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Ensino Básico

Proibição na Austrália alerta sobre o uso de redes sociais na infância

A proibição de redes sociais na Austrália reacende o alerta sobre crianças online. Entenda os riscos, os impactos e como proteger seu filho no ambiente digital

Em resumo:

  • A decisão da Austrália expõe um alerta global sobre os impactos das redes sociais na infância e mostra por que o debate também é urgente no Brasil;
  • Crianças entram cada vez mais cedo nas redes, enfrentam riscos reais e precisam de acompanhamento constante dos responsáveis;
  • A família têm papel fundamental na proteção digital, com regras claras, supervisão ativa e conversas frequentes sobre segurança e limites online.

A Austrália se tornou o primeiro país do mundo a proibir que menores de 16 anos mantenham contas em redes sociais como Instagram, TikTok e YouTube. A medida, que começou a valer em 10 de dezembro, reacendeu debates globais sobre infância, tecnologia e os impactos da exposição digital precoce.

Para as famílias do Brasil, a notícia acende um sinal de alerta: estamos realmente oferecendo às crianças e adolescentes um ambiente seguro dentro e fora das telas? E como protegê-los em um mundo hiperconectado?

Afinal, quando um país inteiro decide que redes sociais não são adequadas para menores de 16 anos, fica difícil para os pais não se perguntarem se seus filhos estão preparados para o ambiente online.

A decisão extrema adotada na Austrália mostra que algo precisa mudar — e reforça que a proteção digital começa dentro de casa, com acompanhamento, diálogo e escolhas conscientes dos pais e responsáveis.

Neste artigo você vai ver:

  • A Austrália proíbe o uso de redes sociais?
  • O que essa decisão revela sobre redes sociais e infância? 
  • Como as redes sociais afetam crianças e adolescentes?
  • O que o ECA diz sobre redes sociais?
  • Como orientar seu filho no uso das redes?
proibição de redes sociais na Austrália alerta sobre segurança digital infantil

A Austrália proíbe o uso de redes sociais?

A Austrália se tornou o primeiro país do mundo a aprovar uma lei que proíbe menores de 16 anos de manter contas em redes sociais como Instagram, TikTok e YouTube. A medida trouxe o tema da segurança digital na infância para o centro das discussões.

A lei determina que empresas de tecnologia devem verificar a idade real dos usuários e remover perfis identificados como pertencentes a menores de 16 anos. Além disso, redes sociais que descumprirem as regras poderão sofrer multas milionárias. 

Segundo o governo australiano, o objetivo central é “proteger o desenvolvimento mental, emocional e social das crianças”. 

Por que o governo decidiu agir?

A proibição surgiu após uma série de estudos e denúncias sobre os riscos da exposição precoce nas redes. O governo australiano citou:

  • aumento dos casos de cyberbullying;
  • impactos negativos na saúde mental, como ansiedade, isolamento e baixa autoestima;
  • riscos ligados a contato com desconhecidos e conteúdos inadequados;
  • dificuldade das plataformas em manter ambientes realmente seguros para crianças e adolescentes.

Como as famílias estão reagindo?

A reação das famílias australianas é dividida. Muitos pais apoiam a medida, afirmando que finalmente existe um esforço concreto para reduzir a influência das telas na rotina das crianças e garantir mais segurança.

Outros acreditam que a lei é rígida demais e temem que a proibição incentive o uso clandestino de contas, dificultando ainda mais o acompanhamento dos pais.

Apesar das divergências, a notícia trouxe à tona uma preocupação real — a infância está mais conectada do que nunca, mas nem sempre preparada para lidar com os riscos do ambiente digital.

O que essa decisão revela sobre redes sociais e infância? 

A proibição na Austrália funciona como um espelho que nos obriga a olhar para a própria realidade: no Brasil, as crianças entram cada vez mais cedo no universo online e muitas já têm contas em redes sociais antes mesmo da adolescência.

Uma pesquisa da TIC Kids Online Brasil 2024, que ouviu jovens de 9 a 17 anos e seus pais ou responsáveis, revelou números preocupantes:

  • 83% das crianças e adolescentes que usam internet têm perfil em redes sociais;
  • Entre crianças de 9 a 10 anos, 60% já possuem conta — mesmo que plataformas permitam apenas acima de 13 anos;
  • 29% dos jovens de 9 a 17 anos relataram ter vivido situações online que os deixaram chateados ou desconfortáveis;
  • Entre adolescentes de 11 a 17 anos que sofreram ofensas:

✔️31% contaram aos pais;

✔️29% falaram apenas com amigos;

✔️13% não contaram para ninguém.

Esses dados mostram que não estamos falando apenas de tecnologia, mas de uma combinação de exposição precoce, maturidade emocional ainda em desenvolvimento e pouco diálogo dentro de casa

E isso se agrava quando consideramos o próprio funcionamento das plataformas, com feeds infinitos (que causam vício), recompensas rápidas e notificações que estimulam o uso excessivo de telas, dificultando a regulação emocional das crianças.

Como o Brasil está lidando com a questão?

No Brasil, já existem iniciativas importantes — como o ECA Digital, que busca atualizar a legislação e reforçar a proteção online de crianças e adolescentes. Mas nenhuma lei substitui o papel das famílias. 

A segurança digital infantil começa em casa: com supervisão, regras claras e conversas constantes sobre o que a criança vê e vivencia no ambiente online.

Como as redes sociais afetam crianças e adolescentes?

As redes sociais não foram criadas pensando no público infantil — e isso aparece tanto no tipo de conteúdo que circula quanto nas regras (ainda falhas) de segurança. 

criança no celular a noite

Para crianças e adolescentes, que estão em plena formação emocional, cognitiva e social, o ambiente online pode oferecer descobertas, mas também riscos que nem sempre são notados de imediato.

