Fungos como vilões: a pandemia de The Last of Us pode acontecer de verdade?
Fungos que transformam pessoas em zumbis. Conheça o fungo que inspirou a série e descubra se hoje, essa realidade pode acontecer!
Dez anos depois do lançamento do jogo, The Last of Us furou a bolha do mundo gamer com a estreia da adaptação para série pela HBO, em janeiro de 2023.
Com um tema pandêmico e apocalíptico, criado por Bruce Straley e Neil Druckmann, a trama envolve uma variante do fungo Cordyceps que consegue transformar pessoas em “zumbis”. Agora, biologicamente, será que isso pode acontecer no mundo real?
Como os fungos são explicados na série?
Mesmo dentro da ficção, a trama mostra como esses seres são capazes de mudar completamente a natureza ao seu redor em busca de sobrevivência e proliferação.
Isso porque o jogo que originou a série foi baseado em pesquisas científicas reais sobre a capacidade que esses fungos têm de infectar e controlar seus hospedeiros.
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A disseminação, por exemplo, acontece através da liberação de esporos que são ingeridos ou inalados por outros organismos, forma pela qual esses seres conseguem se multiplicar e manter sua existência.
Além disso, The Last of Us também explora a relação entre os fungos e outros organismos no ecossistema, mostrando como eles podem afetar a cadeia alimentar e os ciclos biogeoquímicos.
Qual o efeito do fungo na série?
Na história, a contaminação pelos fungos é tão complexa que existem estágios diferentes para a infecção em cada pessoa. Tudo isso dependendo do tempo e local de contágio.
Uma vez infectado, o indivíduo tem seu sistema respiratório e nervoso comprometido pelo fungo, que passa a controlar suas ações transformando-o em uma espécie de “zumbi”, que busca atacar e infectar mais pessoas.
As formas de proliferação do Cordyceps na série acontecem através de esporos liberados pelo próprio fungo, num estágio mais natural, ou através de mordidas e arranhões causados pelos infectados.
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Uma pandemia de “fungos zumbis” é possível?
O parasita fúngico, Ophiocordyceps unilateralis (Cordyceps), realmente consegue infectar e controlar seus hospedeiros, como ocorre com as formigas, por exemplo. Porém, felizmente, essa realidade dentro das pessoas ainda é impossível.
Este parasita, por mais que tenha uma grande capacidade de adaptação, não consegue se proliferar em temperaturas perto dos 37ºC, comum nos seres humanos. Além disso, o sistema imunológico e nervoso dos humanos é mais desenvolvido que os dos insetos, proporcionando uma barreira protetora potente contra o “fungo controlador de mentes”.
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Contudo, segundo o Instituto Butantan “A mutação, que altera a estrutura do material genético (DNA ou RNA), é um fenômeno comum em todos os organismos”, um fator importante na proliferação e contaminação de seres como vírus, bactérias e fungos.
Portanto, os fungos ainda não são grandes vilões dos humanos, como The Last of Us mostra, e a possibilidade de uma pandemia através do Cordyceps, transformando as pessoas em “zumbis”, ainda é impossível.
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