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Oswald de Andrade

Literatura - Manual do Enem
Laisa Ribeiro Publicado por Laisa Ribeiro
 -  Última atualização: 28/7/2022

Índice

Introdução

Quando se pensa em Semana de Arte Moderna e modernismo, logo se pensa em Oswald de Andrade, afinal, ele teve um papel importante de liderança nesses marcos da história brasileira. Vem com a gente conhecer um pouco mais da história do homem que escreveu os dois manifestos mais famosos do nosso país!

Quem foi Oswald de Andrade?

Ele foi um escritor paulista da primeira fase do modernismo brasileiro. Além disso, tinha formação em Direito e era jornalista.

Em suas viagens para a Europa entrou em contato com as vanguardas europeias e trouxe essa influência para o movimento artístico modernista.

Ao lado de nomes como Mário de Andrade e Tarsila do Amaral – com quem se casou –, idealizou e organizou a Semana de Arte Moderna, em 1922. Evento que ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo e chocou a elite burguesa com a arte moderna que surgia naquela época.

Em 1929, após se separar de Tarsila do Amaral e cortar relações com o amigo Mário de Andrade, ele se casa com a militante comunista e também escritora, Patrícia Galvão, também conhecida como Pagu. Do período de 1931 até 1945, Oswald de Andrade foi militante do Partido Comunista.

Manifestos

Oswald de Andrade foi o responsável por colocar todas as ideias do modernismo brasileiro no papel. O resultado foi a criação de dois manifestos muito importantes: o Manifesto Pau-Brasil e o Manifesto Antropofágico.

No Manifesto Pau-Brasil é possível encontrar as ideias de que a poesia nacional deveria ser um produto de exportação, assim como o pau-brasil fora para o Brasil colonial.

Dessa forma, a poesia deveria ser essencialmente brasileira, com muitos elementos nacionais e uma valorização da cultura.

O Manifesto Antropofágico, por sua vez, aproveita-se da palavra “antropofagia” – que significa se alimentar das partes de outro ser humano –, para criar uma metáfora de como a arte brasileira deveria lidar com a arte de outros lugares.

Para Oswald de Andrade, cultura nacional deveria focar em seus próprios elementos, mas não deveria se isolar. A arte brasileira deveria se valorizar, mas também assimilar o que havia de bom nas culturas estrangeiras – a europeia, principalmente –, e trazer essas características alheias para si, como se estivessem se alimentando delas.

Serafim Ponte Grande

Serafim Ponte Grande é um romance escrito em 1933 e tipicamente modernista: seus capítulos são curtos e ágeis, a linguagem é coloquial e São Paulo, centro urbano brasileiro, é abordada com muitos detalhes.

O romance conta a história de Serafim, um moço que vive em São Paulo e viaja pelo mundo. Apesar de ser burguês, ele critica a hipocrisia de sua classe e se torna um personagem angustiado, também hipócrita e decepcionado com a vida.

O livro faz diversas críticas à sociedade paulistana da época, principalmente à elite.

O Rei da vela

A participação de Oswald de Andrade no mundo do teatro foi grande. Peças como O homem e o cavalo e A morta ficaram muito conhecidas na década de 1930.

Sua peça mais famosa foi O rei da vela, que, apesar de ter sido escrita em 1929, só foi levada aos palcos entre 1967 a 1968, em plena ditadura militar. A obra gerou muita repercussão, uma vez que o autor critica a sociedade vorazmente na peça. Os personagens, membros de uma aristocracia rural e da burguesia, são seres decadentes e imorais.

Poesia

O trabalho de Oswald de Andrade enquanto poeta também é notável. Ele soube como trabalhar as influências das vanguardas europeias – como o cubismo, por exemplo – dentro de suas poesias.

Suas poesias normalmente tem um senso de humor aguçado e um tom cômico.

O modernismo queria falar de um jeito mais coloquial, mais próximo do cotidiano dos indivíduos. Logo, o movimento literário rejeitava qualquer tipo de norma ou forma culta da escrita, como o uso de pontuações. Veja o exemplo no poema a seguir:

Pronominais

Dê-me um cigarro

Diz a gramática

Do professor e do aluno

E do mulato sabido

Mas o bom negro e o bom branco

Da Nação Brasileira

Dizem todos os dias

Deixa disso camarada

Me dá um cigarro

Conclusão

Oswald de Andrade tem uma obra vasta abrangendo manifestos, prosa, dramaturgia e poesia. Sua importância foi vital na construção do modernismo brasileiro e, para entender esse movimento, é essencial entender a obra do autor.

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
Enem/2013

O poema de Oswald de Andrade remonta à ideia de que a brasilidade está relacionada ao futebol. Quanto à questão da identidade nacional, as anotações em torno dos versos constituem:

A Direcionamentos possíveis para uma leitura crítica de dados histórico-culturais.
B Forma clássica da construção poética brasileira.
C Rejeição à ideia do Brasil como o país do futebol.
D Intervenções de um leitor estrangeiro no exercício de leitura poética.
E Lembretes de palavras tipicamente brasileiras substitutivas das originais.
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