O PNAE garante refeições nutritivas para milhões de crianças, impactando diretamente na saúde, aprendizado e formação de hábitos saudáveis;
Ainda existem desafios na distribuição e qualidade da alimentação escolar, e a educação alimentar deve ser reforçada em casa e na escola;
A família é fundamental para potencializar os benefícios da alimentação escolar, incentivando, conversando e participando das iniciativas da escola.
Em setembro de 2025, Fortaleza sediou a 2ª Cúpula Global da Coalizão para a Alimentação Escolar, reunindo representantes de mais de 80 países para discutir o futuro da alimentação nas escolas.
O Brasil aproveitou o evento para reafirmar seu compromisso com a alimentação escolar de qualidade, destacando o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) como referência mundial.
Mas como essas políticas públicas se refletem na rotina do seu filho (a)? E de que forma você, como pai ou responsável, pode colaborar para potencializar os benefícios da alimentação escolar?
Neste artigo, você vai descobrir como funciona o programa, quais desafios ainda existem e como sua participação pode fazer diferença na saúde e no aprendizado dos pequenos.
Confira os tópicos que vamos abordar:
Como funciona o programa de alimentação escolar?
Quem tem direito à alimentação escolar?
Quais são os desafios da alimentação escolar?
Como a alimentação escolar impacta o aprendizado?
Como os pais podem colaborar?
Como funciona o programa de alimentação escolar?
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), previsto na Constituição Federal, garante que milhões de crianças da rede pública recebam diariamente refeições nutritivas.
Essas refeições ajudam na saúde e no desenvolvimento físico de milhares de crianças e adolescentes e também contribuem diretamente para o aprendizado e a formação de hábitos alimentares saudáveis desde cedo.
Segundo Daniel Balaban, diretor do Programa Mundial de Alimentos da ONU no Brasil, o PNAE está entre “os maiores e melhores projetos de alimentação escolar do mundo”, reconhecendo o esforço brasileiro em oferecer uma alimentação escolar de qualidade.
O programa ajudou o Brasil a sair do Mapa da Fome da ONU. Se você não tivesse comida na escola, você deixaria em insegurança alimentar grande parte desses 40 milhões de alunos. Para muitos, a principal refeição do dia é na escola, enfatizou Daniel Balaban sobre o PNAE.
Na prática, o programa funciona assim:
Distribuição diária de refeições: cerca de 50 milhões de refeições servidas a quase 40 milhões de estudantes;
Cardápios planejados por nutricionistas: refeições adaptadas para atender às necessidades nutricionais de cada faixa etária;
Fortalecimento da agricultura familiar: inclusão de alimentos produzidos localmente, estimulando a economia regional;
Diversidade de refeições: café da manhã, almoço e lanches, de acordo com a jornada escolar.
Além disso, o Brasil reafirmou sua liderança internacional na área durante a 2ª Cúpula Global da Coalizão para a Alimentação Escolar, realizada em setembro de 2025 em Fortaleza.
O país foi destaque ao compartilhar políticas e estratégias bem-sucedidas, reforçando o impacto positivo do PNAE na vida de crianças e adolescentes.
Quem tem direito à alimentação escolar?
Todos os estudantes matriculados na educação básica públicano Brasil — da creche ao ensino médio — têm direito a refeições oferecidas na escola.
Esse benefício está garantido pela Lei 11.947/2009 e é financiado por repasses do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que destina recursos para estados, municípios e escolas federais.
Mais do que apenas matar a fome, a alimentação escolar tem um papel estratégico:
Promove saúde e nutrição, prevenindo problemas como a desnutrição ou a obesidade infantil;
Favorece o aprendizado, já que uma criança bem alimentada tem mais concentração e disposição em sala de aula;
Contribui para a justiça social, garantindo equidade entre alunos de diferentes condições socioeconômicas;
Fortalece a agricultura familiar, ao priorizar a compra de alimentos produzidos localmente.
Para os pais, entender esse direito é fundamental. Além da tranquilidade em saber que seu filho (a) está recebendo refeições saudáveis e nutritivas na escola, você pode ter a certeza de que a alimentação está sendo uma aliada no desenvolvimento escolar.
