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Transpiração

Biologia - Manual do Enem
William Mira Publicado por William Mira
 -  Última atualização: 27/9/2022

Índice

Introdução

Entende-se por transpiração o processo de eliminação de água presente em um organismo ou corpo devido elevação de temperatura externa e/ou interna.

Em temperaturas elevadas, as moléculas orgânicas se excitam e podem mudar sua conformação. As enzimas, por exemplo, proteínas com função catalítica e fundamental para a maioria dos processos metabólicos, operam em uma temperatura considerada ótima e quando a temperatura do meio é maior que essa temperatura ótima, as enzimas tendem a se desnaturarem perdendo sua conformação e, consequentemente, sua função.

Portanto, a transpiração atua na manutenção da temperatura corporal dos organismos e, através da eliminação da água, procura eliminar também a energia na forma de calor, garantindo assim que o organismo permaneça desempenhando seus processos metabólicos dentro da temperatura adequada.

O processo de transpiração é observado, principalmente, nas plantas e em alguns animais homeotérmicos como alguns cordados.

Transpiração em Vegetais

Nos vegetais vasculares, a transpiração está diretamente relacionada com a absorção de água e nutrientes pela raiz e com o fluxo dessas substâncias que são transportadas pelo xilema, vaso condutor de seiva inorgânica ou seiva bruta.

As plantas vasculares possuem estruturas especializadas na transpiração chamadas de estômatos. Os estômatos são constituídos por um conjunto de células localizadas em toda a epiderme do vegetal, mas principalmente nas folhas.

A estrutura do estômato consegue se contrair ou relaxar de forma a promover a abertura ou fechamento dessas estruturas, sendo que quando abertos eles promovem a liberação de água para o meio externo e facilita as trocas gasosas do vegetal, e quando fechados eles inibem a transpiração e, portanto, diminuem a perda de água pelo vegetal.

Estrutura dos Estômatos em uma folha de tomateiro. 

Fatores que afetam a abertura/fechamento dos estômatos

Alguns fatores fisiológicos estão relacionados com a abertura e fechamento dos estômatos:

Os estômatos são circundados por células chamadas células-guarda, que controlam a abertura e fechamento dos estômatos. Íons de potássio estão relacionados com a sinalização para abrir ou fechar essas estruturas, quando eleva-se a concentração de íons potássio, aumenta-se a pressão osmótica e as células-guarda passam a absorver água por osmose, ficando, assim, túrgidas

Quando as células-guarda estão túrgidas (com seu volume celular maior) ocorre a abertura dos estômatos e, consequentemente, o vegetal realiza a transpiração.

O oposto também ocorre: quando o potássio está em poucas concentrações no interior celular, as células-guarda ficam plasmolisadas (semelhantes a uma bola murcha dentro da parede celular) e os estômatos se fechamimpedindo a transpiração.

Exemplo de uma célula vegetal quando plasmolisada, flácida e túrgida. 

Fatores ambientais também estão relacionados com a transpiração vegetal.

incidência de luz ativa o metabolismo vegetal, principalmente com relação a fotossíntese e também promove a abertura dos estômatos, portanto, em lugares luminosos a planta tende a transpirar mais que em lugares escuros.

Além da luz, a concentração de água no solo é outro fator limitante. Quando o vegetal está em local com poucas reservas de água no solo, os estômatos tendem a se fechar para evitar a perda excessiva de água e, consequentemente, a desidratação do vegetal. 

Algumas plantas se adaptaram a viver em condições adversas de luminosidade e de água. Por exemplo, plantas do deserto, local com temperatura elevada e pouca água, possuem seus estômatos escondidos da luz para não se abrirem durante o dia, quando a transpiração seria intensa e a perda da pouca água poderia acarretar na morte do vegetal, e se abrirem apenas durante a noite, quando a temperatura é mais amena.

Transpiração nos Mamíferos

Nos mamíferos, o mecanismo de transpiração é um pouco diferente e o processo é chamado de sudorese. A produção e eliminação de água visando a manutenção da temperatura corporal ocorre por meio das glândulas sudoríparas que secretam o suor que, além de água, contém algumas substâncias e nutrientes que precisam ser excretados pelo organismo.

Quando a temperatura do ambiente é elevada e acaba causando uma alteração da temperatura corporal dos mamíferos, as glândulas sudoríparas são ativadas pelo sistema nervoso e secretam o suor.

Suor secretado escorrendo pelo rosto de uma pessoa. 

Em cães e gatos, a transpiração ocorre pela língua e pelo nariz. Já as baleias e outros mamíferos aquáticos, possuem um sistema muito rudimentar de regulação da transpiração em ambientes secos, por isso, quando fora da água esses animais podem se desidratar mais rápido que os mamíferos terrestres. 

Referências

TAIZ et. al. Fisiologia e Desenvolvimento Vegetal. 6ª Edição. ArtMed.

SCHWAMBACH et. al. Fisiologia Vegetal. 1ª Edição. Érica.

HICKMAN et. al. Princípios Integrados de Zoologia. 16ª Edição. Gen.

SILVERTHORN et. al. Fisiologia Humana. 7ª edição. ArtMed.

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
FATEC/2015

As sequoias são árvores que ocorrem na região oeste da América do Norte e que pertencem ao grupo das coníferas, também chamado de gimnospermas. Elas podem atingir mais de 100 metros de altura e para que ocorra fotossíntese em suas folhas, a água captada pelas raízes precisa percorrer toda essa distância e alcançar as suas copas. Em um edifício de altura equivalente, seria necessário o uso de potentes bombas d’água para realizar o transporte de água até os andares mais altos. Já no caso das sequoias e de qualquer outra planta de grande porte com vasos condutores de seiva, o transporte da água até o topo é explicado pela teoria da coesão-tensão de Dixon.

De acordo com essa teoria, o transporte da água no interior das sequoias é decorrente, principalmente,

A do bombeamento feito por vasos pulsáteis das raízes.
B do aumento da temperatura das folhas e do tronco.
C da perda de água nas folhas por transpiração.
D da entrada contínua de água pelas raízes.
E da movimentação das folhas pelo vento.
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