Entenda a 1ª fase da globalização: comércio e impactos históricos

A globalização é um processo histórico que integra economias, culturas e sociedades ao redor do mundo. A 1ª fase da globalização teve início no século XV, com as grandes navegações e a expansão marítima europeia. 

Esse momento marcou uma mudança significativa nas dinâmicas globais, conectando continentes por meio do comércio e das explorações geográficas. 

Compreender essa fase é essencial para os estudos de história e geografia no Enem, pois ela explica as raízes das trocas comerciais globais e das relações internacionais modernas. 

Além disso, permite analisar como o mundo passou a se estruturar em uma rede interdependente, com efeitos duradouros até os dias atuais.

A 1ª fase da globalização foi o início da interligação comercial entre continentes, a partir do século XV. Essa etapa é marcada pelas grandes navegações, empreendidas principalmente por Portugal e Espanha, que buscaram novas rotas para acessar especiarias e outros produtos valiosos do Oriente. 

Esse movimento ficou conhecido como expansão marítima europeia e resultou nos descobrimentos geográficos que mudaram o mapa do mundo conhecido até então.

Durante esse período, a rota das especiarias, que ligava a Europa à Ásia, ganhou destaque. Além disso, as Américas foram incorporadas ao circuito global, dando origem a um intenso processo de colonização e exploração econômica. 

A globalização comercial nasceu desse contato entre diferentes territórios, estabelecendo as bases para a economia mundial.

Efeitos da globalização sobre o comércio mundial

A globalização comercial da 1ª fase promoveu uma integração inédita entre Europa, África, Ásia e América. Produtos antes restritos a certas regiões passaram a circular globalmente. Especiarias, metais preciosos, tecidos, escravizados e outros bens foram transportados por rotas marítimas, dinamizando a economia de várias partes do mundo.

Nesse contexto, surgiu o mercantilismo, uma política econômica voltada ao acúmulo de riquezas pelos Estados europeus. As nações buscavam manter balanças comerciais favoráveis, explorar colônias e enriquecer por meio do comércio marítimo. Assim, foi formada uma economia mundial conectada, ainda que desigual, com a Europa no centro do sistema.

A rota das especiarias consolidou o papel do comércio como força motriz da expansão. Essa nova configuração econômica estabeleceu as bases do capitalismo e da exploração colonial, reforçando o domínio europeu sobre outras regiões do globo.

Com o avanço da globalização econômica e a corrida por novas terras e mercados, as potências europeias passaram a disputar territórios e rotas comerciais. 

Esse cenário deu origem ao colonialismo, em que países como Portugal, Espanha, Inglaterra, França e Holanda estabeleceram impérios ultramarinos.

Essas disputas, muitas vezes diplomáticas, mas também bélicas, marcaram o início das relações internacionais modernas. O século XV inaugurou uma nova lógica de poder global, em que o controle sobre colônias e rotas determinava o prestígio e a força dos Estados. Esse processo também lançou as bases do imperialismo que se intensificaria nos séculos seguintes.

Além das transformações econômicas, a 1ª fase da globalização promoveu intensas trocas culturais. Povos de diferentes continentes passaram a interagir, resultando em influências mútuas, sincretismo religioso e novas formas de organização social. 

No entanto, essa integração também envolveu a imposição de valores europeus sobre populações africanas, asiáticas e americanas, especialmente por meio do cristianismo e das estruturas coloniais.

Essas trocas culturais, iniciadas pelos descobrimentos geográficos, foram um marco na construção da integração mundial, ainda que assimétrica, e continuam influenciando costumes, idiomas e crenças ao redor do planeta.

Para se aprofundar no tema, continue acompanhando os conteúdos do Manual do Enem e explore as fases seguintes da globalização.