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Curiosidades

8 semelhanças entre a covid-19 e a gripe espanhola

por Giovana Murça em 27/04/20

Atualizado em: 02/03/2022

Atualmente, o mundo enfrenta a pandemia do novo coronavírus, denominado de covid-19. A doença surgiu na província de Wuhan, na China, em dezembro de 2019. Hoje, ela já está praticamente em todos os países do mundo e já infectou quase 3 milhões de pessoas.

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A covid-19 é uma doença infecciosa que ataca as vias respiratórias. Os sintomas são parecidos com os da gripe, como tosse, febre, coriza, dor de garganta e dificuldade para respirar. Enquanto alguns casos podem ser assintomáticos, outros podem evoluir para pneumonias graves que levam à morte.

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Os médicos e pesquisadores do mundo todo correm contra o tempo para descobrir um remédio, para tratar o doentes, e uma vacina, para prevenir mais casos. Até o momento, a prevenção recomendada é o isolamento social, já que a doença é transmitida pelas vias aéreas e é altamente contagiosa. 

Um pouco mais de 100 anos atrás, outra pandemia atingiu o mundo todo e mudou a rotina de vários países: a gripe espanhola. Também conhecida como gripe de 1918, a doença era causada pelo vírus influenza e é considerada uma das doenças mais letais da história.

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A gripe espanhola

A origem da gripe espanhola ainda é desconhecida. Provavelmente, ela foi uma consequência da Primeira Guerra Mundial, devido a escassez de alimentos e piora das condições sanitárias durante e depois do conflito. 

Gripário no acampamento militar norte-americano em Aix-Les-Bains, França, durante a Primeira Guerra Mundial, por volta de 1918 (Wikimedia Commons)

Também não se sabe ao certo quantas pessoas foram atingidas pela doença, se estima 600 milhões de pessoas tenham contraído a doença, um terço da população mundial da época. 

O número de mortos é estimado entre 20 a 50 milhões de pessoas - número de vítimas maior do que a própria guerra mundial. No Brasil, cerca de 35 mil pessoas morreram de gripe espanhola, inclusive o presidente Rodrigues Alves, que nem chegou a assumir o cargo.

Diferentemente da covid-19 - que se sabe se tratar de um novo coronavírus surgido na China - em 1918 e 1919, os médicos desconheciam o vírus influenza, sua origem e a forma de contágio. Assim, a doença se alastrou de forma devastadora e apresentou situações muito semelhantes à vividas atualmente pela pandemia de covid-19.

Semelhanças entre a covid-19 e a gripe espanhola

Em entrevista ao site Coronacrise do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a pesquisadora e mestre em História Gabrielle Werenicz Alves elencou as principais semelhanças entre a gripe espanhola e a covid-19Confira as 8 comparações entre as doenças!

Rápida disseminação

Por conta do mundo globalizado e mais conectado pelos meios de transporte, o novo coronavírus saiu da China e chegou em poucos dias ao restante do mundo. 

Em 1918, apesar da dificuldade maior na conexão entre os países, a guerra provocou o deslocamento e contato de tropas de diversas partes do mundo e, ao voltar para casa, os soldados doentes levaram o vírus para seu país de origem. Além do mais, os dois vírus são altamente transmissíveis.  

Soldados de Fort Riley, Kansas, doentes de gripe espanhola, sendo tratados em uma enfermaria de Camp Funston (Domínio Público/Wikimedia Commons)

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Busca desenfreada por remédios e proteção

Com a chegada da covid-19 ao Brasil, logo os produtos como álcool em gel 70% e máscaras desapareceram das prateleiras e sofreram alta nos seus preços. Houve alta procura também da substância cloroquina, um medicamento ainda estudado pelos pesquisadores como um dos tratamentos contra a covid-19, mas que ainda não teve sua eficácia comprovada. 

Da mesma forma, há 100 anos, o medicamento quinino sumiu das farmácias e ficou mais caro. O quinino era originalmente utilizado contra a malária e ainda estava sendo testado pelos médicos para o tratamento da gripe espanhola. 

