas na Internet, como “blz”, “vc”, “eh”;
- O uso de diminutivos e aumentativos (ex.: “basiquinho”; “muitão”);
- Reduções (como “pra”, “pro”) e abreviaturas, como “p/” (no lugar de “para”)
ou “c/” (no lugar de “com”).
Desvios de escolha de vocabular
“Os desvios de escolha vocabular dizem respeito à escolha lexical imprecisa de uma palavra no contexto em que ela se encontra. Essa incorreção é gerada, muitas vezes, devido a alguma semelhança entre a palavra adequada àquele contexto e a palavra de fato usada, cujo sentido não se encaixa no contexto apresentado”, explica a cartilha.
Alguns dos exemplos citados são:
- Afinidade x finalidade;
- Burocracia x democracia;
- Descriminalizar x discriminar;
- Escultural x estrutural.
Lembrando que há diferenças entre desvios de escolha vocabular e de grafia, enquanto a primeira é evidenciada pelo uso de uma determinada palavra cujo sentido o participante desconhece, já a outra é o desconhecimento da grafia de uma palavra.
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Para Thiago Braga, leitura e prática são as melhores formas de aperfeiçoar o conhecimento na Língua Portuguesa.
“O aumento da proficiência vem de dois pontos: leitura e prática. Então é preciso, além de ler redações exemplares que estão disponíveis na internet, ler também textos jornalísticos, literários. Manter uma carga de leitura é muito importante, assim como a produção de textos propostos pelo Enem, com a correção de alguém que aponte os erros que estão sendo cometidos”, reforça o coordenador de Redação e Língua Portuguesa no Colégio pH.
Ficou curioso e quer conferir a cartilha do Inep na íntegra? Clique aqui!
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Consultoria: Thiago Braga, Coordenador de Redação e Língua Portuguesa do Colégio pH