O grande autor naturalista do Brasil foi Aluísio Azevedo. Ele inicia o movimento em terras brasileiras com o lançamento de “O Mulato”, em 1881.
Ele ficou conhecido como um autor das massas. Vivia da escrita e sempre escreveu muitas histórias para os jornais, inclusive enredos cheios de aventuras e intrigas amorosas. Contudo, ele leva o naturalismo a sério e escreve grandes expoentes do movimento.
Casa de Pensão
Um de seus livros mais marcantes é “Casa de Pensão” (1890), que foi baseado em fatos reais. Um pensionista envolve-se sexualmente com a filha do dono da pensão. Naquela época, casos como esses eram processados, afinal, eles ainda não eram casados. A sociedade era extremamente conservadora. O protagonista foi absolvido e, por vingança, o irmão da moça assassinou o rapaz.
O Cortiço
O seu livro mais famoso é o último romance naturalista que escreveu. “O Cortiço” (1890) é considerado sua obra-prima. Nele, há a confirmação da tese de que um ambiente degradante pode corromper qualquer ser humano, por mais puro que seja. Os maiores exemplos são os personagens Jerônimo e Pombinha.
Jerônimo era um trabalhador português honesto e esforçado até começar a viver no cortiço. Lá, ele conhece Rita Baiana e hipnotizado por sua sensualidade cai no ócio e na degradação. Pombinha, por sua vez, era uma moça virgem e pura que envolta nesse mundo acaba indo para a prostituição.
Os personagens sempre são comparados a animais e plantas e o próprio cortiço parece ter vida, tornando-se mais um personagem do enredo. Azevedo usava bastante a animalização dos seres humanos.