Daltonismo
A incapacidade de distinguir cores é chamada de daltonismo e é determinado por um alelo recessivo (d) presente no cromossomo X, sendo que a visão normal corresponde ao alelo dominante (D). Dessa forma, os genótipos e fenótipos possíveis a respeito desses alelos são:
- XDXD: indivíduo feminino de visão normal;
- XDXd: indivíduo feminino de visão normal, porém, portador do alelo recessivo;
- XdXd: indivíduo feminino daltônico;
- XDY: indivíduo masculino de visão normal;
- XdY: indivíduo masculino daltônico.
Dessa forma, para um indivíduo do sexo biológico masculino apresentar o daltonismo, basta apenas apresentar o alelo Xd, enquanto indivíduos do sexo biológico feminino precisam apresentar dois alelos recessivos para o daltonismo, embora, mesmo tendo visão normal, possam ser heterozigotos (XDXd), e assim, transmitir a característica do daltonismo para seus descendentes.
Figura presente no teste de Ishihara. Pessoas com visão normal conseguem enxergar o número 74 e pessoas daltônicas apresentam dificuldades em enxergar
Hemofilia
A hemofilia é uma patologia caracterizada pela dificuldade de coagulação sanguínea, e o tipo A dessa patologia é devido a uma herança genética ligada ao sexo que gera a incapacidade genética de produzir o fator VIII necessário para a síntese de protrombina, proteína responsável por converter o fibrinogênio em fibrina, produto final da coagulação.
A hemofilia do tipo A é condicionada pelo alelo recessivo h presente no cromossomo X, enquanto o alelo dominante H condiciona a coagulação normal do sangue. Dessa forma, indivíduos do sexo biológico feminino só são hemofílicos se apresentarem dois alelos recessivos para a característica, enquanto indivíduos do sexo biológico masculino podem ser hemofílicos apresentando apenas um alelo recessivo.
- XHXH: indivíduo feminino de coagulação normal;
- XHXh: indivíduo feminino de coagulação normal, porém, portador do alelo recessivo;
- XhXh: indivíduo feminino hemofílico;
- XHY: indivíduo masculino de coagulação normal;
- XhY: indivíduo masculino hemofílico.
A hemofilia atualmente é tratada por meio do fator VIII produzido por engenharia genética e receitado aos portadores.
Um pai de coagulação normal e uma mulher também de coagulação normal, mas portadora do gene que condiciona a hemofilia do tipo A, podem gerar descendentes de coagulação normal e descendentes hemofílicos