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Mortes de todas as faixas etárias

Apesar do coronavírus ser mais perigoso para pessoas idosas e portadores de doenças crônicas, como  hipertensão, diabetes e asma, muitas pessoas jovens e saudáveis já morreram pela doença. 

Já a gripe espanhola causou surpresa aos médicos por provocar a morte, principalmente, de homens entre 20 e 40 anos. Normalmente, os idosos que eram as maiores vítimas de gripes.

Descrença e desvalorização da doença

Em 1918, muitas pessoas desacreditavam da existência e força da gripe espanhola e até mesmo o governo tratou a doença como pouco preocupante no início. Alguns países chegaram a omitir informações e censurar a imprensa na tentativa de esconder e suavizar os estragos da pandemia, inclusive o Brasil. 

(Reprodução/Gazeta de Notícias)

Quando os jornais da época publicavam a real situação da pandemia, muitos acreditavam que eram notícias mentirosas e alardes desnecessário. Na atualidade, novamente houve muita descrença sobre a gravidade da covid-19, inclusive pelas autoridades, e disseminação de fake news. Até hoje, muitas pessoas não respeitam o isolamento social.

Paralisação do mundo 

Atualmente, a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) contra a covid-19 é o isolamento social de todas as pessoas como forma de evitar o colapso dos sistemas de saúde. A quarentena tem esvaziado ruas e mudado a rotina e paisagem do mundo todo.

Na época da gripe espanhola, o governo não recomendou o isolamento social e paralisação das atividades econômicas e sociais. Mas, naturalmente, os serviços básicos, como correios, mercados e transportes, foram afetados, pois os carteiros, comerciantes e entregadores estavam doentes. O isolamento aconteceu pelo grande número de pessoas que estavam em casa doentes. 

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Crise no sistema funerário

Além da crise e colapso do sistema de saúde, visto durante as duas pandemias, há também o colapso no sistema funerário. São tantas mortes que faltam covas e o sistema não dá conta de sepultar todos. A covid-19 já levou diversos países e cidades decretarem colapso no sistema funerário.

Atendimento aos doentes de gripe espanhola (Reprodução/Arquivo BBC)

Do mesmo modo, as mortes por gripe espanhola eram tantas que muitas pessoas faleciam em casa, diversos corpos se acumulavam nas ruas e haviam covas coletivas. E pior: não havia nem quem fabricasse os caixões, transportasse os corpos e os enterrasse, pois estes profissionais também tinham falecido pela doença. 

Racismo e xenofobia

Apesar de ter surgido na China, não é correto se referir à covid-19 como uma “gripe chinesa”, o ato se caracteriza como racismo e xenofobia e já causou ataques xenofóbicos a orientais no Brasil. 

Apesar da “gripe espanhola” ser o nome da doença chegado ao Brasil, ela não surgiu na Espanha. Pela omissão de informações, é difícil para os pesquisadores determinar onde o vírus surgiu. 

Na época, o nome da doença acompanhava o sentimento xenofóbico. Em cada país, a gripe recebeu um nome diferente, na França era “Peste da Senhora Espanhola”; na Espanha, “Febre Russa”; já na Rússia era “Febre Siberiana”; e na Sibéria, “Febre Chinesa”, e assim foi. 

Notícias falsas

Nos dias atuais, foram uma infinidade de notícias falsas criadas sobre o novo coronavírus, ora desacreditando da pandemia, ora tornando o desespero ainda maior. Uma das fake news era sobre o coronavírus ser um vírus criado em laboratório pela China ou Estados Unidos para infectar o mundo (os cientistas já confirmaram ser um vírus surgido e transmitido naturalmente). 

Em 1918, também não faltaram teorias sobre a origem da doença. Muitos acreditavam ser um doença criada artificialmente pelos alemães, que haviam perdido a guerra, e espalhada ao mundo através de garrafas jogadas no mar e recolhidas por banhistas.

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