Assim como os carboidratos polissacarídeos, que são formados por unidades menores de monossacarídeos, as proteínas são polímeros formados por unidades chamadas de aminoácidos.
Os aminoácidos são compostos orgânicos constituídos de um carbono central (em que estão ligados todos os demais grupos) chamado de carbono alfa. Em uma extremidade do aminoácido há um grupamento amina (NH2) chamado de porção N-terminal. Em outra extremidade há um grupamento carboxila (COOH) chamado de porção C-terminal e uma extremidade chamada de radical R, que varia de um aminoácido para outro e é utilizada como forma de identificação.
A figura mostra a estrutura básica de um aminoácido. Em verde, o carbono alfa, onde todos os demais grupamentos estão ligados; Em vermelho o grupamento carboxila (ácido carboxílico) formando a extremidade C-terminal; Em azul o grupamento amina formando a extremidade N-terminal e em amarelo o R que diferencia os vinte aminoácidos existentes.
Para completar as quatro ligações que o carbono precisa ter para ficar “estável”, a maioria dos aminoácidos possui na quarta extremidade um hidrogênio (H).
Com relação à formação dos aminoácidos, eles podem ser divididos em dois conjuntos, sendo o primeiro de aminoácidos naturais, fundamentais e não-essenciais. Estes são aqueles que os organismos humanos conseguem sintetizar a partir de processos metabólicos específicos
Aminoácidos essenciais são aqueles em que o ser humano não é capaz de sintetizar, tendo que adicioná-los em sua dieta. Por isso é necessário a ingestão de proteínas na alimentação humana.
As proteínas são sintetizadas utilizando as informações contidas no material genético, armazenadas no DNA, transcritas e transportadas no RNA. O processo de síntese proteica é chamado de tradução e ocorre nos ribossomos, sendo necessário além do RNAm, o RNAt, aminoácidos e ATP.
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Estruturas proteicas
As estruturas proteicas são níveis de organização em que a cadeia polipeptídica se submete até a conformação (estrutura ou formato) final. Existem até quatro níveis de organização, ou seja, quatro estruturas em que, pelo menos, as três iniciais estão presentes em todas as proteínas.
A forma protéica determinada pelas suas estruturas bem organizadas é fundamental para que a proteína tenha uma função. Uma proteína sem forma definida também não tem função definida.
Estrutura primária
É a sequência de aminoácidos unidos por ligação peptídica. Essa ordem dos aminoácidos é definida pelas informações genéticas contidas no DNA e transcritas na molécula de RNA.
Estrutura Secundária
Interações entre as demais terminações dos aminoácidos estabelecem ligações de hidrogênio entre eles formando estruturas características como α-hélice (alfa-hélice) e Folha-β (folhas-beta).
Estrutura Terciária
É a estrutura tridimensional da proteína gerada através das interações entre as estruturas secundárias. É a conformação final da proteína, geralmente enrolando-se sobre si mesma.
Estrutura Quaternária
Algumas proteínas só possuem função quando associadas com outras proteínas. A estrutura quaternária é o agrupamento de subunidades, formando um complexo proteico. Por exemplo, a hemoglobina possui quatro subunidades (monômeros) proteicas ligadas. Cada uma consegue transportar uma molécula de oxigênio.