Além de Oswald de Andrade, os artistas que mais contribuíram para o desenvolvimento desse grupo foram: Tarsila do Amaral, Alcântara Machado, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Menotti del Picchia, Raul Bopp, Guilherme de Almeida e Ronald Carvalho.
Oswald de Andrade (1890-1954)
Oswald de Andrade foi um escritor e dramaturgo brasileiro. Em 1910 viajou pela Europa, onde toma contato com o ambiente artístico marcado pelo manifesto futurista do poeta italiano Marinetti.
Durante a Semana de Arte Moderna de 1922, que ajuda a preparar, lê trechos do romance Os Condenados (posteriormente chamado Alma) sob vaias do público.
Em 1928, em diálogo com a obra da pintora Tarsila do Amaral (1886-1973), com quem estava casado, criou o Movimento Antropofágico, divulgado pelo "Manifesto Antropófago" e pela Revista de Antropofagia.
Tarsila do Amaral (1886-1973)
Tarsila do Amaral foi uma pintora e desenhista influenciada por vanguardas europeias, especialmente pelo cubismo. A artista cria um estilo próprio na busca por uma pintura de caráter tipicamente brasileiro.
Em junho de 1922, depois da Semana de Arte Moderna, volta ao Brasil para “descobrir o modernismo” no país. Conhece os escritores Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti del Picchia, com eles e Anita Malfatti funda o Grupo dos Cinco.
Em 1928, Tarsila presenteia Oswald de Andrade com seu mais famoso quadro, Abaporu. A pintura estimula o escritor a fundar o movimento antropofágico.
A partir de 1933, seu trabalho passa a ter uma aparência mais realista. Influenciada pela mobilização socialista, pinta, no mesmo ano, quadros como Operários e 2ª Classe, que apresentam uma preocupação com as mazelas sociais.
Manuel Bandeira (1886 - 1968)
Manuel Bandeira foi um dos mais importantes escritores da Primeira fase do Modernismo e um dos pontos mais altos da poesia lírica nacional. É considerado um clássico da literatura brasileira do século XX.
Para a Semana de Arte Moderna de 1922, enviou o poema “Os Sapos”, lido por Ronald de Carvalho, altamente criticado pelo público, com vaias e gritos. O poema satiriza os princípios do parnasianismo, com um deboche agressivo dirigido à métrica e à rima desses poemas.
Os temas mais comuns da obra de Bandeira ao longo do tempo são: a paixão pela vida, a morte, o amor e o erotismo, a solidão, a angústia existencial, o cotidiano e a infância.
Anita Malfatti (1889-1964)
Anita Malfatti foi uma artista plástica. A mostra expressionista da pintora realizada em São Paulo na Exposição de Pintura Moderna foi um marco para a renovação das artes plásticas no Brasil.
Incentivada pelos amigos, Anita participou da Semana de Arte Moderna de 1922 e integrou, ao lado de Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti De Picchia, o Grupo dos Cinco.
Em 1942, Anita Malfatti foi nomeada presidente do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo.
Mário de Andrade (1893-1945)
Mário de Andrade (1893-1945) foi um escritor, poeta, romancista, contista, crítico literário, professor, pesquisador e folclorista. Publicou "Paulicéia Desvairada", o primeiro livro de poemas da primeira fase do Modernismo.
Mário se interessava por tudo aquilo que dissesse respeito ao seu país e teve papel importante na implantação do Modernismo no Brasil, tornando-se a figura mais importante da Geração de 22.
O romance "Macunaíma" foi sua criação mais prestigiada e conhecida.
Murilo Mendes (1901-1975)
Murilo Monteiro Mendes foi um poeta, prosador e crítico de artes plásticas e fez parte da segunda fase do modernismo.
Entre 1924 e 1929, escreveu para as primeiras publicações modernistas, como a Revista de Antropofagia, de São Paulo, e a Verde, de Cataguases, Minas Gerais.
Em 1930, seu primeiro livro, "Poemas", recebeu o prêmio Graça Aranha. Nessa publicação o autor demonstra a influência do Movimento Modernista dos anos 20, quando aborda temas como o nacionalismo, o folclore, a linguagem coloquial, o humor e a paródia.
Menotti del Picchia (1892-1988)
Menotti Del Picchia foi um poeta, romancista, ensaísta, cronista, jornalista, advogado e político brasileiro. Foi ativista do Modernismo, mas sua obra mais marcante é o poema “Juca Mulato”, mais caracterizada por referências Pré-Modernistas.
O poeta foi um dos articuladores, ativistas e colaboradores da Semana de Arte Moderna de 1922, e abriu a segunda noite do evento, sendo a mais importante tumultuada da Semana.
Em 1960 Menotti recebe o Prêmio Jabuti de Poesia e em 1968 foi agraciado com o título de Intelectual do Ano.
Em 1987, foi inaugurada em Itapira, a Casa Menotti Del Picchia, para preservação do seu acervo.
Raul Bopp (1898-1984)
Raul Bopp foi um poeta, cronista, jornalista e diplomata brasileiro. Seu livro "Cobra Norato" tornou-se uma das maiores realizações do Movimento Antropofágico.
Em 1926 Bopp vai para São Paulo, onde manteve contato com o Grupo Verde Amarelo, de Plínio Salgado, Menotti del Picchia e Cassiano Ricardo. Em 1928, aproximou-se de Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral, integrou o Movimento Antropofágico e tornou-se gerente da Revista de Antropofagia.
Em 1932, Raul Bopp ingressou na carreira diplomática. Viveu em Los Angeles, Suíça, Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre. Chegando ao cargo de embaixador em 1958.
Victor Brecheret (1894-1955)
Victor Brecheret foi um escultor ítalo-brasileiro, considerado o pioneiro e introdutor da arte moderna na escultura brasileira. É o autor da obra “Monumento às Bandeiras” localizado no Parque do Ibirapuera, na capital paulista.
Mesmo ausente, participou da Semana de Arte Moderna de 1922 com a exposição de vinte esculturas no saguão e corredores do Teatro Municipal de São Paulo.
Em 1951 foi premiado na I Bienal de São Paulo, como melhor escultor nacional. No dia 25 de janeiro de 1953 é inaugurado o “Monumento às Bandeiras”, em São Paulo.