Leituras obrigatórias Fuvest 2025: veja quais livros irão cair
Quer saber o que cai na Fuvest 2025 quando o assunto é leitura obrigatória? Fique de olho na lista para este ano e em algumas dicas.
Quer saber o que cai na Fuvest 2025 quando o assunto é leitura obrigatória? Fique de olho na lista para este ano e em algumas dicas.
A Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest) já divulgou a lista de leituras obrigatórias para o vestibular de 2025, mantendo obras clássicas da literatura brasileira e introduzindo novos títulos que prometem desafiar e enriquecer o repertório dos candidatos.
Para os estudantes que pretendem prestar o vestibular da Universidade de São Paulo (USP), a leitura atenta e a análise crítica desses livros são fundamentais não apenas para a prova de literatura, mas também para a redação e outras áreas do conhecimento.
A seguir, confira a lista completa dos livros que irão cair no vestibular Fuvest 2025 e comece já a se preparar para o exame.
Lista de livros obrigatórios para a Fuvest 2025
Segundo a divulgação oficial da USP, os livros de leitura obrigatória para o vestibular de 2025 da Fuvest são:
- Marília de Dirceu – Tomás Antônio Gonzaga
- Quincas Borba – Machado de Assis
- Os ratos – Dyonélio Machado
- Alguma poesia – Carlos Drummond de Andrade
- A Ilustre Casa de Ramires – Eça de Queirós
- Nós matamos o cão tinhoso! – Luís Bernardo Honwana
- Água Funda – Ruth Guimarães
- Romanceiro da Inconfidência – Cecília Meireles
- Dois irmãos – Milton Hatoum
Em comparação com os anos anteriores do vestibular, a grande mudança é a inserção das obras “Os ratos” de Dyonélio Machado, “A Ilustre Casa de Ramires” de Eça de Queirós e “Água Funda”, de Ruth Guimarães.
Outras obras que entraram na ediçaõ de 2024 continuam, como “Marília de Dirceu”, de Tomás Antônio Gonzaga. Inclusive, esta obra, é considerada um dos símbolos do Arcadismo no Brasil, uma época ditada pela influência da razão e da ciência. Confira mais sobre a obra abaixo!
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Curiosidades sobre “Marília de Dirceu”, de Tomás Antônio Gonzaga
Desde o ano passado, Marília de Dirceu compõe a lista de leituras obrigatórias da Fuvest, que seleciona candidatos para estudar na Universidade de São Paulo (USP).
Marília de Dirceu é uma das mais importantes produções da literatura brasileira. Dividida em três partes e composta sobretudo por liras, a obra retrata a história de um amor não concretizado. Os poemas abordam a visão idealizada que o eu-lírico tem da mulher amada, Marília, e apresentam diversas características da poesia árcade, como a paisagem bucólica, o pastoralismo e o culto à natureza.
Na última edição da prova, uma das questões dissertativas perguntava as semelhanças entre a Lira X, do livro de Gonzaga, e o quadro O embarque para a ilha de Citera, do pintor Antoine Watteau, veja:
“Como todo grande clássico escrito em séculos passados, sua leitura pode ser desafiadora para quem está no período escolar ou se preparando para os vestibulares, mas é importante que seja estimulada e contextualizada”, destaca a coordenadora de literatura e informativos da SOMOS Educação, Laura Vecchioli do Prado.
Além de uma leitura orientada, outro fator que pode instigar a imersão em “Marília de Dirceu” é conhecer algumas curiosidades sobre a obra-prima de Tomás Antônio Gonzaga. Confira!
1- “Marília de Dirceu” inspirou o nome de uma cidade brasileira
A 438 quilômetros da capital paulista fica Marília, cidade conhecida como a capital nacional do alimento. Seu fundador, Bento de Abreu Sampaio Vidal, leu a obra de Gonzaga em uma viagem para a Europa e decidiu nomear o município em homenagem à personagem.
2- A obra é inspirada em fatos da vida do autor
Quando foi preso, o poeta estava noivo de Maria Dorotéia Joaquina de Seixas, jovem pertencente a uma das principais famílias da capital mineira. A noiva, que foi inspiração para a criação da personagem Marília, também era militante da emancipação do Brasil. No entanto, o casal nunca pôde viver junto, pois Gonzaga, após ter sido preso no Rio de Janeiro, foi degredado para Moçambique, onde morreu anos mais tarde.
3- Foi o primeiro livro impresso em território nacional
Alguns historiadores afirmam que essa foi a primeira obra publicada no Brasil, sendo lançada em 1812, no Rio de Janeiro, e impressa nas oficinas da Imprensa Régia de D. João VI.
4- Marília virou selo dos Correios
Em 1967, Marília esteve entre as homenageadas de uma edição de selos comemorativos lançada pelos Correios do Brasil, a série “Mulheres Famosas do Brasil”. Ela foi a única personagem fictícia que recebeu a homenagem, ao lado de mulheres reais que se destacaram na história brasileira, como Anita Garibaldi e Ana Neri.
5- É uma obra elogiada por pessoas referenciais na literatura
Ao ler a obra-prima de Gonzaga, o poeta Manuel Bandeira registrou que “nenhum poema, a não ser Os Lusíadas, tem tido tão numerosas edições”. Além disso, Marília de Dirceu era o livro de cabeceira do poeta João de Deus e foi considerada um dos “primores da nossa literatura colonial” por José Veríssimo, principal idealizador da Academia Brasileira de Letras.
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