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Tarsila do Amaral

Literatura - Manual do Enem
Caroline Fazio Publicado por Caroline Fazio
 -  Última atualização: 27/9/2022

Índice

Introdução

Tarsila do Amaral foi uma artista plástica brasileira reconhecida como uma das pintoras mais importantes da primeira fase do modernismo

A artista não só é lembrada por suas obras importantes nesse período, como foi, junto de outros artistas, quem inaugurou o movimento antropofágico - movimento artístico e cultural de vanguarda que surgiu no Brasil em 1920, e que esteve diretamente ligado à Semana de Arte Moderna de 1922.

Tomaz Silva/Agência Brasil

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Quem foi Tarsila do Amaral?

Tarsila do Amaral nasceu em 1 de setembro de 1886, em Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha de fazendeiro, passou a infância e adolescência com seus pais e irmãos nas fazendas. 

Estudou em São Paulo, no Colégio Sion e depois em Barcelona, na Espanha, onde fez seu primeiro quadro, ‘Sagrado Coração de Jesus’, em 1904.

Ao retornar ao Brasil, casou-se com seu primo materno, o médico André Teixeira Pinto, e com ele teve sua única filha, Dulce. Tarsila se separou logo após o nascimento da filha por conta do conservadorismo de seu marido e voltou a morar com os pais  e a filha na fazenda.

Como começou a carreira da Tarsila do Amaral?

Tarsila iniciou seus estudos artísticos em 1916, com o escultor  William Zadig e Mantovani. No ano seguinte, ela passou a estudar pintura com Pedro Eduardo Borges. 

Em 1920 Tarsila viaja a Paris para continuar a aprender artes, além de desenhar modelos nus. Nesta época também estudou cubismo e foi apresentada a vários artistas como músicos, escultores e pintores. Dentre esses artistas, a pintora fez amizades com os brasileiros Villa Lobos e Di Cavalcanti, entre outros que estavam por lá na mesma época. 

Tarsila Ficou em Paris até junho de 1922 e soube da Semana de Arte Moderna (que aconteceu em fevereiro de 1922) através das cartas da amiga Anita Malfatti.

No ano da Semana de Arte Moderna, Tarsila participou do “Salão Oficial dos Artistas da França” e expôs no Salão de Belas Artes de São Paulo no Palácio das Indústrias. Apesar de já conhecer as tendências de vanguarda, Tarsila só aderiu às ideias modernistas ao voltar ao Brasil. 

Nesse retorno ao Brasil, a artista plástica conheceu Oswald de Andrade, com quem iniciou um relacionamento e também foi introduzida ao grupo dos cinco: Tarsila, Anita, Oswald, e os escritores Mário de Andrade e Menotti Del Picchia criaram um grupo e faziam conferências, eventos, festas e reuniões em São Paulo.

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Tarsila do Amaral pertence a quais movimentos da literatura brasileira?

Em sua carreira, Tarsila viveu várias fases, a primeira foi chamada de Pau-Brasil (1924 a 1928), em que a artista utiliza cores e temas brasileiros junto da exuberância da fauna e da flora do país: ‘Encontrei em Minas as cores que adorava em criança. Ensinaram-me depois que eram feias e caipiras. Mas depois vinguei-me da opressão, passando-as para as minhas telas: o azul puríssimo, rosa violáceo, amarelo vivo, verde cantante, …’.

Em 1926, Tarsila e Oswald casam-se e em 1928 a artista pinta Abaporu, sua obra mais renomada. Essa obra inspirou o Movimento Antropofágico, idealizado por seu marido. A obra, que significa “homem que come homem” em tupi guarani, simboliza as ideias do manifesto antropofágico e do movimento, fundados por Oswald de Andrade.

Em 1929, Tarsila expõe suas obras pela primeira vez no Brasil, neste mesmo ano, com a quebra da bolsa de Nova Iorque, a artista e sua família perdem boa parte de suas riquezas, inclusive as fazendas.

Em 1930, Oswald de Andrade separe-se de Tarsila para casar-se com Patrícia Galvão, conhecida como Pagu. Nesse momento a artista plástica passa a dedicar-se ao trabalho, com o cargo de conservadora da Pinacoteca do estado de São Paulo até o momento da ditadura de Getúlio Vargas, quando ela perde o cargo. 

Em 1930, Tarsila vai para a URSS com seu atual companheiro, o psiquiatra Osório César. Nesse período a pintora passa a se interessar mais pelo pensamento político e social, bem como a causa operária. 

Em 1933, já de volta ao Brasil, Tarsila inicia sua fase mais social, pintando telas como “Operários” e “Segunda classe”. Em meados dos anos 30 a artista também termina sua relação com Osório César e passa a ter um relacionamento com o escritor Luis Martins. 

Em 1950, Tarsila retoma a temática do Pau Brasil com a tela “Fazenda” entre outras. Desde que terminou o namoro com Osório César, ela nunca mais se envolveu com política. 

Tarsila participou da I Bienal de São Paulo em 1951 e teve sala especial na VII Bienal de São Paulo, ela também participou da Bienal de Veneza em 1964. 

Em 1969, a doutora e curadora Aracy Amaral realizou a Exposição, ‘Tarsila 50 anos de pintura’. Sua filha, Dulce, faleceu em 1966. 

Em 1973, Tarsila falece em São Paulo, devido a sua depressão. Consagrada até os dias de hoje, a artista deixou um vasto acervo artistico que até os dias de hoje são expostos em museus de vários países do mundo. 

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Exercício de fixação
Passo 1 de 3
Fuvest - 2005

Sobre este quadro, A Negra, pintado por Tarsila do Amaral em 1923, é possível afirmar que


A Se constituiu numa manifestação isolada, não podendo ser associada a outras mudanças da cultura brasileira do período.
B Representou a subordinação, sem criatividade, dos padrões da pintura brasileira às imposições das correntes internacionais.
C Estava relacionado a uma visão mais ampla de nacionalização das formas de expressão cultural, inclusive da pintura.
D Foi vaiado, na sua primeira exposição, porque a artista pintou uma mulher negra nua, em desacordo com os padrões morais da época.
E Demonstrou o isolamento do Brasil em relação à produção artística da América Latina, que não passara por inovações.
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