Atualidades Enem: Olimpíadas
Saiba mais sobre a história dos jogos olímpicos e veja como o tema pode cair no Enem
Neste ano, acontece o maior evento esportivo do mundo: as olimpíadas. Adiados por conta da pandemia de covid-19, os jogos olímpicos de 2020 serão em Tóquio, capital do Japão, entre os dias 23 a 8 de agosto de 2021. Na sequência ocorrem os jogos paralímpicos, entre os dias 24 de agosto a 5 de setembro.
Em sua 32ª edição na Era Moderna, a Olimpíada de Verão Tóquio 2020 terá disputas em 33 modalidades esportivas e a participação de milhares de atletas de mais de 200 países, incluindo o Brasil.
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O que são as olimpíadas?
Os jogos olímpicos ou jogos da olimpíada são um evento poliesportivo internacional realizado a cada quatro anos. Além de edição tradicional dos jogos olímpicos, também chamada de jogos olímpicos de verão, existem os jogos de inverno.
O termo olimpíada ou olimpíadas se refere ao período consecutivo de quatro anos entre uma edição e outra dos jogos. Os jogos olímpicos ou a celebração das olimpíadas ocorrem sempre no primeiro ano de cada ciclo olímpico.
O objetivo dos jogos olímpicos é cultivar a paz mundial por meio do esporte. Um dos princípios da filosofia do olimpismo, de acordo com a Carta Olímpica de 1978, é colocar o esporte a serviço do desenvolvimento harmonioso da humanidade, visando a promoção de uma sociedade pacífica e preocupada com a preservação da dignidade humana.
História das olimpíadas
A história das olimpíadas começa há 2.800 mil anos, na Grécia Antiga. Os jogos olímpicos surgiram como um festival esportivo dedicado à adoração dos deuses. A mitologia grega conta que o semideus Hércules teria criado os jogos para homenagear o pai, Zeus, o deus dos deuses.
De acordo com os registros, a primeira olimpíada aconteceu em 776 a.C, quando reis de diferentes cidades selaram uma aliança no templo de Hera, localizado na cidade de Olímpia – o que deu origem ao nome do evento.
Durante as competições, que ocorriam no verão, deveria haver trégua entre as cidades em guerra, o que estabeleceu a paz olímpica na Grécia Antiga. Entre as modalidades disputadas na época, estavam: corrida, luta, salto, lançamento de disco e de dardo, entre outras.
Com a invasão dos romanos e outros conflitos, as olimpíadas perderam força até que foram proibidas pelo Imperador Teodósio I, por serem relacionadas ao paganismo. A última competição na antiguidade ocorreu em 393 a.C. Ao todo, foram realizadas 293 edições dos jogos olímpicos na Era Antiga.
Jogos olímpicos modernos
Nos séculos seguintes, as olimpíadas caíram no esquecimento. A ideia dos jogos olímpicos só voltou à tona somente em 1894, quando foi apresentada num congresso internacional pelo aristocrata francês Pierre de Frédy, mais conhecido como Barão de Coubertin, em Paris.
O congresso levou à criação do Comitê Olímpico Internacional (COI), que organizou os primeiros jogos olímpicos da Era Moderna. A primeira olimpíada da Era Moderna ocorreu dois anos depois, em 1896, e foi sediada em Atenas, na Grécia.
A partir daí, os jogos passaram a ser realizados a cada quatro anos. As únicas exceções foram as olimpíadas de 1916, 1940 e 1944, canceladas por conta da Primeira e Segunda Guerras Mundiais, e a de 2020, adiada por conta da pandemia de covid-19.
Na primeira edição, a olimpíada contou com a participação de atletas de 14 delegações. Com o tempo, os jogos foram ganhando cada vez mais prestígio e audiência até se tornarem o maior evento esportivo do mundo.
O Barão de Coubertin ficou conhecido como o fundador das olimpíadas na Era Moderna. Foi ele quem começou a escrever a Carta Olímpica, o documento que aborda os princípios do olimpismo e as regras do movimento olímpico.
Símbolo das olimpíadas
Coubertin também criou o símbolo dos jogos olímpicos, representado por cinco anéis entrelaçados. Os anéis representam a união e solidariedade dos cinco continentes do mundo. A argola azul simboliza a Europa; a amarela, a Ásia; a preta, a África; a verde, a Oceania; e a vermelha representa a América.
Tocha olímpica
O barão ainda resgatou a tocha olímpica como símbolo dos jogos. Na antiguidade, a tocha era acesa e carregada até o altar de Zeus, sendo mantida sua chama durante a competição. Hoje, ela é acesa nas ruínas do Templo de Hera em Olímpia, na Grécia, e transportada por atletas e cidadãos comuns até a cidade que irá sediar os jogos.
