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Células gaméticas: entenda o processo de reprodução

Biologia - Manual do Enem
Barbara  Mello Publicado por Barbara Mello
 -  Última atualização: 26/4/2024

Índice

Introdução

Células gaméticas são essenciais para a reprodução sexual, atuando como os principais veículos para a transmissão de material genético entre gerações. Essas células, conhecidas como gametas, incluem espermatozoides nos machos e óvulos nas fêmeas. Sua função primordial é garantir a diversidade genética através da combinação de DNA de dois indivíduos, o que é fundamental para a adaptação e evolução das espécies.

Dentro do campo da biologia celular, o estudo das células gaméticas envolve compreender sua estrutura, função e o processo de sua formação, chamado gametogênese. Este conhecimento é crucial não apenas para a biologia, mas também tem aplicações práticas em medicina reprodutiva e tecnologias de fertilização.

Ao explorar como essas células funcionam e interagem durante a fertilização, os cientistas podem desenvolver melhores técnicas de tratamento para a infertilidade e entender melhor as bases genéticas das doenças.

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O que são células gaméticas?

Células gaméticas, ou gametas, são células especializadas envolvidas no processo de reprodução sexual. Diferentemente das células somáticas que compõem a maior parte do corpo, os gametas carregam apenas metade do material genético necessário para formar um novo organismo.

Essa característica única permite que, quando dois gametas se unem durante a fertilização, formem um embrião com um conjunto genético completo. Essencialmente, os gametas são a base da diversidade genética, facilitando a combinação de genes de dois indivíduos diferentes.

Estrutura e tipos de gametas

Os gametas existem em duas formas principais: espermatozoides e óvulos, que são produzidos por machos e fêmeas, respectivamente. Cada tipo de gameta possui características estruturais e funcionais distintas adaptadas à sua função na reprodução.

  • Espermatozoides: São gametas masculinos, caracterizados por serem pequenos e ágeis, com uma forma aerodinâmica que facilita a movimentação rápida através do trato reprodutivo feminino. A principal função do espermatozoide é transportar o material genético até o óvulo, para isso, possui uma cauda longa e móvel chamada flagelo, que impulsiona a célula.

Diagrama de um espermatozoide humano

Diagrama de um espermatozoide humano. (Fonte: NunoAgostinho, Public domain, via Wikimedia Commons)

  • Óvulos: São as células gaméticas femininas, significativamente maiores que os espermatozoides e contêm nutrientes suficientes para sustentar o desenvolvimento inicial do embrião. O óvulo é geralmente esférico e não possui capacidade de movimento próprio. Sua estrutura é projetada para otimizar a fusão com um espermatozoide e iniciar os processos de desenvolvimento embrionário.

Ilustração óvulo e espermatozóide humano
Ilustração óvulo e espermatozóide humano. (Fonte: Christinelmiller, CC0, via Wikimedia Commons)

Onde os gametas são produzidos?

Os gametas são produzidos nos órgãos reprodutivos dos organismos. Em seres humanos e em muitos outros animais, essa produção ocorre nos testículos, órgãos responsáveis pela produção de espermatozoides, e nos ovários, responsáveis pela produção de óvulos. Nos testículos, as células germinativas passam por um processo conhecido como espermatogênese, no qual se diferenciam em espermatozoides. Já nos ovários, o processo é chamado de oogênese, resultando na formação de óvulos.

Função das células gaméticas

As células gaméticas desempenham um papel crucial na reprodução sexual, sendo responsáveis pela transferência de material genético de uma geração para outra. Esta transferência não apenas permite a continuidade das espécies, mas também introduz variação genética, que é essencial para a adaptação e evolução biológica.

Os gametas masculino e feminino, cada um contendo metade do número usual de cromossomos de uma célula somática, se fundem para formar um zigoto, que possui um conjunto completo de cromossomos.

Fertilização e reprodução

O processo de fertilização inicia quando um espermatozoide e um óvulo se encontram e se fundem, um evento que combina o material genético de ambos os pais e dá início ao desenvolvimento de um novo indivíduo. Este processo ocorre em várias etapas:

  1. Encontro dos gametas: O espermatozoide deve percorrer o trato reprodutivo feminino, guiado por sinais químicos, até alcançar o óvulo.

  2. Penetração do óvulo: Ao encontrar o óvulo, o espermatozoide usa enzimas armazenadas em uma estrutura chamada acrossomo, na cabeça do espermatozoide, para penetrar a camada externa do óvulo, conhecida como zona pelúcida.

  3. Fusão das membranas: Uma vez que o espermatozoide atravessa a zona pelúcida, as membranas do espermatozoide e do óvulo se fundem, permitindo que o material genético do espermatozoide entre no óvulo.

  4. Formação do zigoto: Com a entrada do DNA do espermatozoide, os núcleos dos dois gametas se aproximam e fundem-se, formando o zigoto. Esse zigoto então começa a se dividir, dando origem a um embrião.

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Gametogênese: o processo de formação dos gametas

Gametogênese é o processo biológico através do qual os gametas são formados nos organismos sexuados. Esse processo assegura que cada gameta contenha exatamente metade do número de cromossomos de células somáticas, essencial para a manutenção do número de cromossomos de uma espécie após a fertilização.

A gametogênese ocorre de maneiras distintas em machos e fêmeas, conhecidas como espermatogênese e oogênese, respectivamente.

Espermatogênese

A espermatogênese é o processo de formação de espermatozoides, iniciando-se na puberdade e continuando ao longo da vida do homem. O processo ocorre nos túbulos seminíferos dos testículos e inclui várias fases:

  1. Proliferação e crescimento: As células germinativas primordiais no testículo proliferam por mitose, formando espermatogônias. Algumas dessas células entram em uma fase de crescimento e se transformam em espermatócitos primários.

  2. Meiose I: Os espermatócitos primários sofrem a primeira divisão meiótica para formar dois espermatócitos secundários, cada um com metade do número de cromossomos.

  3. Meiose II: Cada espermatócito secundário divide-se novamente, resultando em espermátides, que ainda precisam passar por um processo de maturação.

  4. Espermiogênese: As espermátides amadurecem para se tornar espermatozoides completamente formados, com uma cabeça contendo o material genético, uma cauda para locomoção e o acrossoma que ajudará na penetração do óvulo.

Esquema espermatogênese: Espermatogônio (2n) sofre mitose originando dois espermatócitos primários
Esquema espermatogênese: Espermatogônio (2n) sofre mitose originando dois espermatócitos primários. Um desses espermatócitos sofre meiose, gerando inicialmente 2 espermatócitos secundários e ao final do processo, quatro espermátides (1n). As espermátides vão passar por um processo de espermiogênese para maturação, e assim os espermatozóides estão prontos para a fecundação. (Fonte OpenStax College, CC BY 3.0 <https://creativecommons.org/licenses/by/3.0>, via Wikimedia Commons)

Oogênese

A oogênese é o processo pelo qual os óvulos são produzidos e é muito diferente da espermatogênese devido às suas peculiaridades temporais e quantitativas:

  1. Início na vida fetal: Diferente dos homens, as mulheres começam a produzir seus gametas ainda como fetos. As oogônias multiplicam-se por mitose e transformam-se em oócitos primários que entram em meiose I e são interrompidos na prófase I até a puberdade.

  2. Meiose I: A cada ciclo menstrual, um oócito primário completa a meiose I, dividindo-se em um grande oócito secundário e um pequeno corpo polar que geralmente degenera.

  3. Meiose II: O oócito secundário só completa a meiose II se ocorrer fertilização, resultando em um óvulo maduro e outro corpo polar.

Esquema oogênese
Esquema oogênese: Oocito primário (2n) sofre meiose gerando um óvulo maduro (1n)  e quatro corpos polares (1n). (Fonte: Henry Vandyke Carter, Public domain, via Wikimedia Commons)

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Quais organismos produzem gametas?

Diversos organismos, desde os mais simples até os mais complexos, produzem gametas como parte essencial do seu ciclo de reprodução. Em plantas, por exemplo, os gametas masculinos são produzidos nos grãos de pólen, enquanto os femininos estão presentes nos óvulos contidos nas estruturas reprodutivas das flores.

Em animais aquáticos, como peixes, a produção de gametas ocorre em estruturas semelhantes aos testículos e ovários dos mamíferos terrestres, sendo essenciais para a reprodução e perpetuação da espécie.

Nos organismos multicelulares, a produção de gametas é uma característica distintiva dos órgãos reprodutivos, permitindo a continuidade da espécie por meio da fecundação e formação de novos indivíduos.

A diversidade na forma como os gametas são produzidos reflete a variedade de estratégias evolutivas desenvolvidas ao longo do tempo, adaptando-se às diferentes necessidades e ambientes dos organismos. A produção de gametas é, portanto, um processo fundamental para a manutenção da biodiversidade e a sobrevivência das espécies no planeta.

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Quando adquirimos frutas no comércio, observamos com mais frequência frutas sem ou com poucas sementes. Essas frutas têm grande apelo comercial e são preferidas por uma parcela cada vez maior da população. Em plantas que normalmente são diploides, isto é, apresentam dois cromossomos de cada par, uma das maneiras de produzir frutas sem sementes é gerar plantas com uma ploidia diferente de dois, geralmente triploide. Uma das técnicas de produção dessas plantas triploides é a geração de uma planta tetraploide (com 4 conjuntos de cromossomos), que produz gametas diploides e promove a reprodução dessa planta com uma planta diploide normal. A planta triploide oriunda desse cruzamento apresentará uma grande dificuldade de gerar gametas viáveis, pois como a segregação dos cromossomos homólogos na meiose I é aleatória e independente, espera-se que

A os gametas gerados sejam diploides.
B as cromátides irmãs sejam separadas ao final desse evento.
C o número de cromossomos encontrados no gameta seja 23.
D um cromossomo de cada par seja direcionado para uma célula filha.
E um gameta raramente terá o número correto de cromossomos da espécie
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