Inicialmente, a Mata de Araucárias ocupava cerca de 40% do território do Paraná, 30% de Santa Catarina e 25% do Rio Grande do Sul. Esse tipo de floresta também ocorria em áreas descontínuas, nas partes mais elevadas das Serras do Mar, Paranapiacaba, Bocaina e Mantiqueira, no sudoeste de São Paulo, noroeste do Rio de Janeiro, sul de Minas Gerais e no leste da província de Misiones, localizada na Argentina.
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A Mata de Araucárias necessita de solos férteis, climas úmidos e de temperatura amena. Assim, apresenta certa variação em sua distribuição, de acordo com a latitude e a altitude, ou seja, quanto maior a latitude, menor pode ser a altitude.
Na região Sul, seu limite é de 500 a 600 metros, enquanto que em São Paulo ela só ocorre a mais de 1.200 metros.
O clima característico dessa floresta é o subtropical, com chuvas regulares e estações bem definidas. As temperaturas variam de 30º C no verão até alguns graus negativos no inverno rigoroso. Nos planaltos apresentam-se os maiores índices pluviométricos, com chuvas bem distribuídas.
Além do pinheiro brasileiro, há uma grande variedade de espécies nessa floresta, como o imbuia, o sassafrás, a canela-lageana, a erva-mate e o xaxim, sendo que alguma dessas existem apenas na região.
O pinheiro-bravo, o pau-marfim, as bromélias, as urticáceas e as orquídeas também merecem destaque e são muito abundantes na Mata de Araucárias.
Quanto à fauna, a Mata das Araucárias é um dos ecossistemas mais ricos em relação à biodiversidade de espécies animais. Muitas dessas espécies possuem adaptações especiais para ocuparem as diferentes camadas da floresta, como apresentar colorações que as confundem com o meio, tornando-as praticamente invisíveis.
No grupo dos mamíferos, é possível encontrar a onça-pintada, a jaguatirica, o macaco-prego, o guariba, o mico-leão-dourado, o tamanduá e várias espécies de saguis.
Tucanos, beija-flores, saíras e jacus são as aves de maior destaque nessa floresta. Entre os principais répteis desse ecossistema, estão o teiú, jararacas e corais.
A qualidade da madeira, leve e sem falhas, fez com que a araucária fosse intensamente explorada para a indústria de móveis e de celulose, principalmente a partir do início do século XX.
Calcula-se que cerca de 100 milhões de pinheiros tenham sido derrubados entre as décadas de 1930 e 1960. Entre as décadas de 1950 e 1960, a madeira da araucária estava no topo da lista das exportações brasileiras.
Devido a essa exploração, atualmente a Mata das Araucárias está à beira da extinção, uma vez que restam apenas 5% da extensão original, incluindo florestas exploradas e matas em regeneração. Da área original, menos de 1% guarda as características da floresta primitiva, ou seja, que foi pouco ou nunca explorada.
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A imagem retrata a araucária, árvore que faz parte de um importante bioma brasileiro que, no entanto, já foi bastante degradado pela ocupação humana. Uma das formas de intervenção humana relacionada à degradação desse bioma foi: