“Macunaíma, o herói sem nenhum caráter” é um romance escrito por Mário de Andrade, publicado em 1928. A obra pertence ao Modernismo e traz consigo uma tentativa de representar a identidade brasileira, além de valorizar suas raízes e sua diversidade cultural.
Além disso, Macunaíma possui uma linguagem que mistura linguagem coloquial à palavras indígenas, criticando a linguagem culta. Essa mistura de linguagens combina muito com o jeito como o livro foi escrito: na forma de rapsódia.
Mas afinal, o que é isso? Se você já ouviu Bohemian Rhapsody, do grupo Queen, tem uma boa ideia do que é uma rapsódia!
A rapsódia vem da Grécia Antiga, quando os poetas recitavam os poemas épicos, principalmente de Homero. Ela também foi incorporada na música e traz consigo uma mistura de temas, de modos de escrever e de intensidade.
Assim, Macunaíma é escrito de modo a misturar diversos temas, episódios, discursos e linguagens, trazendo uma narração que vai desde a terceira pessoa até o uso do discurso direto, e uma narrativa totalmente não-linear, pois mistura passado, presente e futuro.
Além disso tudo, é interessante sabermos também que Macunaíma pode ser melhor encaixado no gênero cômico, pois traz diversos episódios divertidos, que tiram sarro de alguns tipos de pessoas, principalmente das consideradas “cultas”.
A obra também sofreu muitas influências das vanguardas europeias, principalmente do Surrealismo, do Dadaísmo, do Futurismo e do Expressionismo.