O problema é que, diante de algoritmos que estimulam o uso contínuo, conteúdos inadequados e interações imprevisíveis, muitos jovens não têm maturidade emocional para lidar com tudo isso. 

Esse cenário pode trazer:

1 – Efeitos emocionais e comportamentais

Ansiedade, irritabilidade, insegurança corporal, impulsividade e dificuldade de lidar com frustrações, especialmente quando há comparação constante com vidas idealizadas

2 – Efeitos no desenvolvimento

Prejuízos na atenção, na linguagem, no sono e na autorregulação; substituição de brincadeiras essenciais para o desenvolvimento motor e social.

3 – Riscos de segurança

Exposição a desconhecidos, desafios perigosos, cyberbullying, golpes, conteúdos chocantes e até manipulação emocional.

Quais os pontos positivos e negativos da tecnologia para crianças?

Como vimos, a tecnologia faz parte da rotina atual — e traz benefícios importantes quando usada com equilíbrio. Mas, ao mesmo tempo, pode gerar problemas sérios se o uso não for monitorado.

Aqui estão os principais pontos positivos e negativos do ambiente online para crianças e adolescentes: 

Benefícios do uso da tecnologiaRiscos e pontos negativos
Estimula criatividade e expressão (vídeos, desenhos, fotos, jogos educativos)Exposição a conteúdos impróprios ou violentos
Facilita o aprendizado e o acesso ao conhecimentoComparações sociais que afetam a autoestima
Desenvolve habilidades digitais importantes para o futuroAlgoritmos que incentivam vício e uso prolongado
Aproxima familiares e amigos que vivem longeMaior chance de cyberbullying e golpes
Pode apoiar o desenvolvimento escolar com recursos educativosRedução de brincadeiras físicas e convívio social offline
Auxilia na inclusão de crianças com necessidades específicas (quando bem aplicado)Prejuízos no sono, concentração e humor

Quais as consequências do uso excessivo do celular na infância?

O uso excessivo do celular traz impactos que podem aparecer tanto no curto quanto no longo prazo. Quando a tela ocupa mais espaço do que brincadeiras, descanso, estudo e convivência social, os efeitos tendem a se acumular.

No curto prazo

  • Irritabilidade e mudanças de humor;
  • Dificuldade para dormir;
  • Queda na concentração e na produtividade escolar;
  • Sedentarismo e menos interesse por atividades ao ar livre;
  • Exposição a riscos imediatos, como desafios perigosos e conteúdos inadequados.

No longo prazo

  • Problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão;
  • Prejuízos cognitivos relacionados à memória e atenção;
  • Dificuldade em desenvolver habilidades sociais;
  • Alterações posturais e problemas visuais;
  • Aumento do risco de dependência digital;
  • Maior vulnerabilidade a transtornos alimentares e insegurança corporal.

Esses efeitos reforçam a importância de equilibrar a rotina infantil com tempo de tela saudável, supervisão ativa e muita conversa sobre o que a criança vê, sente e vive no ambiente online.

O que o ECA diz sobre redes sociais?

O Brasil não proíbe menores de 16 anos de usar redes sociais, mas, nos últimos tempos, o país tem avançado na discussão sobre segurança digital infantil

A principal mudança recente é o ECA Digital — uma atualização do Estatuto da Criança e do Adolescente que reforça a proteção de crianças e adolescentes no ambiente online.

O que mudou com o ECA Digital?

1. Regras mais rígidas para plataformas digitais: crianças devem ser resguardadas de conteúdos violentos, impróprios e abusivos.

2. Filtros contra publicidade abusiva: a proposta proíbe a veiculação de anúncios que explorem a vulnerabilidade da criança.

3. Dever de informar os pais ou responsáveis: as plataformas terão a obrigação de oferecer recursos que facilitem o acompanhamento do uso da internet por crianças e adolescentes.

4. Penalidades para descumprimento: empresas que não se adequarem às novas regras estarão sujeitas a multas e outras sanções legais.

5. Combate ao discurso de ódio e cyberbullying: o texto prevê medidas para que conteúdos ofensivos, discriminatórios ou de intimidação sejam removidos com mais agilidade, protegendo a saúde mental das crianças.

O Ministério da Justiça tem cobrado mais transparência das plataformas, ajustes nos algoritmos e regras mais rígidas para proteger crianças de riscos como exposição indevida, vício e conteúdos nocivos.

Como orientar seu filho no uso das redes?

A decisão da Austrália reforça algo essencial para as famílias brasileiras: crianças não deveriam navegar sozinhas nas redes sociais. A segurança começa em casa, com acompanhamento e combinados claros.

Aqui vão cinco orientações práticas para um uso mais seguro:

1. Defina regras adequadas para cada idade

Crianças pequenas não devem ter perfis próprios. Para os maiores, mantenha senhas compartilhadas e supervisão ativa;

2. Use controles parentais

Ferramentas de supervisão ajudam a limitar tempo de tela, aprovar seguidores e bloquear conteúdos inadequados;

3. Converse diariamente sobre o que acontece online

Pergunte o que seu filho viu, com quem interagiu e como se sentiu. O diálogo é a melhor forma de prevenção.

dois adolescentes usando celular na escola

4. Ensine sobre privacidade e exposição

Explique o que não pode ser compartilhado — endereço, fotos íntimas, localização e rotina — e por quê.

5. Observe sinais de alerta

Irritação, isolamento, mudanças no sono ou queda no rendimento podem indicar uso excessivo ou experiências negativas nas redes.

E então, gostou desse conteúdo? Compartilhe com outros pais e responsáveis que gostariam de saber mais sobre a proibição do uso das redes sociais para menores na Austrália e segurança das crianças online. Aproveite para ler outros artigos do nosso blog. 

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