A Grécia é comumente relacionada a grandes intelectuais e, até matemáticos. Além disso, o país também é conhecido por seu alfabeto, e, principalmente por sua filosofia.
A filosofia grega está ligada ao período de surgimento da Filosofia, que aconteceu entre os séculos VII e V a.C na Grécia Antiga. A Filosofia surge da necessidade de explicar os acontecimentos e eventos do mundo a partir da racionalidade. Nesse período, as explicações mitológicas e fantasiosas não atendiam mais aos questionamentos dos gregos sobre a formação do mundo e sobre as relações políticas e sociais.
A partir da insatisfação com as explicações mitológicas, os gregos passaram, então, a buscar explicações racionais para resolver suas dúvidas. A palavra filosofia no grego significa amor ao saber. A busca pela sabedoria racional aparece, inclusive, no nome que será adotado por essa nova ciência, e marca durante todo seu desenvolvimento a busca por explicações racionais.
Partenon, Grécia Antiga
📚 Você vai prestar o Enem? Estude de graça com o Plano de Estudo Enem De Boa 📚
A filosofia grega foi um movimento intelectual e cultural que se desenvolveu na Grécia Antiga, aproximadamente entre o século VI a.C. e o século V d.C. Essa tradição filosófica teve um papel fundamental na formação do pensamento ocidental e influenciou muitas das correntes filosóficas subsequentes.
Os filósofos gregos buscavam compreender os princípios fundamentais da realidade, da natureza humana, do conhecimento, da ética, da política e de questões metafísicas.
A Filosofia surge em um período em que as sociedade gregas formavam suas cidades-estado, as pólis. O novo modelo de organização social foi fundamental para a criação de espaços dedicados ao saber e busca por explicações racionais.
Atenas foi a cidade-estado que melhor exemplificou a importância da existência de locais na pólis destinados à troca de informações e às discussões políticas. Posteriormente, as discussões em praça pública que uniam a palavra e o conhecimento racional colaborariam para o surgimento da democracia.
Além das cidades-estado que facilitaram a troca de informações e conhecimento racional, a poesia e a religião grega também são responsáveis pelo desenvolvimento e expansão da filosofia grega, e também pela disseminação do conhecimento racional.
A poesia grega e as narrações foram importantes, pois, em um primeiro momento, os poetas e escritores gregos buscavam distanciar-se cada vez mais das explicações mitológicas e apontar explicações racionais para as narrativas que contavam.
Além disso, as obras foram espalhadas pelas colônias gregas nos movimentos de trocas comerciais. O acesso aos livros, que chegou a diversas regiões, colaborou para a expansão da Filosofia para além da Grécia.
A religião grega também favoreceu o desenvolvimento da filosofia. A inexistência de um livro sagrado, do dogmatismo e da autoridade religiosa favoreciam a livre expressão de ideias e pensamento.
Sem a pressão e autoritarismo religioso, os filósofos tinham mais liberdade para desenvolver e disseminar suas ideias, já que não havia oposição religiosa.
🎯 Simulador de Notas de Corte Enem: Descubra em quais faculdades você pode entrar pelo Sisu, Prouni ou Fies 🎯
A filosofia Grega é dividida em três importantes períodos:
Estátua de Sócrates
Diversas escolas desenvolveram-se no período de domínio da filosofia grega, entre elas merecem destaque as seguintes:
🎓 Você ainda não sabe qual curso fazer? Tire suas dúvidas com o Teste Vocacional Grátis do Quero Bolsa 🎓
A Grécia Antiga foi o berço de muitos pensadores e filósofos notáveis, cujas ideias e contribuições influenciaram profundamente o pensamento ocidental. Aqui estão alguns dos principais pensadores da Grécia Antiga:
Tales de Mileto (c. 624 a.C. - c. 546 a.C.): Considerado um dos Sete Sábios da Grécia, Tales foi um filósofo pré-socrático e matemático que buscava explicações naturais para o universo. Ele é conhecido por suas especulações sobre a origem da natureza e é considerado o pai da filosofia ocidental.