Apesar de o Brasil ser reconhecido pela ONU como referência mundial em alimentação escolar, o PNAE ainda enfrenta obstáculos para garantir que todos os estudantes tenham acesso pleno e de qualidade a esse direito.
Entre os principais desafios estão:
1 – Infraestrutura escolar
Muitas escolas não possuem cozinhas adequadas ou equipamentos suficientes para preparar refeições com regularidade e qualidade. Segundo o Observatório da Alimentação Escolar, 36% das instituições ainda apresentam esse problema.
2 – Profissionais insuficientes
O número reduzido de nutricionistas e cozinheiros impacta o planejamento e a execução dos cardápios, dificultando que as refeições atendam às necessidades específicas de cada faixa etária.
3 – Investimento desigual
Em alguns estados e municípios, o investimento financeiro ainda é limitado, o que compromete a compra de alimentos variados e de boa qualidade.
4 – Educação alimentar contínua
Garantir a refeição é só o primeiro passo. O desafio maior é integrar a alimentação escolar às práticas pedagógicas para que as crianças desenvolvam hábitos saudáveis e os levem para a vida fora da escola.
Para os pais, entender que a alimentação escolar vai além de “o que tem no prato” ajuda a valorizar e cobrar políticas mais efetivas, além de estimular que a mesma lógica de cuidado e variedadeseja aplicada em casa.
Quando pensamos no desempenho escolar, logo lembramos de fatores como dedicação, professores qualificados e boas metodologias de ensino. Mas há outro aspecto essencial, muitas vezes invisível: a alimentação.
A presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Fernanda Pacobahyba, resumiu bem essa relação em uma entrevista à Voz do Brasil:
Logicamente, não existe a possibilidade de educação com a criança com fome e isso contribui para a aprendizagem, o crescimento e a formação dos hábitos alimentares dessas crianças e jovens.
Isso significa que cada refeição oferecida pelo PNAE não é apenas um momento de saciar a fome, mas um recurso fundamental para que os alunos tenham energia, concentração e disposição para aprender.
Na prática, os efeitos de uma alimentação escolar saudável podem ser percebidos no dia a dia:
Mais energia e disposição para acompanhar as aulas;
Melhora na memória e no raciocínio, refletindo no desempenho acadêmico;
Redução da evasão escolar, já que a merenda é, para muitas crianças, uma das principais refeições do dia.
Para os pais, esse é um alerta importante: acompanhar e valorizar a alimentação que seus filhos recebem na escola é também uma forma de apoiar diretamente o desenvolvimento escolar deles.
Como os pais podem colaborar?
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições saudáveis dentro da escola, mas sabemos que o impacto real depende também da parceria com a família.
Reforçar os hábitos de alimentação em casa ajudam as crianças a consolidar o que aprendem no dia a dia escolar e a enxergar a alimentação como parte essencial da saúde e do aprendizado.
Veja algumas formas práticas de colaborar:
Incentive hábitos saudáveis em casa: ofereça frutas, verduras e refeições balanceadas sempre que possível, mostrando ao seu filho que a boa alimentação não acontece só na escola;
Converse sobre a importância da alimentação: explique como o que ele come influencia na energia, no foco e até nas notas;
Participe ativamente da escola: acompanhe os cardápios, participe de reuniões e apoie projetos voltados à educação alimentar;
Valorize a agricultura familiar: quando possível, compre produtos locais, reforçando o mesmo princípio que o PNAE aplica.
Como vimos, a alimentação escolar é um pilar para o desenvolvimento infantil, para a aprendizagem e para a formação de hábitos saudáveis.
Programas como o PNAE, mostram o compromisso do Brasil com o futuro das crianças. Mas o sucesso desse programa depende também da colaboração da família.
Quando pais e responsáveis se envolvem — seja reforçando a alimentação em casa, seja acompanhando de perto o que acontece na escola — o impacto é ainda maior.
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Educação de qualidade também passa pela escolha da escola
A alimentação escolar é um dos pilares para que crianças cresçam saudáveis e aprendam melhor. Mas ela não é o único fator: o ambiente escolar, a metodologia de ensino e os recursos disponíveis também fazem diferença no desenvolvimento dos alunos.
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