O ciclo do nitrogênio é composto por cinco etapas principais: fixação, nitrificação, nitrosação, amonificação e desnitrificação. Cada uma delas envolve reações químicas específicas e a atuação de diferentes bactérias do solo.
Essas transformações garantem a conversão do nitrogênio atmosférico em compostos essenciais ao crescimento vegetal e, por consequência, à nutrição dos demais seres vivos.
Fixação biológica do nitrogênio
A fixação é a primeira etapa do ciclo e ocorre quando o nitrogênio gasoso (N₂), presente na atmosfera, é transformado em amônia (NH₃) por bactérias fixadoras, como as do gênero Rhizobium. Essas bactérias vivem em associação com raízes de plantas leguminosas, como o feijão e o amendoim, formando nódulos radiculares.
Além da fixação biológica, também existem formas físicas (descargas elétricas durante tempestades) e industriais (processo Haber-Bosch) de converter o nitrogênio atmosférico em compostos nitrogenados.
Nitrificação e nitrosação
Na sequência, ocorre a nitrificação — uma transformação em duas fases:
O nitrato é a forma mais assimilável pelas plantas, sendo absorvido pelas raízes e utilizado na produção de proteínas e outros compostos essenciais.
Amonificação
Quando plantas e animais morrem ou excretam resíduos, a matéria orgânica é decomposta por bactérias e fungos decompositores. Durante essa etapa, chamada de amonificação, os compostos nitrogenados presentes nos restos orgânicos são transformados em amônia, que pode ser reutilizada no ciclo.
Desnitrificação
A última etapa do ciclo é a desnitrificação, realizada por bactérias anaeróbias, como as do gênero Pseudomonas. Elas convertem nitrato e nitrito de volta em nitrogênio molecular (N₂), liberando-o novamente para a atmosfera. Essa etapa fecha o ciclo e evita o acúmulo excessivo de compostos nitrogenados no solo.