Quanto custa uma escola cívica-militar?
As escolas cívica-militares são gratuitas para os estudantes, ou seja, não há custo nenhum. Há algumas exigências, como o uso de fardas, mas esses também são custeados pelo governo.
Em algumas unidades, há a Associação de Pais e Mestres, pela qual os responsáveis podem fazer a doação de algum valor para ajudar no custeamento de alguns itens, mas a contribuição é voluntária.
Escolas com bolsas de estudos
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As escolas militares são melhores do que as escolas estaduais?
Em geral, as escolas militares possuem um desempenho melhor no Ideb do que as escolas públicas, com uma nota de 6,9 para as primeiras e uma nota de 4,9 para as segundas .
Nesse sentido, elas proporcionam um ensino de melhor qualidade. Especialistas, no entanto, dizem esse desempenho é o resultado do valor investido pelo governo, já que o aluno de um colégio militar custa, em média, R$ 19 mil por ano, enquanto o da escola pública custa em torno de R$ 6 mil.
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Quem pode estudar em um colégio cívico-militar?
Qualquer estudante do Fundamental 2 ou do Ensino Médio pode prestar a prova para ingressar na escola, mas somente os aprovados poderão se matricular, de acordo com o número de vagas disponíveis.
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Quais são os prós e contras da escola cívico-militar?
Segundo especialistas, um dos maiores problemas da escola cívico-militar é o alto custo do modelo e a dificuldade dele ser replicado em grande escala.
Em um universo de mais de 68 mil escolas públicas que oferecem o Fundamental 2 e o Ensino Médio, segundo dados do Censo Escolar 2018, o governo pretende levar o modelo a mais de 200 unidades, não sendo, portanto, uma política universal para a Educação Básica.
Além disso, o processo seletivo para a matrícula dos alunos acaba sendo excludente para alunos de baixa renda ou que estão em situação de vulnerabilidade social, ao contrário da escola pública tradicional, que atende a todos.
A favor do modelo, está o bom desempenho das escolas no Ideb e no Enem, além da sensação de segurança e de disciplina, que costumam ser elogiadas por pais e alunos.
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Como é o modelo das escolas cívico-militares?
O governo anterior pretendia instalar 216 unidades até 2023. Para que a escola adote o modelo, ela precisa se candidatar. Ele disse que seriam priorizados os colégios com mau desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que mede a qualidade de escolas públicas, e que estejam em áreas de vulnerabilidade social.
Em relação às regiões do país, a Norte é a que mais teria escolas cívico-militares, 19 unidades, de acordo com a lista dos municípios contemplados. A região Sul teria 12 escolas; a Centro-oeste, 10; a Nordeste, oito, e a Sudeste, cinco.
Escolas com bolsas de estudos
Confira a lista das cidades escolhidas por estado, de acordo com o MEC:
Em 2019, quando surgiu a pauta do programa, o MEC listou os seguintes estados e cidades que teriam as instituições de ensino cívico-militares. Veja a seguir quais são elas:
- Acre: Cruzeiro do Sul e Senador Guiomard
- Amapá: duas escolas em Macapá
- Amazonas: duas escolas em Manaus e outra indicação do estado
- Pará: Ananindeua, Santarém e duas escolas em Belém
- Rondônia: Alta Floresta d’Oeste, Ouro Preto do Oeste e Porto Velho
- Roraima: Caracaraí e Boa Vista
- Tocantins: Gurupi, Palmas e Paraíso
- Alagoas: Maceió
- Bahia: Feira de Santana
- Ceará: Sobral e Maracanaú
- Maranhão: São Luís
- Paraíba: João Pessoa
- Pernambuco: Jaboatão dos Guararapes
- Rio Grande do Norte: Natal
- Distrito Federal: Santa Maria e Gama
- Goiás: Águas Lindas de Goiás, Novo Gama e Valparaíso
- Mato Grosso: duas escolas em Cuiabá
- Mato Grosso do Sul: Corumbá e duas escolas em Campo Grande
- Minas Gerais: Belo Horizonte, Ibirité e Barbacena
- Rio de Janeiro: Rio de Janeiro
- São Paulo: Campinas
- Paraná: Curitiba, Colombo, Foz do Iguaçu e outra indicação do estado
- Rio Grande do Sul: Alvorada, Caxias do Sul, Alegrete e Uruguaiana
- Santa Catarina: Biguaçu, Palhoça, Chapecó e Itajaí
Os estados do Piauí, Espírito Santo e Sergipe não participaram da seleção do MEC, por isso, as suas cidades não constam na lista.
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