Brexit e blocos econômicos: como podem cair no Enem?
Os blocos econômicos têm grande impacto no mundo, mas você sabe o que eles são e suas características?
A saída do Reino Unido da União Europeia, o chamado Brexit, voltou a ser assunto nos noticiários após a renúncia da primeira-ministra britânica Theresa May, no dia 7 de junho.
O Brexit foi decidido por referendo em 2016 e agora se discute como será essa saída e até se ela realmente irá acontecer. May tinha a missão de fazer essa negociação, mas a dificuldade em estabelecer um acordo que agrade todos os lados aumentou a pressão para que ela deixasse o cargo.
O Brexit é polêmico e traz pesadas consequências para o Reino Unido e para União Europeia. Isso porque os blocos econômicos são de grande importância e causam impacto no mundo todo. “Eles têm grande influência na economia mundial, pois podem abrir ou fechar as fronteiras econômicas dos principais centros econômicos do mundo”, enfatiza o professor Bruno Rodrigues, do canal do Youtube Tudo Sobre Geografia.
O assunto aparece com frequência no Enem e merece sua atenção. De acordo com um levantamento feito pela SAS Plataforma de Educação, as Questões Econômicas e Globalização apareceram em 14% das questões do Enem entre 2009 e 2017. O tema é o terceiro mais frequente na disciplina de Geografia, ficando atrás só para Geografia Agrária e Meio Ambiente, ambas com 18%.
O que são blocos econômicos?
Os blocos econômicos são associações entre países com o objetivo de fortalecer suas relações socioeconômicas e trazer desenvolvimento mútuo, explica o professor Marcelo da Silva, do canal do Youtube Geografia Irada. Os blocos surgiram no final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e início da Guerra Fria (1945-1991) como forma de manter a boa relação e paz entre países próximos.
Os blocos econômicos têm quatro fases: zona/área de livre-comércio, união aduaneira, mercado comum e união econômica/monetária. O professor Marcelo descreve cada uma delas:
1. Zona ou Área de Livre Comércio: Esse primeiro estágio de um bloco visa a redução gradativas das tarifas alfandegárias entre os países-membros. Nele não há a livre circulação de pessoas por causa da diferença socioeconômica entre os países. Exemplo: Área de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA): Estados Unidos, Canadá e México.
2. União Aduaneira: Além da redução gradativa das tarifas alfandegárias, esses blocos adotam a Tarifa Externa Comum, mesmas taxas de importações e exportações. Exemplo: Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), que apesar do nome é uma União Aduaneira: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
3. Mercado Comum: Nesse estágio, também é permitida a livre circulação de produtos, pessoas, serviços e capital no interior o bloco. Exemplo: União Europeia (UE): Tem 28 países membros. Dentre eles, Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Grécia, Irlanda, Itália, Holanda e Portugal.
4. União Econômica ou Monetária: No último estágio, além das características do Mercado Comum, o bloco possui uma moeda única e a mesma política de desenvolvimento. É o caso do Euro na União Europeia.
Os blocos podem gerar impactos positivos e negativos para as nações. “Alguns pontos positivos são: o estreitamento das relações comerciais entre seus membros, fortificando as economias regionais, a cooperação de tecnologia e o aumento do consumo pela eliminação das tarifas alfandegárias, barateando os produtos para a população. Já os negativos são que os países ficam reféns das decisões em grupos, podendo gerar perda da soberania comercial, e o aumento dos fluxos imigratórios”, explica o professor Marcelo.
Como o Enem aborda o tema?
Os professores alertam que o Enem costuma cobrar conteúdos relacionados às atualidades dos blocos e suas características. Então é preciso saber identificar os tipos de blocos e seus exemplos, como se relacionam com a economia mundial e os pontos positivos e negativos para as países-membros, enfatiza o professor Marcelo.
Como o Enem preza por assuntos nacionais, o professor Bruno também aconselha: “É muito importante entender como o Brasil se relaciona com os blocos do mundo e como funciona o Mercosul, já que é o bloco econômico que o Brasil pertence”.
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Nesse contexto, o Brexit também é um tema provável de aparecer na sua prova. O professor Marcelo afirma que o Enem pode cobrar:
- Os motivos que levaram ao Brexit
- As relações entre as Irlandas (Irlanda e Irlanda do Norte) após o Brexit
- As consequências do Brexit
- As diferenças entre Reino Unido, Grã Bretanha e Inglaterra
Agora que você já sabe o que deve estudar, fica mais fácil começar! Bons estudos 😉
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