Mascote olímpico
As mascotes olímpicas representam a alegria e a festa dos jogos olímpicos. Em geral, elas são animais nativos do país sede do evento. A primeira mascote oficial foi o cãozinho Waldi, nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972.
Medalhas olímpicas
Nas olimpíadas da Era Antiga, os vencedores ganhavam apenas uma coroa de louro ou de folhas de oliveira. Mas, a partir das edições modernas, os ganhadores em primeiro, segundo e terceiro lugar passaram a receber medalhas de ouro, prata e bronze, respectivamente. Além disso, todos os atletas ganham uma medalha de participação.
Jogos Olímpicos de Inverno
A primeira competição internacional de jogos de inverno foi a “Semana Internacional dos Desportos de Inverno”, em 1924, na França. Dois anos depois, o comitê olímpico atribuiu o status de olimpíadas a competição. A próxima olimpíada de inverno será em 2022, em Pequim, capital da China.
Os jogos olímpicos de inverno contam apenas com esportes praticados na neve ou no gelo. Algumas das modalidades são: hóquei no gelo, patinação artística, alto de esqui, bobsled, curling e snowboard.
Jogos Paralímpicos
Os jogos paralímpicos é a edição das olimpíadas voltada para atletas com deficiência. Ela ocorre logo após os jogos tradicionais. As paralimpíadas surgiram em 1948, na Inglaterra, quando o médico Ludwig Guttmann organizou uma competição de arco e flecha com soldados veteranos da guerra com lesões na medula espinhal, como parte de seu programa de reabilitação.
O evento se tornou uma competição mundial em 1952 e foi incluído na programação dos jogos de verão em 1960. E tem crescido desde então, se tornando uma competição esportiva de elite. Na última olimpíada, em 2016, os jogos paralímpicos tiveram 22 modalidades e envolveram mais de 4 mil atletas de 159 países.
As mulheres nas olimpíadas
Na Grécia Antiga, as mulheres não podiam participar dos jogos olímpicos, nem mesmo torcer na arquibancada. Na volta das olímpiadas na Era Moderna, elas continuaram proibidas de competir nos jogos.
Como forma de protesto, a grega Stamati Revithi, proibida de competir na maratona, correu fora do estádio e completou a prova na primeira edição das olimpíadas modernas, 1896, mas não foi reconhecida pelo comitê olímpico.
Somente a partir de 1936 que as mulheres começaram a receber autorização oficial para participar de algumas modalidades esportivas. A liberação das atletas em todas as modalidades ocorreu apenas em 2012, o primeiro ano em que houve participação feminina de todos os países.
Desde então, a representatividade feminina tem crescido nos jogos olímpicos. Nas olimpíadas de Tóquio 2020, pela primeira vez na história, as mulheres representam quase 50% dos atletas.
Olimpíadas Rio 2016
Em 2016, o Brasil foi o primeiro país a sediar os jogos olímpicos na América do Sul. O evento ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, que passou por uma série de reformas para se adequar aos padrões do comitê olímpico.
Os Jogos Olímpicos Rio 2016 contaram com a maior delegação brasileira da história das olimpíadas, bem como com o maior número de medalhas conquistadas por atletas brasileiros também.
As olimpíadas no Brasil também foram marcadas por uma série de protestos, que as intitulavam como “os jogos da exclusão” e “as olimpíadas da remoção”. Entre as denúncias dos manifestantes, estavam a exclusão social e a especulação imobiliária durante as obras no Rio de Janeiro, que levaram à remoção de casas de milhares de famílias.
Outros temas que foram alvo dos protestos, na ocasião, foram os gastos públicos para realização dos jogos, os danos ambientais das obras, a corrupção, a violência policial e o atraso no salário de servidores públicos.
Pode cair no Enem?
Sim! O tema das olimpíadas não só pode ser abordado como já apareceu no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os jogos olímpicos costumam ser usados como contexto para abordar os conteúdos já elencados na Matriz de Referência do Enem.
Como, por exemplo, a origem das olimpíadas na Antiguidade, em História, ou a composição do pó branco usado pelos ginastas, em Química. No Enem de 2019, a olimpíada motivou uma questão de Biologia sobre um hormônio considerado doping pelo comitê olímpico.
E na redação?
Para Alfredo Terra Neto, orientador pedagógico e professor de História do curso pré-vestibular Oficina do Estudante, é pouco provável que a olimpíada seja tema de redação do Enem.
Além da obviedade do tema, o professor explica que o exame costuma abordar temáticas ligadas aos direitos fundamentais. “Se, porventura, o tema aparecer, acreditamos que possa ir na linha da inclusão no esporte ou algo relacionado às paralimpíadas”, afirma Alfredo.
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