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Dança Afro-Brasileira: herança cultural, identidade e resistência no Brasil

Conhecimento Geral - Manual do Enem
Amanda dos Santos Nonato Publicado por Amanda dos Santos Nonato
 -  Última atualização: 28/5/2025

Introdução

A dança afro-brasileira é uma das formas mais expressivas da herança cultural afrodescendente no Brasil. Ela é uma fusão de ritmos, movimentos e símbolos que transcendem a dança como simples performance, sendo, na verdade, uma poderosa forma de resistência, identidade e preservação das tradições ancestrais.

As manifestações culturais, como a capoeira e o maracatu, trazem à tona a resistência do povo negro frente à opressão histórica e a importância de manter viva a conexão com suas raízes africanas.

Essa dança não só é relevante para compreender a história do Brasil, mas também é um tema de grande importância para quem está se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). 

Ao entender a dança afro-brasileira, o estudante é levado a refletir sobre a identidade cultural e os processos históricos que envolvem a formação do país. Neste artigo, vamos explorar as origens da dança afro-brasileira, seus principais estilos e como ela continua sendo uma expressão de resistência e celebração até os dias de hoje.

Capoeiristas executam movimentos acrobáticos, destacando a expressão cultural da dança afro-brasileira.

Índice

Origem da dança afro-brasileira

A dança afro-brasileira tem suas raízes nas práticas culturais dos africanos trazidos para o Brasil durante o período de escravidão. Esses africanos, provenientes de diversas regiões do continente africano, trouxeram com eles ritmos e danças que, ao longo do tempo, se fundiram com as tradições indígenas e europeias, criando uma forma única de expressão cultural.

A dança, que inicialmente servia como uma forma de resistência e preservação das culturas africanas, resistiu ao tempo e se manteve presente mesmo em tempos de opressão. 

Durante a escravidão, os negros utilizavam a dança não apenas como uma forma de comunicação, mas também como um meio de manter viva a ligação com suas raízes ancestrais, o que ajudava a criar um sentido de identidade e comunidade. 

A capoeira, por exemplo, surgiu como uma forma de luta disfarçada de dança, simbolizando a resistência do povo negro à escravidão e à opressão.

Principais danças afro-brasileiras

Entre as principais danças afro-brasileiras, destacam-se o maracatu, a capoeira e as danças praticadas no candomblé, cada uma com suas características e significados próprios, mas todas com a mesma raiz de resistência e expressão cultural.

Maracatu

Originário do estado de Pernambuco, o maracatu é uma dança que mistura influências africanas e indígenas. A dança é acompanhada de tambores e ritmos fortes, refletindo a ancestralidade e a celebração da cultura afro-brasileira. Os dançarinos, geralmente vestidos com roupas coloridas e ornamentadas, celebram o sincretismo religioso e a resistência do povo negro.

Capoeira

Uma das danças mais conhecidas internacionalmente, a capoeira mistura dança, luta e música. Nascida entre os escravizados, a capoeira foi uma forma de resistência disfarçada, onde os movimentos de luta eram praticados sob a forma de dança e, assim, ocultos da vigilância dos senhores.

Candomblé

Embora o candomblé seja uma religião, muitas de suas manifestações de culto incluem danças com forte vínculo com a espiritualidade. As danças no candomblé são realizadas para saudar os orixás, deuses africanos que representam forças da natureza e aspectos da vida humana. Esses movimentos são um reflexo da ancestralidade e das crenças africanas.

Dança como expressão de identidade e resistência

A dança afro-brasileira é muito mais do que uma simples expressão artística; ela é uma forma de resistência. Durante o período colonial e da escravidão, o corpo dos negros escravizados foi usado como instrumento de subordinação. Porém, ao transformar seu corpo em veículo de expressão e resistência, eles conseguiram manter suas culturas vivas.

As danças, como a capoeira, por exemplo, eram uma maneira de enfrentar a opressão de forma indireta, utilizando o movimento corporal para afirmar a identidade cultural e fortalecer o sentido de comunidade. 

Hoje, essas danças continuam sendo uma forma de resistência, não só contra o racismo e a marginalização, mas também contra o apagamento cultural que ainda afeta as comunidades afrodescendentes.

Essas danças são uma celebração da identidade cultural afro-brasileira e representam o legado de uma história de luta e sobrevivência. Elas continuam a ser dançadas nas ruas, escolas e palcos de todo o Brasil, como um lembrete da importância de manter viva a memória ancestral.

 

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