Pitágoras (c. 570 a.C. - c. 495 a.C.): Filósofo e matemático, Pitágoras fundou a escola pitagórica e acreditava na imortalidade da alma e na importância dos números e da harmonia para entender o mundo.
Heráclito (c. 535 a.C. - c. 475 a.C.): Filósofo pré-socrático que afirmava que a mudança era o princípio fundamental do universo e que "não se pode entrar duas vezes no mesmo rio".
Parmênides (c. 515 a.C. - c. 450 a.C.): Filósofo eleata que defendia a ideia de que o ser é imutável e a mudança é ilusória.
Sócrates (c. 469 a.C. - 399 a.C.): Uma das figuras mais influentes da filosofia ocidental, Sócrates é conhecido por sua abordagem filosófica baseada em diálogos e sua ênfase na autorreflexão e na busca pela verdade. Ele foi professor de Platão.
Platão (c. 427 a.C. - c. 347 a.C.): Discípulo de Sócrates, Platão fundou a Academia e é conhecido por suas obras dialogadas que abordam diversos temas, como a teoria das ideias, a justiça, a política e a alma.
Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.): Discípulo de Platão, Aristóteles foi um polímata cujas obras abrangeram diversas áreas do conhecimento, incluindo ética, lógica, metafísica, política, biologia e física. Ele fundou o Liceu e é uma das figuras mais importantes da história da filosofia.
Demócrito (c. 460 a.C. - c. 370 a.C.): Filósofo atomista que propôs que tudo é composto por partículas indivisíveis chamadas átomos.
A filosofia grega foi um movimento intelectual que floresceu na Grécia Antiga entre os séculos VI a.C. e V d.C. Caracterizou-se por uma busca racional e sistemática pela compreensão da realidade, natureza humana, ética, conhecimento, política e questões metafísicas.
Os filósofos gregos exploraram uma variedade de temas e abordagens. Os filósofos pré-socráticos, como Tales de Mileto, buscaram explicações naturais para a origem e essência do mundo. Pitágoras enfatizou a importância dos números e da harmonia para entender a realidade.
Sócrates, um dos mais influentes filósofos, destacou o valor da autorreflexão, do autoconhecimento e do questionamento constante como meio de busca pela verdade. Seu discípulo, Platão, fundou a Academia e desenvolveu teorias como a teoria das ideias, onde a realidade sensível é apenas um reflexo do mundo das ideias perfeitas.
Aristóteles, outro discípulo de Platão, fundou o Liceu e expandiu o conhecimento em várias áreas, como ética, política, lógica e biologia. Ele enfatizou o estudo empírico e sistemático da natureza.
A filosofia grega influenciou profundamente a cultura e o pensamento ocidental, moldando as bases da lógica, ética, política e ciência. Seu legado continua a ser estudado e debatido até os dias atuais, mantendo sua relevância na busca pelo conhecimento e compreensão do mundo.
Está precisando de uma ajuda nos estudos? Então, conheça o plano de estudo da Quero Bolsa: um material completo, com textos, vídeo-aulas e exercícios com resolução. Baixe o cronograma sem pagar nada clicando aqui.
Leia os textos para responder a questão.
TEXTO I
Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e que outras coisas provêm de sua descedência. Quando o ar se dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os ventos são ar condensado. As nuvens formam-se a partir do ar por feltragem e, ainda mais condensadas, transformam-se em água. A água, quando mais condensada, transforma-se em terra, e quando condensada ao máximo possível, transforma-se em pedras.
(BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado))
TEXTO II
Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: “Deus, como criador de todas as coisas, está no princípio do mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo se nos apresentam, em face desta concepção, as especulações contraditórias dos filósofos, para os quais o mundo se origina, ou de algum dos quatro elementos, como ensinam os Jônios, ou dos átomos, como julga Demócrito. Na verdade, dão impressão de quererem ancorar o mundo numa teia de aranha.”
(GILSON, E.: BOEHNER, P. História da Filosofia Cristã. São Paulo: Vozes, 1991 (adaptado))
Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram teses para explicar a origem do universo, a partir de uma explicação racional. As teses de Anaxímenes, filósofo grego antigo, e de Basílio, filósofo medieval, têm em comum na sua fundamentação teorias que: