As maiores representatividades de pessoas com deficiência nas universidades do Brasil
No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, veja as universidades públicas e privadas com as maiores taxas de representatividade de alunos com deficiência do país
Dentro de um universo de 8,45 milhões de estudantes em faculdades, apenas 43.633 pessoas com deficiência estão inseridas no Ensino Superior brasileiro. Esse número representa somente 0,5% do total de alunos do país.
Os dados são do Censo da Educação Superior de 2018, divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) e consultados pelo Quero Bolsa*, plataforma de inclusão de estudantes no Ensino Superior.
Em 2010, a taxa era 0,3% (19.818 alunos). Apesar do número de estudantes com deficiência crescer em mais de 120% na década, a taxa de representatividade continua bem inferior à parcela da população brasileira com esse perfil.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 6,2% dos brasileiros têm algum tipo de deficiência, seja ela auditiva, física, intelectual ou visual. O levantamento foi feito em 2015 pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), do IBGE com o Ministério da Saúde.
Segundo o IBGE, a deficiência que mais ocorre entre os brasileiros é a visual, que atinge 3,6% da população. Mas entre os universitários, a mais representativa é a deficiência física. Entre os estudantes com deficiência, 35,9% são pessoas com deficiência física.
Universidades com maior representatividade de pessoas com deficiência do Brasil
Apenas 51 universidades brasileiras que possuem mais de 5 mil alunos matriculados possuem 1% ou mais de estudantes com alguma deficiência: são 36 instituições públicas e 15 privadas.
A instituição que mais se aproxima à taxa nacional é o Instituto Federal da Paraíba (IFPB), onde 4,1% dos seus mais de 10 mil estudantes têm alguma deficiência. Em seguida, aparece a Universidade Federal do Acre (Ufac), com 3,9% de representatividade.
Em terceiro e quarto na lista, aparecem a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e a Universidade Federal de Alagoas (Ufal). com 2,9% e 2,6% de estudantes com deficiência respectivamente. Fecha as cinco primeiras a Universidade Estadual de Maringá (UEM), com a taxa de 2,5%.
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Veja a lista das universidades públicas com maior representatividade de alunos com deficiência:
As universidades privadas com maior taxa de alunos com deficiência:
A primeira universidade privada a aparecer nessa lista é o Centro Universitário Hermínio Ometto (Uniararas), onde 2% do seu quadro de estudantes é composto por pessoas com deficiência (260 alunos). Em seguida, o Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau) de João Pessoa, na Paraíba, é destaque, com 1,7% de alunos com deficiência.
O Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) e o Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz (FAG) aparecem em terceiro e quarto, com representatividade de 1,6% e 1,3%, respectivamente. Fecha o top 5 o Centro Universitário FIAM FAAM. Veja a lista abaixo:
Rank. |
Universidades |
Alunos com deficiência |
% |
1 | Centro Universitário Herminio Ometto (Uniararas) | 260 | 2,0% |
2 | Centro Universitário Uninassau João Pessoa | 99 | 1,7% |
3 | Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) | 877 | 1,6% |
4 | Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz (FAG) | 106 | 1,3% |
5 | Fiam-Faam – Centro Universitário | 97 | 1,2% |
6 | Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA) | 67 | 1,2% |
7 | Universidade Paranaense (Unipar) | 188 | 1,1% |
8 | Universidade do Vale do Taquari (Univates) | 91 | 1,1% |
9 | Universidade Salgado de Oliveira (Universo) | 373 | 1,1% |
10 | Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás) | 225 | 1,0% |
11 | Universidade Positivo (UP) | 278 | 1,0% |
12 | Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó) | 70 | 1,0% |
13 | Faculdade Anhanguera de São José dos Campos | 54 | 1,0% |
14 | Centro Universitário Leonardo Da Vinci (Uniasselvi) | 2005 | 1,0% |
15 | Faculdade Anhanguera De Brasília | 60 | 1,0% |
– Alunos com algum tipo de deficiência declarados no Censo de 2018.
– A Revista Quero incluiu as universidades com mais de 5.000 alunos matriculados, segundo o MEC.
– Foram incluídos apenas os estudantes matriculados, ou seja, com o status “Cursando” e “Formado” apresentado no Censo de 2018.
*Elaboração dos dados: Heitor Facini/Quero Bolsa.
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